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When everything's made to be brokenOlá leitores <3 Como passaram o natal? Bom, ai mais um capitulo, espero que gostem ^^
E feliz Ano Novo!! ps. A próxima fic já esta em andamento, alias eu escrevi o primeiro capitulo de umas três fics, só tenho que decidir qual eu vou postar primeiro ^^ byebye
-Yuri? – Perguntou ao sentir os braços da outra a envolvendo num abraço aconchegante.
-hm? – murmurou.
-Acho que preciso te explicar... – foi interrompida.
-Foi ele não foi? Ele te beijou? – Perguntou só para ter certeza do que já sabia.
-Foi – respondeu.
-Então tudo bem – a beijou com calma, elas ficaram quietas por um tempo, até Taeyeon ter certeza que aquilo não era uma alucinação e estava tudo realmente bem.
-Onde passou a noite? Fiquei te esperando. – Perguntou a olhando nos olhos.
-Na academia – respondeu simplesmente.
-Sozinha? – Arqueou a sobrancelha e Yuri riu nervosa, como explicaria que passou a noite com Henry? – Kwon Yuri eu estou esperando uma resposta.
-Aigoo... Eu não passei sozinha – antes que pudesse terminar a baixinha já estava em fúria e a olhava como se fosse mata-la, a prendeu contra o colchão – vai me deixar explicar? – Segurou o rosto da mais velha para que prestasse atenção – como eu posso dizer isso? – Perguntou a si mesma.
-Eu quero nome – disse cruzando os braços e Yuri riu, adorou aquela pose de autoritária.
-Henry – Taeyeon arregalou os olhos e Yuri riu mais alto – não fizemos nada babo, ele não faz meu tipo – recebeu tapas.
-Você bebeu ontem? – A baixinha perguntou raivosa.
-Sim – respondeu sem entender o porquê da pergunta.
-Então como sabe que não fez nada? Ou que ele não fez nada? Aish! Fala sério Yuri. – Continuou com seus tapinhas e a outra ria da situação.
-Eu confio nele Taeyeon-ah – conseguiu dizer.
-Mas hein? Como assim confia nele? Não sei se você lembra, mas ele é a pessoa que estava tentando destruir a gente desde que apareceu por aqui.
-Tivemos uma conversa franca ontem, e eu vou confiar nele, ele parecia bem sincero – a abraçou – e você pare de bancar a brava, se não fosse pela minha conversa com ele, provavelmente não estaríamos juntas agora.
-O que? Isso não faz sentido Yul, Kangin – a mais nova apertou os punhos ao ouvir aquele nome – me disse que aquele garoto estava apaixonado por você – em um estralo algumas coisas se encaixaram na cabeça de Yuri.
-Então faz sentido – ela pensou – é por isso que ele disse que sabia reconhecer quando perdia uma batalha.
-Então você confia mesmo nele? Não acho que seja uma boa ideia – a baixinha advertiu.
-Confiar em Kan... – se interrompeu, jamais pronunciaria aquele nome novamente – aquele garoto não foi uma boa ideia, acredita que ele insinuou que vocês tinham um caso hoje mais cedo e que era pra eu desistir de você, ele é louco? Deve ter algum tipo de problema.
- O que?! – Taeyeon se exaltou – aquele filho da p... – Yuri riu.
-Ele planejou tudo – continuou explicando - ontem ele sabia que eu estava vendo e por isso te beijou e quase que nós terminamos.
-Desculpa, eu não consegui fazer nada para impedir – ela mostrou sua fraqueza e Yuri a segurou forte em seus braços a aconchegando ainda mais.
-Tudo bem, desde que ele mantenha distancia de nós duas – sabia que ele não faria isso, mas mesmo assim, não o deixaria chegar perto da sua danshin.
-Não vou mais falar com ele – prometeu buscando novamente o par de lábios da mais alta.
Elas ainda ficaram conversando e esclarecendo algumas coisas, trocaram caricias e fizeram as pazes de uma vez por todas.
No apartamento onde os garotos moravam uma guerra estava prestes a ser iniciada, Henry esperava paciente pelo mais velho, e quando o viu correu até ele que sorriu, com aquele sorriso falso mas que enganava a todos desde sempre. Como estava com nojo do outro.
-Kangin, você pode me explicar o que fez ontem? – Henry foi direto ao ponto, estava sério mas Kangin não ligou muito.
-Um favor a você – disse simplesmente enquanto andava – uau! As noticias correm realmente rápido por aqui.
-Eu não te pedi favores – agora eles estavam parados, olhando um para o outro, era visível que nada ali ia dar certo, eles iam acabar brigando feio.
-Você gosta daquela garota não é? Eu só tentei separa-las para te ajudar, já que você não faz nada – o mais velho jogou as sacolas em sua mão em um canto qualquer e o encarou.
-Eu entendo, e não pedi favores, se não estou fazendo nada é porque tenho meus motivos – tentava manter a paz entre os dois, mesmo tendo a certeza de que era uma missão inútil.
-Aish Henry vai para o inferno, eu tento te ajudar e é isso que eu ganho? – Gritou, agora sim, as coisas iam de mal a pior.
-Eu cansei de suas ajudas e cansei dessa imagem ridícula que você criou para mim. – Confessou e o outro riu.
-Eu te ensinei a ter poder, é isso que sua imagem cria, graças à fama que você herdou de seu pai nós somos invencíveis. – Ai estava o ponto ‘nós’, era isso que Henry tinha que dar um jeito de terminar, esse elo entre eles.
-Eu não quero mais ser invencível, eu cansei de vestir essa mascara só pra dar poder a você, já era pra mim – Gritou de volta.
-Cala a boca, você não tem direito de desistir, não tem direito a nada, apenas a viver assim – Henry estava encurralado e outro se aproximava com o punho fechado com força – você quer parar? Você só sai dessa... Morto! – o mais velho começou socar Henry, o mais velho investia em sua cabeça e estomago e o mais novo tentava, inutilmente, se proteger, ele não tinha tempo para revidar e nem queria, em poucos minutos ele estava no chão recebendo chutes, intermináveis e incontáveis chutes, após algum tempo daquela tortura Kangin se afastou, deixando Henry quase sem consciência no chão.
-Vamos ver quem morre primeiro – sussurrou a si mesmo enquanto o outro se afastava, ele sabia que não podia com Kangin, mas nem se tivesse que pedir o favor ao seu pai, ele daria um jeito de acabar com aquilo.
Henry ficou ali, jogado enquanto seu rosto sangrava e suas costelas doíam, apoiou as costas na parede e ficou sentado tentando aguentar a dor, quando conseguiu se levantar, deu um grito baixo, seu corpo todo doía e sua cabeça latejava, deu seu melhor para tentar fazer um curativo, com um pequeno espelho, ele voltou para onde tinha levado a surra, o chão e as paredes estavam manchados com um vermelho vivo, seu sangue. Seu rosto estava vermelho, roxo e inchado.
Não havia revidado pois, naquele momento estava guardando coragem para algo maior, não sabia ao certo como fazer o que teria de ser feito. Sentou- se no sofá e logo Sungmin chegou cantarolando uma canção romântica, logo sua feição mudou, com uma carinha preocupada ele se aproximava de Henry, com cautela, o mais novo sentia tanto por Sungmin temer a ele, mas estava pronto para mudar essa historia.
-Hyung – disse animado e choramingou quando riu, pois seu rosto se contraiu e os ferimentos arderam – isso dói.
-O que aconteceu? – Agora ele correu preocupado.
-Aigoo nosso Henry ainda não aprendeu que não se briga com alguém melhor que ele, nesse tipo de briga você sempre acaba derrotado. – Kangin estava parado do outro lado da parede, seu tom de voz era frio, aquele era seu eu verdadeiro se mostrando.
-Estou lidando bem com derrotas – provocou – perder faz parte de vez em quando e também faz parte de uma mudança maior, é assim que um dia eu vou derrotar essa pessoa “melhor” que eu. – Tentou sorrir sem demonstrar dor e conseguiu, com algum esforço.
-O que está acontecendo exatamente? – Sungmin percebeu o ar estranho ali e estava confuso.
-Bem, Sungmin, queria pedir perdão por ter te tratado como um idiota na maior parte do tempo. – Começou, sua voz era carregada de culpa e sinceridade.
-Hm? Por que isso agora? – O garoto estava confuso e feliz.
-Estou tentando mudar, ou melhor, estou mudando, para melhor e espero que você me apoie, já que nem todos parecem gostar da ideia. – Sungmin segurou a mão do outro.
-Pois é claro que sim – ele sorriu – agora eu acho que devo fazer um curativo novo e decente em você, onde você os deixou? – Sungmin passou por Kangin e logo olhou para o chão, pegou a caixa de curativos e se dirigiu a Henry, quando terminou ele começou – eu preciso sair, vou à casa da Sunny hoje, não sei se é uma boa ideia, mas você quer vir junto?
-Eu adoraria, mas acho que vou tomar alguns analgésicos e ir direto para cama – ele disse se levantando – pode ir e divirta-se, já estou indo dormir – o abraçou e saiu.
Sungmin se dirigiu ao apartamento das garotas, achando que era uma péssima ideia pelo que tinha visto. No meio das garotas ele ficou quieto, pensativo e permaneceu assim por um tempo, elas também ficaram assim. Taeyeon e Yuri finalmente desceram, rindo, o que pareceu ter aliviado a atmosfera mórbida de momentos antes.
-Vocês se acertaram? – Jessica perguntou sorrindo – ficamos preocupadas.
-Desculpem, isso não vai acontecer de novo, foi só um engano. – Yuri respondeu sorrindo e abraçando ainda mais a namorada, estavam mais unidas do que nunca.
-Eu sabia – Tiffany riu.
-Sungmin, eu estou falando com você – Sunny cutucava o garoto, tentando o tirar de seu próprio mundo.
-Ué por que está tão quieto? – Yoona questionou.
-Nada, alguns problemas com os garotos – ele respondeu.
-Aconteceu algo? – Yuri se aproximou.
-Acho que Kangin e Henry brigaram – ele disse como se estivesse tentando entender aquela historia – tinha sangue até pelas paredes, as roupas de Kangin também estavam manchadas e ele estava sem nenhum arranhão, enquanto Henry... - balançou a cabeça.
-Kangin bateu em Henry? – Taeyeon perguntou boquiaberta, a imagem de bonzinho ainda estava em sua cabeça e estava se destruindo aos poucos dando lugar a um garoto frio e malvado.
-Sim, quer dizer eu acho, o rosto dele estava destruído, todo inchado e ele me pediu perdão, disse que estava mudando e quem nem todos aceitaram isso – ele suspirou – e Kangin estava tão diferente, o tom de voz tinha uma raiva, eu não sei, é como se ele e Henry tivessem trocado os papeis.
-Eu acho que Henry sempre foi o bonzinho – Yuri ao dizer aquilo levantou a curiosidade das outras.
-Por que acha isso? – Ele perguntou – Henry sempre te tratou como um lixo, quer dizer, eu sempre soube que ele não era tão mal quanto aparentava, mas você pensar assim é estranho.
-Eu ainda estou conhecendo ele de verdade e pelo que entendi dessa história até agora é que Kangin não é o anjo que aparenta e Henry não é o mal em pessoa.
Eles ainda discutiram sobre o assunto e Yuri resolveu contar tudo o que sabia sobre os dois, Taeyeon a ajudou e no fim todos ficaram em choque. No outro dia o casal esperou por Henry que chegou com Sungmin a faculdade.
-Meu Deus! Ele destruiu o seu rosto – a mais nova levou à mão a boca.
-Tivemos uma pequena discussão, ele não aceitou muito bem o fato de eu não querer mais defender ele com meu poder de invencibilidade – ele riu um pouco – então vocês estão juntas novamente, fico feliz.
-Obrigada – Taeyeon respondeu, realmente havia alguma sinceridade naquela voz – e desculpa por... Tudo, principalmente por te chutar naquele dia.
-Ah, está tudo bem – ele deu alguns tapinhas no braço dela – eu deveria me desculpar por tentar fazer da vida de vocês um inferno, eu estava cego naquela época.
-OK! Chega de desculpas, estão todos perdoados – Yuri abraçou a namorada e se despediu dos garotos.
Algumas semanas depois
Hyoyeon estava no corredor tagarelando com Soyeon, Sooyoung já havia se acostumado e até trocava algumas palavras com a garota, na sala do apartamento Tiffany, Jessica, Taeyeon e Yuri conversavam, elas haviam se acertado, na verdade haviam começado novamente e estavam indo muito bem. Na cozinha Sooyoung, Yoona e Seohyun preparavam algo para comer. Sunny estava voltando para o apartamento depois de se despedir de Sungmin, avistou as garotas do outro apartamento saindo de um taxi e elas tiraram algumas malas do porta-malas, duas garotas que até agora ela não conhecia estavam conversando animadamente, a garota sentiu um frio na espinha quando olhou para a de cabelos compridos.
-Meu Deus, elas se parecem tanto – tentou afastar esses sentimentos que estavam querendo voltar – não é ela – tentou olhar mais para o rosto, mas ela estava com óculos escuros o que dificultava, mas o formato do rosto também era o mesmo e conforme se aproximava percebeu que a formato da boca também era idêntico, sentiu ás lágrimas chegarem e então ela tirou os óculos e olhou diretamente para Sunny – é ela... – tudo que fez foi continuar andando até elas e quando se aproximou da entrada respirou fundo e correu, deixando-a para trás, subiu pelas escadas e a ouviu chamar por seu nome, não parou, correu tanto que achou que seus pulmões fossem explodir.
-O que aconteceu Sunny? – Hyoyeon perguntou quando a garota apareceu branca e sem fôlego no corredor.
As portas do elevador se abriram e lá estava ela, com o olhar tão perdido quanto o de Sunny, eles trocaram olhares por segundos que pareceram eternidade, ambas estavam confusas, há anos não se viam, há anos ambas tentavam fechar suas cicatrizes, que agora estavam abertas novamente.
-Su... Sunny – gaguejou tentando se aproximar – você – deixou ás lágrimas correrem por sua face enquanto apontava para a outra.
-Hyomin – era ela, seu coração doía e batia rápido, ela conhecia aquele sentimento, sua paixão, que tentou tanto esquecer, estava viva e mais forte do que nunca.
O ambiente estava frio e ninguém dizia uma palavra, não sabiam o que fazer ao certo, elas ainda se olhavam e as outras ostentavam olhares preocupados.
-É bom te ver de novo – Hyomin disse por fim e Sunny quis responder, mas o som não saia, ela ainda respirava com dificuldade – acho que...
-Nós deveríamos conversar depois – Sunny deu as costas e entrou no apartamento correndo.
-Ela continua tão linda – a outra sussurrou para si – ela não pareceu muito feliz com minha presença, acho que eu deveria procurar outro lugar para ficar.
-Não foge – Qri a abraçou tentando acalma-la – você vai ficar aqui.
-Eu vou entrar e ver como ela está – Hyoyeon abriu a porta – foi um prazer conhecer você – sorriu – e bom rever você Eunjung, a gente se fala depois.
Hyoyeon subiu as escadas e abriu lentamente a porta do quarto de Sunny, viu a baixinha sentada e encolhida na cama, abraçando os joelhos.
-Sun você está bem? – Quando a outra levantou o rosto, a mais nova correu para abraça-la – sabe que pode contar comigo, não é?
-Sei... Por que ela voltou para perto de mim? Quando terminamos, achei que nunca mais a veria e quase enlouqueci por causa disso. – relembrar era como um soco no estomago, mas revirava todas suas emoções transformando tudo em um completo caos – acho que ainda gosto dela, meu coração está batendo tão rápido que acho que vai acabar arrebentando a carne.
-Você está confusa? – Ela concordou – acho que vocês deveriam conversar e esclarecer as coisas e não sei, talvez, quem sabe vocês se acertam.
-E Sungmin? Eu gosto dele, gosto mesmo – ela mais uma vez respirou fundo – não quero magoa-lo.
-Se você já está pensando assim, significa que talvez não goste tanto dele como gosta de Hyomin, e Sunny, eu sei que é confuso, mas de um tempo para organizar seus próprios sentimentos.
-Acha que eu não amo Sungmin?
-Não da mesma forma que você ama Hyomin, eu percebi que vocês ainda sentem algo uma pela outra e Sunkyu, seus olhos tem um misto de amor e... Simplesmente não sei.
-E o que devo fazer?
-Isso quem resolve é você, então olhe para seu coração e veja o que ele acha mais importante, vai dar tudo certo. – A abraçou mais forte.
-Obrigada, eu vou pensar nisso.
Hyoyeon a deixou sozinha e Sunny se perdeu em suas memórias, se sentia tão desconcertada, o baque do encontro ainda a derrubava toda vez que se levantava, não seria nada fácil organizar tais sentimentos e emoções novamente.
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