Demorei um pouco, desculpem T.T Enfim, espero que gostem desse cap. ^^ Vamos conhecer melhor o Henry... Ou pelo menos um pouco.

Seohyun ia em direção ao café em que havia combinado de se encontrar com Yoona, se sentia esgotada, quase não conseguia respirar de tão sufocada, a briga com sua mãe havia a deixado sem energias, até mesmo arrependida. Viu a namorada sentada em uma mesa distante e foi ao seu encontro.

-Oi Seororo – sorriu e controlou a vontade incessante de roubar aqueles lábios na frente de todos – como foram às coisas?

-Terrível...  – suspirou em derrota – Temo que ela não me aceite e não nos aceite como um casal, você deveria ter visto aquele olhar de nojo – Quase deixou que as lágrimas escapassem.

-Tudo vai dar certo – buscou a mão da outra e a segurou firme. – ela vai acabar aceitando.

-Durante todo o caminho, isso veio remoendo minha mente, eu pensei que talvez teria sido melhor mentir sobre tudo, mas só de lembrar que ela quase me empurrou para outro garoto, foi horrível. – A olhou nos olhos – Acho que fiz a coisa certa – sorriu por fim.

-Vamos ficar bem juntas e logo tudo vai ficar bem – sorriu de volta.

Ficaram nessa troca de sorrisos e conversas por um longo tempo, já no apartamento, as garotas tiveram uma visita um tanto inesperada.

-Kangin... Sungmin? O que fazem por aqui? Entrem por favor – Hyoyeon pediu um pouco surpresa.

-Viemos conversar com Yuri – Informou o mais velho.

-Ela não está se sentindo muito bem, não sei se já está dormindo, mas vou ir chamar ela, assistam TV, sintam-se a vontade – apontou para a sala, onde Sunny e Sooyoung assistiam a um drama.

Eles se cumprimentaram e ficaram esperando Hyoyeon aparecer com Taeyeon, que olhou para os dois confusa.

-Podemos conversar? – Pediu Kangin e a mais velha pediu que ele a seguisse até a cozinha, Sungmin ficou conversando com as garotas na sala. – Como está a sua namorada?

-Mal, eu não sei o que ela tem, não quer sair do quarto, mas por que a pergunta? – Estava curiosa.

-Isso é por causa do Henry, aquele idiota a assustou e por isso estou aqui – Taeyeon se sentia confusa e com raiva, queria matar o infeliz sem nem ao menos saber o que o mesmo tinha feito. – Podemos conversar, nós três?

-Claro, me siga – Ela estava pisando firme enquanto subia as escadas até seu quarto – Yuri – chamou a garota que estava deitada mexendo em seu tablet. – Kangin quer falar com você, sobre Henry.

-Aish! Eu não quero falar sobre esse idiota – quase gritou.

-Eu quero te ajudar a se livrar dele – o rapaz se pronunciou – foi muito ruim o que ele fez hoje? Ele disse que quase te matou.

-Ruim? Foi péssimo – se sentou por fim – Ele tentou me afogar, e não importa o quanto lutasse eu não conseguia me livrar dele e quando ele ameaçou minhas amigas, eu me senti inútil. – suspirou.

-Aquele idiota vai me pagar, só preciso descobrir como – Quando a mais velha falou, Yuri se lembrou do que ele disse mais cedo e sentiu um frio percorrer seu corpo.

-Ele disse que se me matasse seria só mais um crime sem importância pra lista dele... O que ele quis dizer com isso?

-Ele é um criminoso? – Foi à vez de Taeyeon entrar em choque.

-Pode-se dizer que sim, muita gente já se deu muito mal por causa dele – Kangin parecia escolher as palavras que diria a seguir.

-Mal, tipo...

-Tipo a sete palmos em baixo da terra – informou meio cauteloso – é por isso que eu disse para tomarem cuidado.

-Mas por que ele não está preso? – Taeyeon perguntou indignada.

-O pai dele é alguém muito, muito importante, pior que o próprio filho, então Henry faz o que quer desde sempre, arruma a pior encrenca possível, mas é só estralar os dedos e tudo se resolve como mágica, sem deixar sujeira nenhuma para trás. E se deixam ninguém se importa em averiguar.

-E como é que eu me livro dessa praga? Quero dizer, parece que não tem jeito – Yuri abaixou a cabeça e a namorada a abraçou.

-Ele nunca foi preso porque não é exatamente ele que faz o serviço, e quando o faz, nunca há provas o suficiente, e acreditem, Henry não foi sempre assim, ele era alguém realmente ótimo antes... Antes da mãe dele ser assassinada sabe-se lá por quem, ele tinha 10 anos quando isso aconteceu...

FLASHBACK

-Hyung- Henry chamou Kangin ao longe.

-Oi Henry, trouxe os brinquedos? – O mais velho perguntou ao o ver apenas com seu violino nas costas.

-Minha mãe está trazendo eles – Apontou para a mulher que pegava uma bolsa no porta-malas – Sungmin não chegou ainda?

-Está lá dentro de casa colocando as coisas dele no meu quarto.

-Pronto – a mulher se aproximou dos garotos – Venho te buscar amanhã à tarde meu amor – abraçou o filho – Você vai ficar bem?

-Vou mamãe, se acontecer algo eu te ligo – o garotinho sorriu ao receber um beijo na bochecha.

-Ok então, eu te amo filho – bagunçou seus cabelos, como sempre fazia. – Cuide bem do meu filho Kangin.

-Pode deixar – ele sorriu e recebeu um abraço.

-Estou indo agora, consegue levar essa bolsa para dentro?

-Sim – o mais velho dos dois disse a levantando.

-Então, até amanhã – ela virou as costas e ia de volta ao carro.

-Vamos ir guardar as suas coisas – Kangin já dizia abrindo a porta de sua casa quando ouviu um estrondo, alto e assustador, como um trovão atravessando o silêncio. – Meu Deus!

-MÃE! – Henry correu em direção à mulher ensanguentada no chão – mãe fala comigo, por favor! – Implorou, mas o corpo já parecia sem vida.

FLASHBACK OFF

-Um tiro bem no coração, ela morreu na hora e eu nunca soube de onde veio o tiro – fez uma pausa – Desde esse dia Henry mudou bastante, no começo ele parecia triste, mas depois de semanas ele se tornou esse ser vingativo, e quando ele fez 17 às coisas pioraram, ele ficou mais violento, vocês sabem, esse Henry que vocês conhecem não é metade do que ele é capaz de fazer. – Kangin parecia triste o suficiente para encerrar aquele assunto – Eu só queria meu melhor amigo de volta, aquele Henry que era gentil e bondoso, esse não é meu amigo, não é ele.

-Eu sinto muito – Yuri se pronunciou.

-Está tudo bem, eu quero ajudar vocês, cansei de ver ele machucando as pessoas – Ele passou os olhos de uma para a outra.

-E como nós vamos faze isso? – Taeyeon perguntou, em sua cabeça as coisas estavam confusas demais.

-Nós podemos tentar alguma armadilha, ele tem que ser pego dessa vez, ou todos nós estaremos perdidos e ele não pode sonhar que estou conversando com vocês, então para todos os efeitos, nos odiamos, ok? – Ele perguntou.

-Ok – as duas reponderam.

-Vamos pensar em algo – ele cruzou as pernas, e o quarto ficou em silêncio.

-Sungmin? Quer algo para beber ou comer? – Sooyoung perguntou.

-Não, obrigada, estou bem – ele sorriu.

-Chegamos! – Tiffany e Jessica anunciaram ao abrir a porta.

-Onde vocês estavam? – Sunny perguntou.

-Conversando com as novas vizinhas, vocês deveriam conhecê-las, são muito divertidas – Jessica riu.

-Oh! Não sabia que tínhamos visita, olá! – Tiffany disse ao se aproximar.

-Sungmin – Hyoyeon chamou – Tiffany e Jessica – apontou – acho que ainda não se conhecem.

-É um prazer – disseram em uníssono.

-Kangin está demorando – ele olhou no relógio.

-O que eles estão fazendo lá em cima? – Sunny perguntou.

-Resolvendo uns problemas, não sei ao certo – o garoto deu de ombros e voltou a prestar atenção na TV até se assustar. – Que drama é esse? Vai me matar do coração.

-Master’s Sun, seja homem rapaz – Sunny deu tapinhas na cabeça dele. – Nem dá medo. – Disse com a voz fofa.

-É impressão minha ou Sunny está tentando seduzir o Sungmin? – Tiffany sussurrou para as garotas.

-Parece que sim. – Jessica devolveu a resposta em um sussurro.

-Oh! Você tem um bom aegyo – o garoto sorriu – eu também tenho – ele disse com a voz e uma careta fofa.

-Omo! Oppa! – ela resolveu começar uma conversação por aegyo.

-Ai meu Deus eu vou vomitar – Sooyoung colocou a mão em frente à boca e jogou o corpo pra frente.

-AISH! Seu idiota vai embora daqui! – ouviram o grito de Yuri e Tiffany se levantou assustada.

-Com todo prazer – Kangin disse ao descer as escadas – vamos Sungmin! – chamou.

-Tchau garotas – ele disse baixo, um pouco assustado.

E quando eles saíram, as garotas se olharam para Yuri que também as olhava com os braços cruzados, antes que qualquer um perguntasse ela subiu as escadas grunhindo de raiva. Já no carro Kangin estava sorridente, o que deixou o mais novo mais confuso ainda.

-O que foi aquilo? – Perguntou.

-A primeira parte do plano, primeiro todos precisam achar que nos odiamos, assim o Henry não vai desconfiar do resto – ele informou.

-Que resto? – ele exigia uma explicação para tudo aquilo e foi o que o mais velho fez, ao chegar parou o carro.

-... Não sabemos se vai dar certo, mas não custa nada tentar – terminou e os dois desceram. – E você fica quieto não comente sobre isso com ninguém, eu não te contei nada.

-Certo hyung, eu não sei de nada – fez zíper na boca e seguiu o mais velho.

-Onde vocês foram? Demoraram tanto – Henry gritou ao ver os dois amigos.

-Por que esta fumando aqui dentro e casa de novo? – Kangin perguntou – Sabe que Sungmin espirra feito doido com esse cheiro.

-Ai desculpa – ele disse apagando o cigarro – melhor assim?

-Agora sim – disse abrindo as janelas.

-Vocês não me responderam, onde vocês estavam? – perguntou novamente.

-Fomos comer em uma barraquinha – Sungmin disse ao se recuperar de sua crise.

-E me trouxeram algo? Estou morrendo de fome. – ele colocou a mão na barriga.

-Desculpa, não trouxemos, mas se quiser faço ramen pra você – Kangin sorriu já indo para a cozinha.

-Eu te ajudo – ele riu. – Você também Sungmin. – chamou.

E os três foram para a cozinha, ao terminarem os três comeram, o que deixou Henry abismado, já não haviam comido?Como podiam comer tanto? Logo os três já estavam cansados o suficiente para deitar em suas camas e dormir até o outro dia.