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When everything's made to be broken

Henry assim que chegou ao seu antigo apartamento, entrou sem dificuldade, Kangin ainda não havia mudado a senha, encontrou tudo revirado e o mais velho dormindo no sofá, foi em sua direção como um animal e o acordou com o soco mais forte que conseguiu, Kangin caiu no chão e o olhou assustado, levou a mão ao rosto sentindo o gosto de sangue dentro da boca.

-O que pensa que está fazendo? – vociferou o rapaz se levantando rapidamente.

-Eu?! O que VOCÊ pensa que está fazendo? Como você ousa tentar matar essas garotas? E ainda usa meu nome para conseguir um assassino?! – desta vez o chutou no estomago, Sungmin observava tudo quieto – eu vou acabar com você!

-Ah, por favor, Henry! Você não conseguiria fazer nada comigo... Você é fraco e estúpido – disse em um tom zombeteiro.

O celular de Henry começou a tocar, ele parou com a mão suspensa no ar e o pegou, olhando a identificação, ele atendeu sem demorar.

-Oi? Elas estão bem? – se afastava aos poucos – ah... Ela quis ir para a delegacia? Estou indo agora mesmo – desligou e voltou a olhar para o outro – Você... vai ter o que merece – dizia apontando o dedo para o rosto do rapaz.

-Vai tentar me prender? Como vai explicar o assassino que consegui com seu pai? Vai estragar anos de trabalho do seu velho? E como vai conseguir me acusar se não tem provas? – Henry baixou os olhos – você não tem coragem, eu disse – cruzou os braços com um tom vitorioso.

-Farei o que for preciso, você não sabe com quem se meteu, realmente não faz ideia, você mandou matar minhas amigas, não vou tolerar isso, entrego quem for preciso, não me importo, mas você vai pagar pela morte da Sunny – Kangin tinha um sorriso sínico.

-O que?! Foi a Sun que morreu? – Sungmin perguntou incrédulo e voou para cima de Kangin – SEU DESGRAÇADO! – Gritou sentindo os olhos arderem.

Depois de muita briga, Henry arrastou Kangin e Sungmin para a delegacia, Kangin tentou fugir no meio do caminho, porém ele podia ser grande, mas não era dois, Henry e Sungmin estavam com toda a atenção nele, assim que chegaram à delegacia, pediram para conversar com quem estava cuidando do caso de Sooyoung, o policial novato estava cauteloso e chegava a tremer quando Henry falava alto exigindo que ele fizesse algo, e como pediram para ele não atrapalhar de jeito algum, apenas pediu para que esperassem, porém, Henry estava quase berrando que estava com o assassino, então ele os deixou entrar. Sooyoung depois de explicar como estava viva tentava a todo custo convencer as autoridades a sua frente.

-Mas senhorita Choi, como você pode ter certeza que foi ele? O homem que tentou te matar está morto – argumentava o rapaz de cabelos grisalhos e uniforme impecável.

-Não, não está! Eu tenho certeza do que estou falando, será possível? Foi a mim quem ele tentou matar! – Sooyoung já estava entrando em desespero, aqueles homens não pareciam acreditar muito em sua história.

-Eu entendo, mas a senhorita estava bebendo naquela noite e é uma acusação muito séria – disse o outro homem baixinho e calvo.

-Ela está dizendo a verdade – ouviram a voz de Henry se aproximar.

-Mas quem foi que deixou eles entrarem?! – reclamou o baixinho.

-Desculpe senhor, mas parece importante – se desculpou o novato.

-O homem que se matou é um assassino de aluguel, contratado por ele – empurrou Kangin para frente o deixando no centro, os olhos dele se arregalaram ao ver Sooyoung ali.

-E como o senhor sabe disso? – Questionou um investigador.

-Porque ele contratou esse assassino usando meu nome... E esse assassino era um dos muitos que meu pai cria – as palavras quase ficaram presas na garganta – eu posso confirmar isso com uma ligação.

-Está me dizendo que seu pai...

-Meu pai é o Mestre, Sr. Lau – ele o cortou, Kangin o olhava incrédulo, não acreditava que ele havia traído o pai, Henry podia ser filho dele, mas a partir do momento em que abriu a boca já era considerado um homem morto – estou dizendo a verdade, Kangin é o causador disso tudo, Sooyoung está dizendo a verdade e eu sinto muito por ter demorado tanto a contar isso.

-Seu idiota! Seu pai vai te matar! – Vociferou Kangin chamando a atenção dos homens.

-Leve ele, vamos confirmar a história, mas acho que estão dizendo a verdade – o de cabelo grisalho deu ordens e eles o levaram para longe, algemado.

Henry ligou para Leeteuk, perguntando mais sobre a história de Kangin, os policiais escutavam atentos.

-Leeteuk? Pode me explicar essa história do Kangin ter contratado alguém em meu nome?

-Então ele mentiu? Você não queria um assassino?

-Não, não queria... Mas como ele fez isso?

-Ele veio aqui e disse que você estava com problemas e que precisava de alguém para resolver, levou o melhor daqui, Choi Siwon, o Mestre não vai ficar contente quando souber disso – Leeteuk bufou do outro lado – senhor me perdoe por esse engano! Por que ele queria matar aquelas garotas?

-Não se preocupe, Kangin é um louco e vai ter o que merece mais cedo ou mais tarde, tenho que ir.

-Sim, até mais Henry.

Desligou e olhou para os rostos das pessoas a sua volta, alguns pareciam aliviados, claro que ainda teria mais algumas investigações, mas eles garantiram que Kangin ficaria preso e tinham quase certeza que ele seria condenado. Eles ficaram lá para resolver alguns assuntos e responder a um novo interrogatório.

 

Sozinhas agora, Yuri e Taeyeon se olhavam, a mais velha tinha uma feição paciente, já a mais nova de curiosidade, elas ficaram se olhando por um tempo, um longo tempo, até Yuri resolver conversar.

- Então você é minha namorada? – a encarou por mais um momento antes de se arrumar na cama.

-Sim, namoramos já há um bom tempo Yul – respondeu pacientemente, tentando não demonstrar o quanto estava triste por ser esquecida – espero que se lembre de mim logo.

-Eu também, você é tão bonita, acho que sou uma garota de sorte – sorriu e Taeyeon sentiu certo rubor, aquela Yuri era diferente da que estava acostumada, a fazia se lembrar de quando elas se conheceram e toda aquela curiosidade em saber mais uma da outra, porém era como se nada fosse real agora, tudo parecia distante – não perguntei ainda, como é seu nome?

-Por que estão conversando? – a mãe abriu a porta abruptamente – esqueçam, querida nós vamos para casa, mandei sua prima ir buscar algumas de suas roupas para irmos.

-Casa? Achei que teria que ficar aqui por algum tempo – Yuri se remexeu na cama sentindo-se incomodada com as dores que sentia.

-Não, não, vamos leva-la de volta a Goyang, é onde você nasceu e onde eu e seu pai vivemos – explicou a mulher.

-Mas eu acho que minha casa é aqui e não em Goyang! Não quero ir – Yuri negou.

-Ah, por favor, Yuri já chega de birra, você vai e pronto! Nem sabe o que está dizendo – bufou – não vou deixar você aqui, seu pai e eu temos grandes planos para você – quando ela sorriu Yuri sentiu certo medo, apesar do estranho aconchego que sentiu naquele sorriso.

-Que planos? – A voz saiu rouca e baixa.

-Oras, vamos arrumar essa bagunça, desde que você resolveu que gostava de garotas nós não nos falamos mais, nos afastamos e agora temos a chance de concertar isso – andava em direção a filha e acariciou seu cabelo.

-Mas eu acho que ainda gosto de garotas – olhou para o lado, Taeyeon estava apavorada.

-Acha nada, se despeça dessa sua amiga e eu volto logo pra irmos, não sei o porquê dessa demora, estou pagando uma fortuna para te tirar daqui. – Reclamou levando os dedos as temporãs e saindo pela porta pisando firme.

-Acho que não quero ir e também acho que não gosto muito da minha mãe – soltou um pouco desapontada.

-Você não pode ir... Eu preciso de você aqui, por favor, tente se lembrar – implorou, o coração de Yuri doía, mas ela não conseguia lembrar absolutamente nada e quanto mais tentava mais a cabeça doía.

-Eu sinto muito não saber quem você é, mas pode ter certeza, de algumaforma, algo dentro de mim me diz que... Você é alguém muito especial e que realmente eu amo, quando me lembrar voltarei correndo, não desiste de mim ok? – Pediu, queria poder ir até ela, mas ainda se sentia fraca.

-Nunca vou desistir Yuri, eu te amo tanto...

-Vamos Yuri – a mulher entrou novamente, com um médico insistente dizendo que era melhor esperar e outros dois homens com uma maca para leva-la até a ambulância.

-Por favor, eu não quero ir! Eu nem sei quem você é! Como pode querer me levar daqui? Eu não quero – reclamou o caminho todo, mas nada era possível, a mulher parecia uma estatua, não fazia nada além de dizer que iria ser melhor e que ela não podia mudar nada. Taeyeon ficou chorosa pra trás, queria se recuperar logo e ir atrás de Yuri.

 

Dois dias depois e elas estavam velando Sunny, estava tudo tão estranho, olhar para a foto de Sunny em meio a tantas flores trazia uma dor enorme para todas, Hyomin principalmente, ela estava quieta em um canto, ajoelhada, chorando copiosamente, para sua infelicidade, a imprensa a seguia, já não bastava à dor, seu rosto estava espalhado por todo canto dando a noticia de uma importante amiga para a atriz Hyomin havia falecido. Ela queria morrer, estava tão triste que se sentia sufocada pela dor. Os dias se passaram e nada realmente era o mesmo sem as duas garotas, parecia haver um buraco que jamias seria tampado e as outras sete garotas nem se falavam direito, pelo menos não como antes, por dias o silêncio perdurou pela casa, finalmente todas tiveram alta do hospital, e mais alguns dias se passaram, e com isso um longo o mês se foi. Tiffany já havia tentando ir encontrar Yuri, porém o Sr. e Sra. Kwon cuidaram para que elas jamais se vissem, Taeyeon quase ficou louca, mas se lembrava das últimas coisas que Yuri disse e iria esperar por ela até que ela se lembrasse.

Yuri P.D.V

Até agora não sei o que estou fazendo, não sei quem sou e nem a onde pertenço. Aqui me sinto perdida, essa casa, as pessoas são tão estranhas e eu fico com medo o dia todo, quando penso no futuro fico ainda mais assustada, vou ao médico regularmente e ele disse que as chances de minha memória voltar completamente são próximas à zero, terei apenas fragmentos e dificilmente vou entender o que significam. Quero lembrar quem eu era, me disseram para esquecer o passado e focar no futuro, mas como posso viver um futuro sem depender do passado? Estou apenas muito confusa sobre tudo.

Meus pais parecem meros estranhos, tão distantes e frios, até agora não os vi juntos, meu pai não falou muito comigo e minha mãe toda vez que abre a boca é como se fizesse para me ferir, mas não por querer, só me magoava ouvir que ela estava feliz em me ver sem lembranças quando eu estou lutando desesperadamente para me lembrar de algo.

Aquela garota do hospital, eu não sei seu nome, mas acho que ela me ajudaria a lembrar, queria conversar com ela, mas minha mãe diz que não e fica realmente brava, uma vez fui pedir ao meu pai e ele me olhou de um jeito assustador e não disse nada, apenas deu as costas, pedi para Vivian também, ela pareceu um pouco inquieta, como se quisesse me ajudar, mas algo a impedia. E assim tenho levado a vida, aceitando minha condição e seguindo em frente.

Dois anos depois

Ainda não me lembrava de muita coisa, consegui uma ou duas memórias, mas não pareciam se encaixar em lugar algum, minha cabeça continuava como um quebra-cabeça do qual eu havia perdido as peças. Já estava acostumada com minha nova vida, as poucas coisas que sabia do passado se referiam a minha infância e parte da adolescência que meus pais me contavam sem muito entusiasmo e grande parte disso parecia uma grande mentira, mas quem era eu para discordar?

Dizem para esquecer o passado e olhar para o futuro e escrevê-lo por mim mesma, de qualquer jeito eu não o escreveria como queria, já que meus pais tinham controle sobre tudo. Eu estava noiva de um homem chamado Seo InGuk, filho de alguém importante com quem meu pai queria se tornar sócio. Inguk é gentil, bonito, fofo e engraçado, mas falta alguma coisa, eu gosto dele, mas não amo e eu tenho quase certeza que a resposta para essa falta de afeto por ele está em meu passado, eu ainda lembrava vagamente daquela garota do hospital, minha namorada que eu ainda simplesmente não sabia sequer o nome. E tentava lembrar desesperadamente. Todos os dias são como uma guerra interna e estou miseravelmente perdendo.

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Comments

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Nyah-Nyah
#1
Chapter 27: Uma das minhas coisas preferidas nessa fic alem de TaeRi ue eu amo demais, é esse final lindooooo que me faz chorar sempre que leio... T^T
Eu lia essa fic no AS, e quando vi que era postada aqui, passei a ler aqui tambem...
Amoooo demais suas fics TaeRi/YulTae, espero que voce escreva mais fics com elas! ^^
KaiKimTaeNy #2
Chapter 27: Sério que acabou? Já? Aigoo T.T
Catalyst
#3
Chapter 26: Você é uma kid má!!
Chorei com a Tae T.T
Pare com os dramas.. Please!! Kkkkkk
KaiKimTaeNy #4
Chapter 26: Ai, que capítulo curto! Mas eu gostei. Só me faz querer saber ainda mais.
TaeYeon vai reconquistar Yuri ou não irá precisar por que ela vai lembrar?
Ela vai obedecer as ordens da mãe de novo ou vai dar razão ao sentimento? A nostalgia vai ajudar?
Preciso saber. Aigoo. T.T
KaiKimTaeNy #5
Chapter 25: Eu estou completamente estasiada. Admiro sua coragem em matar Sunny e posso dizer que estou amando esse drama todo! Quero que continue logo!
YURI! LEMBRE DE TUDO!
Catalyst
#6
Chapter 23: Aaaaaaaaaaaaaaaaaa hdhsvk &%*=*]€€££=((!%?¥€^€`€`§<…yfvdgbv
Vai parar com o drama quandoooooo???
Crê em Deus pai!!! Nunca vi na vida >}
Gilson #7
Chapter 17: Cara eu to com vontade de esfolar vivo o kangmin por fazer mal as meninas. Esperando o próximo ansioso, muito boa fic parabéns.
Catalyst
#8
Chapter 15: Sunny sua safadaaaaaa!!!
Pegando geral! pega aqui! pega ali! eita fogo..
O pobi do Sungmin T.T agora vai chupar dedo em outro lugar :P
Arconnnnn .-. a Sica sofre kkkkkkk
Catalyst
#9
Chapter 14: Ai meu pai!!
Pq tu n pode fazer um pouco de fluffy pra nóis? Huh? Vc gosta de um sofrimento.. Naam
Deu nem pra sentir o gosto da reconciliação >.<
Tu vai com mais calma e n deixe a sunny sofrer u.u
/Tapa
XXO
Catalyst
#10
Chapter 13: Cadê o novo cap? Cadê? Cadê?
Aish!!
Henry se revelando uma alma caridosa :P
Kangin ! ¬¬
Yuri-ah!! Eita mulher besta.. pq esse povo nunca fica até o final dos flagras ou pula em cima e soca os dois?? >.<
Q a Tae sobreviva :'( é muito sofrimento para uma pessoa tão pequena >.<
Ainda logo o próximo cap.. ou vou aí puxar teu pé u.u