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When everything's made to be brokenOlá ^^ Por favor, não tentem me matar depois desse capítulo ~~see you
Andando totalmente estressado dentro de seu apartamento, Kangin já havia perdido a conta de quantos objetos já havia esmurrado e chutado ou jogado contra a parede. Não contava com filmagens, precisava arrumar alguém para assumir a culpa em seu lugar e precisava fazer isso o mais rápido possível.
-Pensa Kangin, pensa – parou na frente da porta do quarto que antes era de Henry – mas que droga! – Chutou a porta que se arrebentou com o golpe.
Seria questão de dias ou quem sabe horas, para que descobrissem que ele era o culpado pela “morte” de Sooyoung. Ele se amaldiçoava por sua burrice, devia ter sido mais cuidadoso, seus planos iam por água abaixo e ele não fazia ideia do que deveria fazer para contornar a situação.
Cinco dias se passaram, as garotas estavam enlouquecendo por esse curto período de tempo, Hyoyeon estava trancada em seu quarto desde aquele dia, sem se alimentar, sem deixar que a vissem, somente ela e a solidão. Por motivos de segurança, nunca a deixavam sozinha no apartamento e estavam sempre alerta para qualquer barulho vindo do quarto, o que vinham escutando podia ser resumido a um choro sofrido e angustiante.
-Hyo! Por favor, abre essa porta, me deixe conversar com você – Tiffany batia devagar, nenhuma resposta – Hyo, por favor!
-Nada? – Yuri apareceu ao lado da outra.
-Ela não responde Yul, estou preocupada, cinco dias que ela não come ou bebe alguma coisa – Tiffany tinha lágrimas nos olhos.
-Eu vou ligar para um chaveiro Fany – ela pareceu questionar se era uma boa ideia – eu sei que ela está triste, mas não dá mais pra ficar trancada ai dentro, ela deve estar desidratada e fraca, simplesmente não dá mais para tolerar isso.
Tiffany não pensou muito, Yuri tinha razão, não dava mais, a preocupação estavam as deixando apreensivas demais. A mais nova pegou o telefone, decidida e pediu ao porteiro o número de algum chaveiro próximo, não demorou até que um rapaz baixinho aparecesse ali com sua caixa de ferramentas.
-Vocês disseram que era urgente, vim o mais rápido que pude – ele disse enquanto seguia Yuri escadas acima.
-Eu agradeço muito – parou em frente à porta fechada – quanto tempo acha que demora?
-Meia hora? Ou quinze minutos se tiver sorte – ele sorriu.
-Ok – ela encostou-se à parede do outro lado e ele começou a trabalhar.
Logo Tiffany apareceu e se juntou a Yuri, elas estavam sozinhas naquele dia, as outras estavam trabalhando, estudando e tentando resolver as coisas com a polícia, quanto às filmagens, quando elas viram, chegaram à conclusão que podia ser Kangin, a polícia o interrogou, mas mesmo assim, a má qualidade das imagens e a incerteza não os deixavam tirar conclusões. O que as deixou ainda mais estressadas.
-Prontinho – o rapaz falou guardando suas coisas, a porta estava aberta somente por uma brecha, por essa brecha não saia luz, o quarto estava completamente escuro.
Yuri o pagou e o acompanhou até a porta, subiu as escadas correndo e Tiffany ainda a esperava do lado de fora do quarto, devagar elas entraram, o mesmo estava uma baderna, as coisas estavam fora de lugar, roupas jogadas por todos os cantos, objetos quebrados, provavelmente jogados contra a parede e bem no canto, jazia uma figura indefesa encolhida no chão.
-Ai meu Deus – Tiffany andou mais rápido e olhou seu rosto pálido – Hyoyeon!
-O que fazem aqui? – Perguntou com a voz fraca, tremula ela nem se moveu.
-Vamos, levante Hyo – Yuri a pegou no colo e a colocou sentada na cama – estamos preocupadas com você – ela mal podia se manter sozinha, seu corpo não tinha forças para se manter sentada – Tiffany, pegue a chave do meu carro, precisamos leva-la ao hospital.
-Eu não quero ir, por favor, me deixem aqui, quero ficar sozinha – ela implorou, desta vez olhando para os olhos de Yuri – por favor!
-Tiffany vai! – ela saiu correndo e Yuri carregou a mais velha nas costas.
Estavam indo para o elevador, o mesmo pareceu demorar a chegar até o andar delas e demorar ainda mais para chegar até o estacionamento, Tiffany abriu a porta do passageiro e ajudou Yuri colocar Hyoyeon sentada, a mais nova correu para a direção e Fany no banco de trás.
-Yul, eu acho que ela desmaiou – avisou assustada, olhando para Hyoyeon, pálida como uma folha, os lábios escavam secos e as olheiras fundas.
Ela pisou no acelerador com mais força, sentia seu coração a mil, e nada podia fazer, estava difícil manter a concentração, mas fazia o possível. Chegaram ao hospital e pediram ajuda as enfermeiras, explicaram aos médicos o que havia acontecido e em poucos minutos ela estava recebendo tratamento, avisaram as outras o ocorrido, e por sorte estava tudo bem.
Sooyoung estava presa naquele apartamento há dias e já estava ficando desesperada, nada acontecia, Kangin ainda estava solto e ela não podia voltar para sua amada, estava ficando maluca por também não ter noticias dela, a única coisa que sabia era que ela não ia mais estudar e nem trabalhar, e que também não saia mais de casa, segundo contaram para Henry.
-Hyo aguente firme – sussurrou sentindo as lágrimas novamente, essas agora saiam com uma facilidade imensa.
Kangin estava agora no taxi, procurava uma saída para seu problema e depois de muito pensar a encontrou, iria livrar suas costas, sorrindo aliviado. Pediu para o taxista parar por ali, distante de onde queria chegar, em uma área um pouco perigosa, o homem que dirigia parou cauteloso, Kangin deixou o taxi e andou com as mãos no bolso do moletom, a passos largos, não demorou até chegar a uma gigantesca “casa”, a fortaleza do Sr. Lau. Conseguiu entrar sem muito esforço, já que era conhecido por ali.
-Algum problema Kangin? – Perguntou Leeteuk, um dos capangas de Lau.
-Henry se meteu em encrenca, preciso de alguém para livrar a cara dele – mentiu com seu sorriso convincente.
-Entendo – ele balançou a cabeça rindo - o mestre não está aqui hoje, mas vou quebrar seu galho – seguiram até uma grande porta, Leeteuk a abriu e eles se sentaram, a parede era de vidro e do outro lado alguns homens se encontravam presos, isolados uns dos outros – do que precisa? – dizia como se estivesse vendendo algo.
-Um homem forte, por volta de 1,80m e que não tenha qualquer tipo de compaixão – ele os observava, procurando por alguém para resolver seus problemas.
-Hum, que tal ele? – Apontou para um rapaz forte e cheio de cicatrizes espalhadas pelo corpo – nas nossas lutas, ele venceu todas e matou a maioria deles.
-Perfeito – sorriu – qual o nome dele?
-Choi Siwon – ele cruzou os braços – o mais perigoso daqui, mas não se preocupe, podemos criar outros assassinos como ele, o mestre não vai se importar de perdê-lo se for o filho que pedir.
-Ótimo, posso leva-lo já? Temos certa urgência.
-Claro, só tome cuidado para ele não te matar no meio do caminho – disse rindo.
Ali, aqueles homens eram criados desde muitos jovens para serem verdadeiros terroristas, não se importavam em dar a vida em troca da destruição, o que era simplesmente perfeito, afinal, ele podia perfeitamente se passar pelo assassino de Sooyoung e ainda poderia fazer alguns outros serviços para Kangin.
-Atenção, você deve fazer tudo o que ele pedir, entendeu idiota? – Dizia rudemente.
-Entendido senhor – ele disse respeitoso.
Fora dali, Kangin e Siwon andaram até outra área e pegaram um ônibus, parecia ser a primeira vez que Siwon pisava na rua, e era bem provável que fosse de fato à primeira vez em uns bons 20 anos, já que senhor Lau pegava os garotos ainda pequenos na rua, arrancava toda a esperança das pobres crianças e os trancafiavam naquele lugar, sem contato algum com o exterior. Logo estavam em uma escola abandonada havia anos.
-Vamos ficar aqui por um tempo, você vai me ser muito útil – Kangin jogou uma mochila em um canto – ai tem comida e água, vamos comer primeiro, depois te digo o que vamos fazer.
O rapaz a sua frente comia como um animal, as unhas estavam sujas e as cicatrizes pareciam brilhar com a luz que cortava a janela quebrada, nem uma palavra era dita até eles terminarem.
-Então, o que o filho do mestre quer? E quando vou conhecê-lo? – estalou os dedos.
-Não vai conhecê-lo, ele preferiu assim, não quer que o veja.
-Tudo bem, mas o que ele quer?
-Você uma pequena lista de garotas para assassinar garoto – eles sorriram e Kangin explicou e mostrou as fotos de quem ele deveria dar um fim – caso não dê certo, se morrer pelo menos ela – apontou para a foto – já está de bom tamanho.
-E o que eu faço depois? Tiro minha própria vida? É o que o mestre desejaria.
-Perfeito.
No outro dia, ele estava ao lado da faculdade, um dos carros das garotas estavam ali, já que era horário de aulas, não havia quase ninguém por ali, ele sabia o que tinha que fazer, havia aprendido como fazer aquilo. Após ter terminado seu trabalho ele sentou-se no banco do carro alugado com documentos falsos, outra coisa que havia aprendido, foi dirigir, mas somente na teoria, na pratica, só havia dirigido por algumas horas e podia-se dizer que ele era um perigo em potencial na direção. Saindo da faculdade Yuri, Tiffany, Jessica, Taeyeon e Sunny iam até o carro, com a mais velha na direção. Siwon passou a segui-las, vestido da maneira como Kangin havia dito, todo de preto.
-Taeyeon... Eu acho que aquele carro está nos seguindo – Sunny apontou para trás, elas já haviam andado por um bom e ele estava atrás delas desde que ligaram o carro.
-Vire à esquerda – Pediu Jessica e Taeyeon o fez, o carro atrás delas fez o mesmo movimento.
-Pode ser coincidência não? –A mais dizia com certo desespero.
Siwon se aproximou mais e pegou uma arma apontando para o carro da frente, ele atirou, somente para assusta-las.
-Meu Deus, Taeyeon acelera! – Gritou Yuri, Tiffany pegou o celular e ligou para a polícia.
Fazia o que podia, tentava desviar dos outros carros em alta velocidade, e acabou entrando em uma estrada não tão movimentada ao lado do rio, a estrada era pequena, as curvas eram muito fechadas e havia muitas árvores em volta, Taeyeon tentou reduzir a velocidade e não conseguia.
-O que foi Tae? – Yuri perguntou vendo o rosto aterrorizado da namorada.
-O carro... Está sem freio! – A próxima curva se aproximava e ela não sabia bem o que fazer, puxou o freio de mão, este também não funcionava, ela entrou em pânico, na velocidade que estavam, de certo o carro capotaria – não funciona!
-Acha que consegue? A polícia já está vindo – Tiffany olhava para frente com medo, Taeyeon deu seu melhor.
-Acho melhor abrirmos as janelas, se o carro cair no rio pelo menos vamos ter por onde sair – Jessica pensou, dito e feito, na curva a mais velha acabou perdendo o controle, o carro fora lançado em direção ao rio, mas antes batera com força contra uma árvore.
Agora parado, Siwon observava o carro afundar, sua arma agora tinha somente 5 balas, caso algo desse errado, ele teria de usar sua mira com muita sabedoria.
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