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When everything's made to be brokenSiwon esperava pacientemente por algum sinal de vida, tinha quase certeza de que ninguém sairia vivo dali, nem mesmo ele, olhando atentamente para a água, o carro agora já havia desaparecido no rio. Até agora ninguém havia subido até a superfície, talvez tivessem morrido quando o carro se chocou contra a árvore ou ficaram presas no automóvel, quem sabe?
Ele se levantou pronto para ir embora e acabar com as outras e logo em seguida estourar seus miolos com a maior frieza do mundo, mas algo o impediu, viu bolhas subirem e logo uma cabeça desesperada apareceu na superfície, buscando por oxigênio, ele mirou, outras cabeças, quatro surgiram, faltavam apenas uma. Elas nadaram até a margem, menos uma que ficou para trás e mergulhou novamente. Depois de muito esperar, Siwon atirou, gastou três balas e as viu cair. Também ouviu as sirenes se aproximarem em velocidade extrema, os carros pararam ao seu lado e os policiais ordenaram que ele soltasse a arma, sabia que não podia mais esperar o plano em si iria fracassar, ele não poderia acabar com todas, então passou logo para a parte final do plano, em um ato rápido ele colocou o cano da arma na boca e apertou o gatilho, caiu e o sangue jorrou por sua boca e nariz.
A pessoa que antes estava na água agora surgiu segurando outra, gritando por socorro, os homens mais do que rápido pularam na água e as resgataram. Elas foram levadas às pressas ao hospital, apenas uma ainda estava consciente as outras estavam alheias de tudo o que acontecia. Os policiais e investigadores continuaram ali executando seu trabalho para explicar aquela cena.
-Mesmas características senhor, encontramos o assassino de Choi Sooyoung – o investigador presumiu.
-Esperamos que sim – o homem de cabelos grisalhos cruzou os braços e voltou a olhar para o corpo do rapaz – tem que ter alguma razão para esse sujeito ter feito isso, é muita coincidência.
-As pessoas hoje em dia nem sempre tem um motivo para fazer o que fazem senhor – chamou a atenção do outro – simplesmente fazem.
-Você tem razão – disse tirando um cigarro do bolso e o acendendo em seguida – ótimo trabalho.
No hospital Yoona esperava impaciente por alguma noticia, após ter recebido o telefonema saiu voando da agencia de teatro, para chegar ali e não conseguir noticia alguma, estavam todos muito ocupados, sem mais vontade de esperar, ela agarrou a mão de um enfermeiro que a olhou confuso.
-Por favor, preciso de informações sobre cinco garotas – começou e ele pareceu entender, pediu que o seguisse e parou na frente de uma mulher.
-Diga os nomes das pacientes a ela, por favor – ele pediu.
-Kim Taeyeon, Jessica Jung, Kwon Yuri, Stephanie Hwang e Lee Soonkyu – Yoona disse rápida esperando por algo.
-Você é parente de algumas delas? Como se chama? – A mulher perguntou.
-Me chamo Im Yoona senhora e não somos parente, nós somos amigas, vivemos juntas, posso vê-las?
Aos poucos a claridade incomodava os olhos daquela que acabará de acordar, queria voltar a dormir, mas a realidade a atingiu como um soco no estomago, onde estavam todas? Estava dopada há quanto tempo? Elas estavam bem? Sua namorada estava bem? Ela apenas se lembrava de mergulhar novamente para salvá-la, e quando voltou para a superfície e foi resgata viu os corpos ensanguentados das outras três no chão e do outro lado estava o homem desconhecido que havia causado todo aquele caos. Quando chegou ao hospital e foi separada das outras, ela quase ficou louca, gritava para que a soltassem mas eles apenas a doparam e cuidaram de seus ferimentos. Agora em pé, totalmente fraca, ela movia seu corpo para a porta, quando a abriu a enfermeira que no corredor se encontrava a empurrou de volta para o quarto.
Ela ainda se sentia drogada, o corpo parecia não responder aos seus comandos e sentia-se cada vez mais fraca, a visão se embaralhava hora ou outra, deitada novamente na cama ela apagou.
-Poderia esperar naquela sala? Verei o que posso fazer pela senhorita, as informações que tenho é que algumas delas estão em cirurgia, perdoe se estiver errada, isso aqui está um caos, um ônibus se acidentou e estamos recebendo todos os passageiros – a enfermeira disse cansada e se afastou após o aceno compreensivo da mais nova.
Yoona se sentou, esfregando uma mão na outra, nervosa, secava a testa de vez em quando, as mãos suadas agora se enxugavam na calça, 10, 20 e finalmente 30 minutos se passaram e nada de informação alguma.
-A senhorita poderia me seguir, por favor? – Yoona não percebeu aquele homem parado segurando uma porta pela qual entraram segundos depois.
Pegaram um elevador para o último andar do hospital, suas pernas tremeram, na parede do elevador havia as placas com os andares e para o andar em que iriam, lia-se: NECROTÉRIO.
Quando o elevador parou e as portas se abriram, Yoona não podia se mover então o homem se virou lhe dando um olhar de pena e colocou a mão em seu ombro.
-Não precisa ir se não quiser, achei que tinham te avisado sobre isso, sinto muito – sua voz grossa fazia um eco no corredor.
-Todas morreram? – Perguntou com cautela, as palavras arranhando sua garganta.
-Não, apenas uma. – Ele respondeu tentando acalma-la, não adiantou.
Yoona nem ao menos podia respirar aliviada, havia perdido mais uma amiga, mais uma irmã, e nada tiraria a dor que sentia, as lagrimas logo inundaram suas pálpebras e sem cerimônia rolaram para fora de seus olhos, aquilo era bem mais do que ela podia suportar, primeiro perdeu Sooyoung e agora quem? Ela não sabia e rezava para que fosse um engano, um absurdo engano.
-Eu quero vê-la, me leve até ela - subitamente eles começaram a andar.
Na sala gélida havia muitos corpos, alguns cobertos por um pano branco, outros corpos nus sem nada para tampa-los. Em pensar que algum corpo espalhado por ali seria de uma de suas amigas, o rapaz parou na frente de uma maca, Yoona ainda não sabia quem poderia ser.
-Estarei ali ao lado caso precise de ajuda – ele disse antes de se afastar até o outro lado da sala onde uma pilha de papeis esperava para ser analisados.
Yoona agarrou as pontas do pano, sentindo aquela espessura macia em seus dedos tentou tomar coragem e com os olhos fechados a puxou, sentiu-se mal quando abriu seus olhos e viu que não havia nenhum engano, os soluços escaparam e ela chorou alto agarrando a mão fria da garota na maca.
-Não, por favor, não! – Observou aquele rosto pálido, em sua testa havia um buraquinho, dele já não saia mais sangue, estava incrivelmente limpo, todavia, ainda havia o buraco – volta, por favor, você não pode morrer!
Seohyun e Hyoyeon chagavam agora, estavam apavoradas, foram direto para a recepção, uma mulher jovem e de cabelos curtos as atendeu sorridente.
-Posso ajuda-las?
-Estamos procurando Kim Taeyeon, Stephanie Hwang...
-Ah, uma amiga de vocês também está aqui para vê-las – um enfermeiro se aproximou.
-Yoona?! E cadê ela? – Hyoyeon tomou a frente.
O rapaz olhou para baixo e pigarreou, levantou a cabeça com seus olhos inquietos, ele não sabia como responder, sentia-se mal com o que iria dizer.
-Ela está no... Necrotério – Seohyun arregalou os olhos e Hyoyeon levou a mão a boca chorando – sentimos muito.
-Me leve até ela, por favor – a mais nova pediu e eles seguiram para o ultimo andar do prédio, elas andaram rápido ao sair do elevador e seguiram para uma enorme porta de correr, o enfermeiro a abriu e lá estava Yoona, ajoelhada segurando a mão da outra.
-Yoon – a namorada se aproximou e recebeu um abraso apertado da outra que pulou e chorando a agarrou, chorava como uma criança.
-Meu Deus... Não... – Hyoyeon se aproximou do corpo da outra com as pernas bambas.
Elas agora estavam na sala de espera, não conseguiam dizer nada, queriam ver as amigas e queriam isso logo, mas como a enfermeira informara, o hospital estava lotado de pessoas e eles estavam sobrecarregados, finalmente um médico apareceu na sala com o enfermeiro que agora elas já conheciam, o médico parou e elas se levantaram.
-Como elas estão? – Seohyun perguntou, no momento ela parecia ser a mais forte.
-Kim Taeyeon e Kwon Yuri acabaram de sair da sala de cirurgia para a remoção das balas e estão em observação, o caso de Kim é um pouco mais grave, porém por sorte a bala não atingiu o coração, Kwon parece ter batido a cabeça já que havia um ferimento na região, a bala atingiu seu ombro, porém temos que esperar. E Stephanie Hwang ficou muito tempo embaixo da água, todavia acreditamos que sua recuperação será completa e Jessica Jung está descansando em seu quarto e passa bem – o médico dizia olhando para sua prancheta – sinto muito por Lee Soonkyu.
-O que aconteceu com a Sunny? – Hyomin apareceu na porta da sala, agora sim elas se sentiram pior do que já estavam – ela está bem, não é? – o silêncio se instalou no lugar, ouviam as enfermeiras sussurrarem ao verem Hyomin, afinal ela estava se tornando uma atriz muito querida e famosa.
-Sinto muito Hyomin – Hyoyeon se aproximou e a abraçou com força – ela... Partiu.
-O-o que? – Perguntou incrédula.
O noticiário dava a noticia sobre o ocorrido, Sooyoung arregalou os olhos e pulou na frente da TV.
-HENRY! – Chamou desesperada, o garoto chegou mais do que depressa para saber o que estava errado, Sungmin veio junto.
-O que foi Sooyoung? – Ela não respondeu, apenas aumentou o volume.
-Parece que o assassino de Choi Sooyoung foi encontrado, o rapaz de identidade desconhecida causou um caos aqui nas margens do Rio Han, o carro onde se encontravam cinco jovens, amigas da vitima anterior por sinal, está sendo retirado do rio neste exato momento. - A câmera cortou para o rio e Sooyoung amoleceu e sussrrou que aquele carro era o de Taeyeon – elas conseguiram sair do carro, porém, o rapaz estava armado e atirou em três das jovens, uma delas infelizmente faleceu no local – Sentindo-se fraca ela se jogou no sofá – o rapaz se suicidou quando a polícia chegou e essas são todas as informações que temos até o momento.
-Me levem para o hospital agora! – Sooyoung levantou e marchou até a porta.
Hyomin agora estava sozinha ao lado do corpo de sua namorada, sentiu seu coração congelar, desejou que ele parasse de bater, queria se juntar a ela, a feição serena da menor partiu sua alma, queria que tudo não passasse de um pesadelo e que quando acordasse assistiria ao show de aegyo do amor de sua vida logo pela manhã.
-Sun, demoramos tanto para voltar a ficar juntas, como foi que isso aconteceu? Quero acordar logo desse sonho terrível e te ter em meus braços, meu bebê – tocou a pele fria e pálida – você não vai me deixar sozinha aqui, vai? Quando nos veremos novamente? Eu te amo Sunny, não posso ficar sem você! – Não conseguia mais dizer uma palavra, a garganta estava seca e a força não estava mais ali, então ela apenas chorou.
Nicole chegou ao hospital, à garota alta em seu encalço, os garotos ficaram para trás, tentando conseguir mais informações, não conseguiam imaginar Kangin tirando a própria vida, então o celular de Henry tocou e ele estranhou ao ver o nome na tela.
-Leeteuk?
-Filho do mestre, Siwon fez bem seu trabalho? Vimos a noticia, queria mesmo se livrar de todas aquelas garotas? Arrumou encrenca com muitas mulheres não acha?- Falou gargalhando.
-Do que você está falando? Quem é Siwon? – Perguntou confuso.
-Ué? Seu amigo veio aqui dizendo que o herdeiro do mestre estava com problemas...
Henry abaixou o celular, e sentindo raiva fechou a mãos com força, sem pensar ele saiu correndo e gritou.
-EU VOU MATAR KANGIN!
Sungmin sem entender direito correu atrás do amigo. Já as duas garotas andavam rápido, Sooyoung não se preocupava com o que aconteceria quando as vissem, ficou escondida por nada, as coisas deram ainda mais erradas e agora uma de suas amigas estava morta. Entraram na sala e os olhares se voltaram para as duas, todas se levantaram assustadas.
-Sooyoung... – Hyoyeon disse parecendo não acreditar no que via.
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