November Rain

Dance On Our Graves - PT

 

O silêncio não me deixava dormir. Eu preferia estar ouvindo uma banda de rock cantar os seus pulmões para fora, preferia estar ouvindo gritos histéricos, ou qualquer coisa que pudesse tirar a voz de Tiffany da minha cabeça.
 
 
Olhando para cima, com a escuridão quase me engolindo em sua imensidão da madrugada, o único som que eu ouvia era o de sua voz. Era como se alguém tivesse gravado toda aquela conversa, colocando para tocar em repeat bem lá dentro do meu ouvido. 
 
 
Nem mesmo o cansaço de todos os acontecimentos do dia, me proporcionariam descanço. Não enquanto eu repensasse em tudo que fiz, em tudo que ela fez, tudo o que nos tornamos. Tiffany tinha esse transtorno e essa realização parecia nada mais que uma mentira. 
 
 
Uma das memórias que por mais que eu tivesse tentado esquecer nesse meio tempo, não consegui, foi a de que ela era uma garota lívida. Os sorrisos que ela me dera, a genuídade de seus atos, os beijos que vez ou outra eu jurava sentir novamente...Não tinha como eu pensar que em meio à isso, ela se sentia daquela maneira. Que no fundo, ela poderia estar em guerra consigo mesma. 
 
 
A ficha parecia não cair. Minhas pálpebras doíam, pesavam, mas eu não conseguia me levar à um estado de paz para poder dormir. O que eu faria dali em diante ? Como eu poderia ajeitar as coisas ? Meu organismo e minha mente estavam exaustos, mas nada batia o pesar em meu coração. Não poderia dizer que não era pena ou remorso... Eu estava péssima. Eu a forcei a dizer, eu forcei para o melhor, mas no fim, provoquei a quebra do meu próprio coração. Estaria mentindo se dissesse que preferia ouvir todas aquelas palavras novamente...
 
 
A verdade doía. 
 
 
Passei a mão por meus cabelos de modo brusco, segurando-os com força. Forcei os olhos fechados, tentando me lembrar de cada detalhe, cada palavra que ela já havia proferido para mim. Tentando achar dicas, provas, peças para meu quebra cabeça que provassem que isso acontecia mesmo com ela. 
 
 
Um filme de nossa breve história pareceu ser o centro das atenções em minha mente. Desde a ponte, ao parque, à nossa primeira vez, o momento em que descobri mais sobre ela... Tudo parecia apenas soar normal para mim até eu tentar a todos os custos, me lembrar do nosso último beijo.
 
 
Quando havia sido ?
 
 
Isso era intrigante. Talvez fosse o efeito do alcool - o qual eu jurava não estar sentindo -, talvez fosse  a minha mente me alertando que estava sobrecarregada para pensar nessas coisas, mas não conseguia lembrar nem um segundo.
 
 
Esse fato me levou a pensar : O primeiro beijo com a pessoa que você gosta sempre era inesquecível. As pessoas tendeciavam a lembrar de tudo, pelo menos as mais apegadas a esse tipo de coisa, certo ? Lembravam-se se havia uma música tocando, como foi que começou, quem iniciou, quando parou, todo o contexto fazia parte da lembrança...O nosso primeiro foi bagunçado, cheio de desejo, iniciado por mim e bem bêbado, mas eu não o considerava exatamente como primeiro.
 
 
Excluindo-o de minha mente, o que vinha à minha cabeça com força total fora o que ela iniciara. Após vê-la chorar pela primeira vez, o beijo que me fez ver que eu estava mesmo me apaixonando por ela. A vontade que eu estava em beijá-la, a surpresa em perceber que ela o fizera primeiro, o sensível toque de seus lábios nos meus, a sinceridade e a gratidão que vi em seu olhar póstumo... Lembrava-me do frio, do local em que estávamos, de praticamente tudo.
 
 
Mas e o último ?
 
 
O último pode ser tanto de um adeus certo, tanto quanto pode ser de um inesperado. No meu caso, foi o inesperado. Deixei-me encher de mágoa, de ressentimento, que não conseguia lembrar como foi o beijo, se ela deixara alguma pista sobre o que estava prestes a acontecer, se havia algo de diferente que pudesse me avisar...
 
 
Foi pensando nisso que senti meus olhos relaxando de vez. Mesmo não querendo, meu cérebro escolhera o que era melhor para mim : o sono.
 
 
XxX
 
 
“Por onde você esteve ? Te liguei várias vezes e nada...” 
 
 
“Eu te avisei que ia visitar meus pais, não ? Esqueceu ?” 
 
 
“Oh~ está explicado...Me desculpe Sica-ah, esqueci completamente.” Suspirei fundo. “Tantas coisas acontecendo que-”
 
 
“O que houve ?” 
 
 
Eu não deveria contar né ? Pelo menos não agora...
 
 
“Ah, trabalho como sempre, nada demais... Mas enfim, sinto sua falta.” 
 
 
Aquilo estava sendo genuíno. Eu realmente sentia falta do cafuné que ela me fazia, de ouvir seus casos e convenhamos, eu estava precisando. Acho que fiquei tão inerte nesse assunto da Tiffany que não tinha notado até então. O fato de reconhecer isso só agora me fez sentir uma péssima namorada, para falar a verdade. 
 
 
“Aw, sinto a sua também. Está se cuidado né ? Não quero te encontrar morta por uma colapso nervoso, seu trabalho não vale sua vida.” 
 
 
A autoridade em sua voz me fez sorrir. Estava sendo uma das primeiras vezes que alguém me fez sorrir de verdade depois daquela madrugada. Eu ainda sentia meu coração estar pesado, ainda me sentia mal mas é claro que não deixaria transparecer. Sequer contei à Sooyoung sobre o que descobri, ou as coisas que me deixaram naquele estado.
 
 
“Sim coronel Jung, estou me cuidando. “Não era uma mentira certo ?
 
 
“Acho bom.” Coloquei o celular no outro ombro para segurá-lo em meu rosto, usando as mãos para procurar meu Ipad em meio à aquela papelada.” Acho que chego em Seul daqui a umas duas horas... O que acha de um jantar hoje à noite ?”
 
 
“Mas você vai chegar cansada Sica, acho melhor-”
 
 
“Está me recusando à essas alturas Taeyeon ?”
 
 
“Não, estou apenas me preocupando com seu bem estar também.” 
 
 
“Vou dar uma dormida, é lógico, não precisa se preocupar.”
 
 
“Se você diz então tudo bem, vamos aonde quiser Princess. “ Mexi mais um pouco na desorgnaização da minha mesa e o encontrei quase na beirada desta. Assim que o peguei, destravei logo de cara, me deparei com as páginas de pesquisa abertas. 
 
 
“Hm~ O que acha daquele que fomos no outro dia, perto daí  ?”
 
 
Tive que tirar os olhos das várias abas abertas para poder me concentrar no que ela falava.
 
 
“Por mim está ótimo. Passarei na sua casa às 9, está bem ?”
 
 
Jessica não precisou pensar muito. “Dae. Te vejo logo então, também sinto sua falta.” 
 
 
Sorri mais um pouco e ouvi um som de beijo, me despedindo dela instantes depois.
 
 
Com o fim da ligação, voltei a deslizar o dedo pelo aparelho, regressando às páginas anteriores.
 
 
Haviam se passado apenas 2 dias desde que fui até a casa de Tiffany porém, esse tempo mais parecia uma semana. Com um pensamento sóbrio, pude ver o quão idiota fui em vários níveis. Ao me lembrar da fúria que provoquei nela, me arrependi de ter usado a “ignorância” para conseguiro  que queria. Minha vontade era de me desculpar mas eu me sentia desencorajada, já que sentia como se dali para frente, estivesse à andar em cima de ovos.
 
 
Ainda sim, sabia que não ia ficar parada. Desta maneira, procurei entender mais dessa condição psicológica. Minha mente ainda não assimilava à palavra doença justamente pelo modo com que ela me dissera. Estaria errado ? Doença maníaco depressiva... Não, não estava mas eu não queria ter de rotulá-la, sequer estava custando a acreditar.
 
 
Procurei na internet, em livros sobre bipolaridade e por mais que ainda não quisesse aceitar, vi o quanto fazia sentido. Crises maníacas, crises depressivas. Tiffany até havia chegado a me contar detalhes que poderiam encaixar, caso eu os lembrasse corretamente. Estava mais que na cara, mas eu não estava errada em continuar cética. Por que logo com ela ? Ela não merecia, depois de tudo que passou, a perda dos pais... Talvez isso influenciasse ? Talvez seu pai já sofresse da mesma coisa ? Honestamente, parte disso me deixava revoltada. Ela não merecia mesmo, ninguém merece mas a Tiffany...
 
 
Eu stava querendo enganar a minha mente de que ela havia me deixado apenas por seu caráter, por não gostar de mim o suficiente. Eu teria preferido mil vezes que essa fosse a resposta que ela tinha para me dar. 
 
 
Se eu me recusava desta maneira, imagina ela ? Era assustador pensar que todos esses sentimentos em mim, de raiva ao vê-la assim, eram triplicados nela. Era a coisa mais triste de ver. Uma pessoa tão bonita, não apenas por fora, se odiando desse jeito... Ainda doía.
 
 
Em meio ao silêncio de meu escritório, passei a ler o que um doutor havia escrito sobre a bipolaridade com muita atenção. 
 
 
“[...] Tem de haver cooperação dos familiares e amigos, mesmo que seja complicado ao menos tentar entender a mente de um bipolar.”
 
 
“[...] Tem de se lembrar de que a instabilidade emocional do portador afeta mais à ele mesmo do que ao meio. Paciência e compreenssão são cruciais.”
 
 
“[...] Apesar de muitas vezes a doença ser difícil de se diagnosticar, há casos de que mesmo com o devido tratamento, o paciente não consegue acreditar na melhora. Não aceita o que tem e essa pode também, ser uma das principais causas as quais geralmente, tais pessoas optam por suicídio.”
 
 
Engoli em seco. Ela se encaixava.
 
 
“Vou morrer com isso, ou quem sabe, vou morrer disso !”
 
 
Ela teria a coragem ? Me bateu um medo ao inconscientemente imaginar a situação. Ser avisada de sua morte assim, ou quem sabe até mesmo encontrá-la... Senti um aperto em meu peito. Eu ficaria completamente desolada. 
 
 
Desviei a atenção da tela para poder pensar mais a fundo. Eu não queria fazer parte daqueles que não fazem nada, que só deixam as águas rolarem. Não sabemos o que temos até que no final, o perdemos, não é ? 
 
 
Eu não queria ser como o pai daquela amiga dela, que nem mesmo com a chance e o conforto, se propôs a ajudar. Não importava se ela não quisesse me ver agora, faria deste meu objetivo. Não forçaria nada mas mesmo que ela não soubesse, estaria segurando sua mão da mesma forma que fiz no hotel. 
 
 
Depois desses dias que se passaram, vi que não estava disposta à ajudar por pena. Não foi por pena que me apaixonei por ela, por que seria em torno disso agora ? 
 
 
Queria cuidar dela, ter sua amizade de volta mas...Não antes de me desculpar, não é ?
 
 
“Yaah Taengo~~ !” 
 
 
Uma voz escandalosa me fez levantar a cabeça de súbito, em surpresa. De primeiro não a havia reconhecido, mas logo que vi a figura loira invadindo o lugar, sorri em realização.
 
 
Me levantei a tempo apenas de receber um abraço de urso, aqueles que ele sempre me dava.
 
 
“Por onde andou Kibum ?” Apertei seu pescoço para expressar a falta que senti dele. Nunca que esperava a sua presença ali, ainda mais depois de tanto tempo sem contato. O que havia acontecido ? 
 
 
Cheguei até a fechar os olhos, sorrindo ao ver que ele também me abraçava forte.
 
 
“Todos os cantos Taengoo, todos os cantos.” Seus braços me sacudiram uma vez antes de poder se afastar para me olhar. “Como está ?  Parabéns pelo novo projeto ! Desculpe não ter vindo Taeng, fiquei péssimo por isso !”
 
 
“Nah, tudo bem. O que importa é que você está vivo, seu idiota ! Sooyoung e eu já estávamos recorrendo à polícia, vai que você morreu e-”
 
 
“Ai quanto amor !” Key passou as mãos pelo meu cabelo, dando um tapinha em meu ombro antes de se afastar para ir até a porta novamente. Ele parecia tão... crescido ? Apesar de ser mais novo, sempre tive depositado nele um sentimento de irmão mais velho e agora, sua aparência por algum motivo, estava mais velha. Isso meio que me assustou, já que não achava que ficamos tanto tempo assim sem nos ver.
 
 
Acompanhei meu olhar junto à seus passos.
 
 
“Trouxe alguém para te ver também !”
 
 
Arqueei uma sobrancelha em questão, me aproximando aos poucos da porta. Ele saiu do recinto, sumiu de minha vista e instantes depois, entrou com uma das mãos para trás, guiando alguém junto à si.
 
 
Quando vi a pessoa, não pude evitar a expressão ainda mais surpresa.
 
 
Definitivamente, não esperava.
 
 
Um sorriso cresceu em meus lábios assim como nos dela. Fei veio me abraçar de um modo amigável, trazendo à mim uns sentimentos de nostalgia.
 
 
Não era conhecimento de ninguém, além de nós duas, o que ocorreu a um bom tempo atrás...
 
 
“Quem é vivo sempre aparece, run ? “ Vi Key sorrir largo por cima de seu ombro, fechando a porta do meu escritório sem tirar os olhos de nós duas. 
 
 
Nem mesmo ele sabia, acredito.
 
 
“Digo o mesmo !” Me afastei com um sorriso conhecedor em meus lábios, vendo que ela continuava estonteante desde a última vez que nos vimos.
 
 
Key se direcionou ao sofá enquanto nós duas continuamos paradas no mesmo lugar.
 
 
“ Por onde andou ? Estave com ele o tempo todo ? ” Apontei para o loiro, dando alguns passos para poder imitá-lo e induzi-la ao mesmo. 
 
 
Fei negou com a cabeça e abriu um sorriso ainda maior. “Só nos finalmentes. Depois de ter ficado por aqui, fui passar um tempo no meu país mas desses meses para cá, viagem só a trabalho mesmo. Só agora me encontrei com esse desmiolado aí.” 
 
 
Ri pelo nariz com a sua definição dada à ele. Era a pura verdade. Ele não tinha miolo algum, nem sequer se importava com nada.
 
 
“Hmpf, desmiolado o caramba. Sou impulsivo Wang, impulsivo.”
 
 
A vi se sentar no sofá ao lado do Key e sem pensar, sentei-me ao seu lado.
 
 
Era estranho reencontrá-la. Não que fosse coisa impossível, mas o que tivemos foi tão... anormal, que isso deixou a situação toda anormal. 
 
 
O pior de tudo era que, eu me sentia confortável. Pior não, o melhor.
 
 
Após um bom tempo depois de ter retornado à Coréia, ainda naquele ano, cheguei  a reencontrá-la, assim como os outros amigos de Key. Ainda sentida pelos recentes acontecimentos, fui forçada à sair e quando o fiz, cheguei a beber um pouco além da conta. Contei coisas que não devia, mas não me arrependi ao todo. Fei foi a que ouviu.
 
 
O lance é até meio curioso. Ela se propôs a me ajudar de uma maneira... física. Eu e ela tivemos um caso que não durou mais que 3 dias. Talvez foi por estar precisando de um consolo, talvez foi por ter ficado totalmente encantada com a forma com que ela tratava as coisas, sua maturidade em questão...
 
 
A usei e tenho certeza de que fui usada mas, isso não significou nada.
 
 
“Vocês mais parecem nômades, como conseguem ? “Sorri de canto, desviando o olhar de um para o outro. 
 
 
“Muito esforço Taengoo, muito esforço.” Key cruzou as pernas e suspirou, olhando para Fei com um olhar diferente.
 
 
“Com certeza.” Ela me olhou e anuiu com a cabeça, fazendo o mesmo que ele. “Key ainda se diverte mais, vida de modelo não é fácil. Mas e você, o que andou agindo ?”
 
 
Me encostei no sofá de um jeito confortável e antes de falar algo, suspirei da mesma forma. “Ah, muitas coisas... Ultimamente tem sido trabalho após trabalho mas, não estou reclamando.” 
 
 
“Um certo alguém voltou, é verdade ?”
 
 
Key cortou o que Fei estava prestes a falar. O fitei de modo intenso. Sooyoung ?
 
 
“Co-Como sabe ?”
 
 
“Sei de tudo Taeng.” 
 
 
“Na verdade...” Mudei minha atenção para ela.”Fui eu quem contei.”
 
 
“ Huh ? E como você soube ?”
 
 
Ela suspirouu fundo antes de começar a falar.
 
 
“A alguns meses atrás tive de trabalhar com a empresa onde ela trabalha. Estava fazendo um photoshoot e por mais louco que pareça, lá estava ela conversando com um dos staffs da campanha. Tive que conversar com ela para acreditar.”
 
 
Meus olhos meio que se arregalaram. Como as coisas estavam se ligando daquela maneira ? Parecia que de um jeito ou de outro, eu poderia encontrá-la. Era questão de tempo ?
 
 
“E então ? Digo, ela te reconheceu, ela-”
 
 
“Sim, ela me reconheceu mas...Senti um certo desconforto de sua parte. Foi uma conversa estranha para falar a verdade, não só para ela. Digamos que já não havia mais toda aquela simpatia da primeira vez em mim.”
 
 
Olhei para o Kibum e ele mais pareceu interessado em suas unhas do que em nós duas. Voltei à Fei e a encontrei com um olhar familiar.
 
 
“Eaí ?”
 
 
“Conversamos algumas coisas superficiais até ela tocar no nome do Key e bem, no seu.”
 
 
No meu ? Eu havia escutado direito ?
 
 
“Me perguntou como você estava, como se eu não soubesse de nada. Procurei agir de tal forma, indiferente ao dizer que estava bem, fingindo surpresa por ela não saber disso. Tiffany ficou ainda mais desconfortável depois disso, dizendo apenas que aconteceram umas coisas entre vocês. No fim perguntou se você ainda morava em Seul, se trabalhava no mesmo lugar... Acho que ela não sabia que você na verdade era dona do local.”
 
 
Todas aquelas informações me deixaram em êxtase. Teria ela então, procurado por mim ?
 
 
“Depois disso tive que ir continuar a sessão e nunca mais a vi.” 
 
 
“E pensar que agora ela está trabalhando com você... Que situação Taengoo.”
 
 
“Quem te contou ?”
 
 
“Fonte anônima chamada Sooyoung.”
 
 
Suspirei. É claro.
 
 
Se aquele fosse um sinal de que ela ao menos se importou comigo, por que ela não fez mais nada durante o resto do tempo ? 
 
 
“Me desculpe não poder contar mais cedo Taeyeon, andei tão ocupada que esqueci completamente. “ Fei tocou minha mão por uns instantes e fez um sinal positivo com a cabeça, dando um pequeno sorriso em desculpas.
 
 
“Não, não, tudo bem...” Forcei um sorriso e passei a encarar algum ponto fixo, enquanto pensava nisso.
 
 
“Para ser mais sincera, eu estava relutante em te contar. Lembro das coisas que me contou naquela noite e isso me fez hesitar, já que você me pareceu bem magoada, não querendo vê-la nunca mais e-”
 
 
“Quando foi isso ?” Key virou o rosto brutamente em nossa direção. Suas sobrancelhas estavam juntas, seu cenho franzido.
 
 
Engoli um pouco de saliva para poder tirar a secura da minha garganta.
 
 
“Não importa Kibum.” Dei ombros e voltei a atenção à Fei. “Eu aprecio a sua consideração. O tempo me ajudou, não sei como reagiria mais cedo.” Esbocei um ultimo sorriso de canto e suspirei fundo, voltando à pensar em Tiffany.
 
 
Eu podia até sentir Key revirando os olhos.
 
 
“Tá né... “ Isso era o sinal de que depois ele me interrogaria tudo e mais um pouco. Seja sobre Tiffany e agora, sobre Fei. 
 
 
Mais um suspiro meu.
 
 
“Onde está Sooyoung ? Vim vê-la também, apresentar Fei Fei para ela também.”
 
 
“É, nunca tive a oportunidade de conhecer a famosa shikshin.” Fei sorriu para Key e ele retribuiu, me olhando de esguelha.
 
 
“Se não estiver em seu escritório, acho que a Sunny deve saber mas... Não aumente suas expectativas Fei, pode se decepcionar.” Sorri de um modo brincalhão e me fiz de séria, já tentando queimar o filme dela.
 
 
XxX
 
 
Fei e Key continuaram a conversar comigo por mais um bom tempinho. Continuei em meu modo aéreo, mas ainda sim, estava me sentindo bem por estar ao redor deles. Ambos estavam a me contar as novidades que surgiram em suas vidas e logo, me vi imersa naquele ambiente agradável. Pelo menos até ele se levantar, dando uma boa espreguiçada antes de dizer algo.
 
 
“O papo está bom mas é melhor irmos logo procurar pela Sooyoung. Ainda temos que passar no estúdio Fei.”
 
 
A vi concordar e se levantar da mesma forma. A imitei e dei um último sorriso genuíno.
 
 
“É verdade. “Ela se virou para mim. “Se não formos agora, a doença de outono vai nos pegar.” 
 
 
Key riu e concordou. 
 
 
Outono...
 
 
“A preguiça, você quer dizer.” 
 
 
“Sim, todos temos.” Ri pela respiração e vi Fei vir em minha direção para me dar um abraço.” Foi bom te ver de novo Taeyeon. Vamos marcar de sair todos juntos um dia, certo ?”
 
 
“Claro. Nada de perder contatos de novo.” Aumentei o sorriso.
 
 
Assim que me afastei, Key foi o próximo a me abraçar.
 
 
“Depois te ligo para a gente conversar.” Sua voz saiu meio baixa. 
 
 
Concordei e me separei dele, me despedindo por fim. Ambos seguiram para fora do escritório e já do lado de fora, pude ver Fei gargalhar com algo que Key dissera. Fiz um sinal negativo com a cabeça e continuei com o sorriso bobo, alegre pela visita.
 
 
Em passos lentos, voltei para a minha mesa de modo automático. Olhei a grande janela que dava para cidade e isso me pareceu mais atrativo do que toda aquela papelada, seguida de computadores. Logo que me posicionei, passei a observar o céu. 
 
 
O céu estava meio alaranjado e o dia parecia estar indo embora. Bem lá embaixo, pude ver alguns pontinhos da mesma cor do céu, diferenciando de todas as outras vezes que parei para fazer essa rápida observação.
 
 
As folhas das árvores lá embaixo davam um outro tipo de visão nessa época do ano...Assim como o chão em volta destas.
 
 
Laranja. Tudo parecia laranja.
 
 
Era outono...
 

“Mas então, quando é seu aniversário ?” 

 
“Nove de março.” Dei uma bicada em meu chá e logo sorri de volta.
 
 
“Hm~ Está quase chegando heh ? Faltam o que, dois meses ?” Tiffany mexia em seu cappuccino lentamente, mantendo toda a sua atenção em mim.
Cotovelo na mesa, mão segurando o queixo e os olhos observadores totalmente voltados aos meus.
 
 
“Isso mesmo.” Concordei com a cabeça.
 
 
“Vai fazer festa ?” Uma sobrancelha sua se arqueou em questão. 
 
 
Pff~ Festa. Até parece.
 
 
“Naah, não gosto muito dessas coisas. No máximo recebo uma festa surpresa, à meu contragosto, ou passo com meus amigos mesmo.” Dei ombros em indiferença. “Mas e você ? Quando foi que o mundo recebeu sua ilustre presença ?”
 
 
Vi osentão observadores olhos se tornarem duas linhas crescentes.
 
 
“Primeiro de agosto.” Ela finalmente decidiu tomar um gole de sua bebida quente. O cheiro daquele local me dava até vontade de dormir ali. 
 
 
“Ohh, verão. Tem sorte de ter nascido no verão ! Dias ensolarados, calor, praia, sorvetes...” Minha mente continuou o raciocínio de modo silencioso, me levando a pensar em todas as coisas que me agradavam nesta época do ano.
 
 
“Na verdade... Eu não gosto de ter nascido no verão.” 
 
 
“Wae ? Não costumam dizer que bebês desta época são mais iluminados, mais alegres, astutos ? Queria eu ter nascido no verão.”
 
 
Tiffany inclinou a cabeça um pouco e se manteve a sorrir, como se me analisando a cada instante. Apesar de muitas vezes me sentir incômoda com as outras pessoas, eu me sentia bem. Ela era uma pessoa muito legal e agradável.
 
 
“Nah, não consigo gostar. Acho que é porque outono é a minha estação preferida.”
 
 
Bebi outro gole, sentindo todo aquele frio anterior se dissipar cada vez mais.
 
 
“E porque disso ? O clima ?”
 
 
A vi diminuir um pouco o sorriso - agora podendo voltar a ver seus olhos de maneira mais clara - e então, seguiu-se um suspiro . Sua atenção saiu de mim por um breve momento e se fixou a um ponto qualquer, o qual não consegui encontrar.
 
 
“Não é apenas por isso, ou por causa das cores incríveis das folhas... O outono tem um significado curioso na minha vida, o qual procuro seguir sempre.”
 
 
“Como assim ?” Continuei a fitá-la, como se pedisse pelo seu olhar de novo.
 
 
Demorando mais alguns instantes, finalmente o consegui.
 
 
“Bem, se as folhas não caíssem no outono, a árvore não sobreviveria ao inverno que estaria por vir...Elas têm a necessidade de se renovar.” Ela deu uma pausa. 
 
 
Desci o olhar para seus lábios por um breve momento mas isso não durou. Voltei a fazer contato visual antes de vê-la retomar a conversa.
 
 
“Isso me dá uma ideia de renascimento, de ter que sacrificar, deixar algo para trás para poder ver o que um novo começo te aguarda, entende ? Essa é a razão do meu favoritismo... Sempre tento pensar dessa maneira em minha vida, mesmo que ainda não tenha aprendido como.”
 
 
Seu sorriso diminiui para um de canto. Vi sua mão voltar a mexer o cappuccino, talvez de modo automático. Eu estava mesmerizada por suas palavras. Aquilo fazia muito sentido, na verdade. 
 
 
“Woa, eu nunca tinha pensado desse jeito. ”
 
 
Tiffany pareceu enfim se lembrar da bebida em suas mãos.
 
 
“Na verdade, isso é lindo sabia ?” Dei um sorriso besta para ela. “Todo mundo devia pensar assim mesmo, só que em todas as estações.”
 
 
“Concordo mas...Acho que para algumas pessoas não é fácil.”
 
 
“É...” Franzi o cenho em pensamento. “Mas se seu aniversário fosse em outono, eu seria o que, sete meses mais velha ? “ Senti meu sorriso voltar a crescer. 
 
 
“Isso aí, unnie.” Ela deu ênfase na última palavra. Se fosse Sooyoung até mesmo sentiria meus dedos se torcerem.
 
 
“Ugh, por favor, unnie não.” 
 
 
A vi retornar com o sorriso de mil watts. 

A lembrança me deixou sorrindo fraco para a janela à minha frente. Ela já estava se referindo à seu passado desde aquela época e mal pude perceber.

 

De qualquer jeito, acho que ela estava certa sobre a estação.

 

Recomeço...

 

XxX

 
 
“Sica ?” Procurei olhar por cima de sua janela, tentando ver qualquer sinal sequer. Não obtendo resposta alguma desde que cheguei, suspirei fundo, estranhando a situação. 
 
 
Nem mesmo ligando eu estava conseguindo encontrá-la. Teria ela já seguido para o restaurante ?  Mas eu havia avisado que- 
 
 
Bufei em impaciência, decidindo assim procurar pela chave reserva que ela sempre deixava no mesmo lugar. Vez ou outra ela costumava perder as coisas e para qualquer imprevisto, resolveu adotar esta maneira. Procurando entre as várias plantas que haviam por ali, a encontrei bem no fundo de uma, tendo como resultado uma mão completamente marrom.
 
 
“Legal.” 
 
 
Segui para a até então silenciosa casa com passos rápidos. Logo que abri a porta, tentei ser cautelosa, já que a escuridão tomava conta do âmbito. Estava começando a ficar preocupada, pois Jessica era uma daquelas pessoas que poderia largar de tudo, menos do celular. 
 
 
Decidindo dar um último toque, finalmente pude ver uma luz se acender. Quando acendi a luz do corredor, vi que o seu celular estava a vibrar de modo abafado, em cima do balcão próximo ao porta-casacos. 
 
 
Suspirei ao pegá-lo. Estava explicado. 
 
 
Percorri toda a restante extensão do corredor até chegar à sua sala, fazedo todo um trajeto às cegas.
 
 
“Jessica ?” 
 
 
Nenhuma resposta. 
 
 
A procurei na cozinha, banheiro e em todos os lugares do primeiro andar, seguindo por fim para o segundo. Quando fiz a decisão de procurá-la em seu quarto, me perguntei o porque de não ter imaginado aquilo antes.
 
 
Lá estava ela, vestida em um moletom roxo, dormindo que nem pedra ao agarrar seu travesseiro. 
 
 
Antes de mais nada, olhei o movimento de seu peito e de sua barriga para ver se respirava. Por vias das dúvidas.
 
 
Aish, o que eu estava pensando ?
 
 
Me encontrei sorrindo apesar de ter motivos para ficar irritada. Ela estava cansada, eu a entendia. Cheguei perto de sua cama apenas para lhe depositar um beijo na testa, retirando as mechas que atrapalhavam a sua adormecida visão.
 
 
“Dorme bem.”
 
 
Deixei o celular em cima da cômoda ao lado e assim, saí de seu quarto, enviando um sms para ela ler quando já estiver acordada.
 
 
O jeito seria jantar comigo mesma, não gastaria toda aquela produção à toa, certo ? 
 
 
Comi no restaurante que era para termos ido, já que havia reservado e estava viável para mim. O tempo parecia estar virando aos poucos, como as típicas noites daquele mês. 
 
 
Após meu jantar, ainda permaneci na mesa à procura de algo para fazer. Não queria voltar para casa mas também não queria sair perambulando sem rumo. Julgando pelo meu cansaço, talvez fosse uma boa ideia ir para casa e dormir mesmo que contra minha vontade ou... Quem sabe eu poderia resolver parte da minha vida. Deixar claro as coisas, me redimir pela minha idiotice.
 
 
A segunda opção pareceu totalmente tentadora.
 
 
Logo que paguei a conta, dei uma olhada na hora e juntando toda a minha coragem, resolvi fazer o mesmo caminho de dias atrás.
 
 
XxX
 
 
Não durou nem quinze minutos até eu me reencontrar no lugar o qual havia chorado mais que devia. A rua estava mais movimentada que antes, mas nada muito diferente. Acho que era o jeito do bairro mesmo, toda aquela calmaria...
 
 
A hora marcava nove e quarenta e cinco e a ansiedade em vê-la começou a marcar presença. Quando saí do carro e fui até sua porta, nem ao menos esperei mais um suspiro para bater nesta.
 
 
Todas as vezes que bati pareceram insuficientes. Não trouxeram nenhuma reação de alguém dentro da casa, me fazendo insistir mais e mais. 
 
 
Estaria ela me ignorando ? Conseguira reconhecer meu carro ? Conseguia me ver ?
 
 
“Tiffany !” 
 
 
Eu não queria ser ignorada, mesmo que entendesse se ela o estivess fazendo.
 
 
“Tiffany !” Como uma mal educada, tentei bisbilhotar para ver se encontrava sinal de vida mas tudo que encontrei foi um par de olhos à me observar. Uma mulher de meia idade estava a abrir sua garagem, me olhando de forma curiosa.
 
 
“A dona da casa saiu.” Sua voz saiu bem baixa mas por sorte, consegui escutar.
 
 
“Oh...Obrigada.” Curvei meu corpo em agradecimento e sorri de canto, grata por ao menos não estar sendo ignorada como pensei. 
 
 
A ahjumma anuiu e poucos minutos depois, a vi sair com seu carro, me deixando sozinha na região novamente. 
 
 
Respire fundo e segui para os degraus em frente à sua porta, determinada a esperar por ela. Não me importaria, se fosse assim. Afinal, ela voltaria para casa, não é ? 
 
 
XxX
 
 
Meu relógio já marcava onze e meia. Acho que não.
 
 
Ainda sentada no mesmo local, me deixei ser levada pela fatiga e pelo desleixo ao sequer me mover diante da chuva que começara a um tempinho atrás. Esta só tratava de aumentar a sua intensidade, já deixando meu casaco todo encharcado, assim como meu corpo todo. Não estava me importando com isso.
 
 
Na verdade, não sabia o real motivo. Poderia esperar por ela no carro se fosse o caso, mas algo dentro de mim apenas me fez continuar ali, estática. Talvez eu estivesse tentando provar a sei lá quem que estivesse vendo, que eu não estava desistindo do que queria, como sempre acostumei a fazer das outras vezes. Estava ciente de que era uma ideia de girico, mas estava me martirizando e a chuva estava sendo uma ótima companhia, apesar dos arrepios daqui e dali.
 
 
Encolhida e escorada no pilastre que sustentava o teto da varanda, sentia os respingos diagonais me tocarem cada vez mais fortes. Com isso, dobrei meus joelhos, os abracei e deitei minha cabeça em meu colo, fechando os olhos em proteção.
 
 
Não tendo nem ao menos o auxílio do meu celular -  o qual havia deixado no banco do carro - me encontrei daquele jeito, como uma criança no escuro.
 

 
Tinha certeza de que já haviam se passado dez minutos desde a minha checada no relógio. Estava começando a ficar muito frio mas eu já esperava aquilo. Durante todo aquele tempo, meus ouvidos apenas captaram o barulho dos pingos de chuva, pelo menos até ouvir um baque. Com a cabeça ainda afundada em meus joelhos, procurei não me incomodar. 
 
 
Estava quase adormecendo, para falar a verdade. Junto à chuva, passei a ouvir uns barulhos que mais pareciam passos corridos contra poças mas parecia tão distante que -
 
 
“T-Taeyeon ?”
 
 
Levantei o rosto de súbito ao ouvir aquela voz. Ajustando minha visão ao ambiente, a vi segurar um guarda chuva com uma expressão assustada. Não conseguia enxergar muito devido à escuridão da varanda, mas mesmo assim, o auxílio das outras fontes de luz deixou claro o seu rosto para mim.
 
 
“O que você está fazendo ?” Tiffany se aproximou mais um pouco. Me pus de pé e antes que ela pudesse ao menos passar por mim para conseguir um abrigo, me deixei levar pelo meu impulso em abraçá-la forte. 
 
 
Um estremeço subiu pela barriga ao sentir o corpo - até então quente - de Tiffany, pender para trás pela força que usei ao envolvê-la.Dessa maneira pude perceber o quanto eu estava sentindo frio. 
 
 
Com minha cabeça enterrada em seu ombro, meu queixo tremendo incansavelmente, me permiti ao menos fechar os olhos ao sentir novamente a sensação de ter ela junto à mim, mesmo que ela não estivesse retribuindo.
 
 
“M-Me-Me per-perdoe Tip-ffany.” 
 
 
Apertei meus braços em volta dela para tentar usar o calor que ainda restava em si.
 
 
Só assim consegui realizar a falta que ela havia me feito. A falta que ela ainda me fazia.
 

Esperavam por essa da Fei ? lol Não é muito relevante, apenas um casinho para até então inexperiente Tae... cof cof
O próximo sairá mais rápido, prometo. 
Obrigada pela paciência, como sempre, aprecio muito ! ^.^
Só mais uma coisa : Minha antiga professora de literatura dizia que a chuva quase sempre significa mudança de ato/reviravolta/recomeço em uma obra literária, ou adaptação cinematográfica... 
Just saying ;) 

 

 

 

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Comments

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AliceK
#1
Chapter 27: Olá... Estou relendo a história por que gostei tanto e fiquei triste quando terminou.
Bipolaridade é uma doença realmente seria e você retrata bem isso da Tiffany ficar triste e de repente sumir, muitas pessoas acham que é bobagem de quem não tem o que fazer e ficam culpando a pessoa. Ainda bem que a Taeyeon não se afastou da Tiffany e depois que soube começou a prestar ainda mais atenção nela.
Eu gosto dessa história
Chu ~
momoringgu
#2
Chapter 48: Continuando pois o asian é sensível a textão....

E finalmente temos uma reconciliação! Acho que por mais que a mãe dela tivesse seus “valores” e tal, de maneira alguma a taetae deveria passar por isso, né? Mas como diz aquele ditado, vamo fazer o que né? Auhauha O importante é o que importa no final das contas e essas duas puderam retirar uma carga emocional enorme das costas. E nooooooossa que linda essa descrição do amor delas <3 Eu confesso que eu fui ali pegar meus lenços e voltei pra continuar a ler, é muita emoção, meu deus do céu ;-;

GENTE QUE FOFO ESSE GOON, já amo horrores também. E essa vidinha de casada delas, que maravilha hein hehe Pelo menos, depois de tanta coisa, tem que se ter uma recompensa u.u E tudo terminou onde começou, preciso de mais lenços pra minhas lágrimas.

EU QUERO SEASON 3 SIMMMMM mentira, eu não te obrigaria a isso. Ou sim. Risos.

Então né, eu não peguei essa fic desde o começo, comeeeeeço, mas to aqui a um tempão e essa fic mesmo você demorando /puxão de orelha/ eu nunca conseguiria abandonar, não dá. Me prendeu aqui, sem mais. Eu vi essa fanfic crescer, eu vi ela migrar. Eu praticamente peguei ela no colo!! Acho que essa parte é um exagero. Ou não. Você até me fez ter raiva da Tiffany em certos momentos e ME FEZ shippar taengsic, você merece um troféu só por isso. u.u E. não sei mais o que dizer, eu só agradeço do fundo do meu coração por você ter escrito e não ter desistido dela, apesar de “tretas”. Sério, obrigada. Espero que um dia você volte, nem que seja com uma OS, eu leria com todo o prazer. ^^

XOXO
momoringgu
#3
Chapter 48: OKKKK EU ESTOU BACK, não sei se vai ser grande, qualquer coisa, reserva a pipoca e o lanche pro textão que o negócio tá igual a seus capítulos, duas partes q

Vou sair falando de cada ponto dos capítulos, ok? Ok.
Essa interação entre os irmãos do começo <3 Era tudo o que a taetae precisava no momento, e foi tãããããão lindo.

E essas duas morando juntas <3 <3 <3 isso é demais pra mim, ok? ok então. não vou dizer que eu dei uns gritinhos com isso também, viria ao caso? hmm. Mas eu não vou mentir que eu AMO esses moments delas. E eu amo essa amizade sootae também, é sério. É maravilhosa demais. Aliás, todas elas são.

Ahhh, Michelle tomou jeito. Gosto assim qq Querendo fazer a irmã casar, convivendo numa boa com elas, foi fofa essa cena. Daquelas que arrancam um sorriso da gente quando a gente lê ^^ Outra coisa que eu gostei bastante foi a forma que você descreveu o dia a dia delas. Tão leve e natural que parece que a gente consegue ver, acho até que já comentei isso kk se não comentei, to comentando ‘-‘
Fany-ah lendo 50 tons de cinza ( ͡° ͜ʖ ͡°) parêntese aqui pra uma coisa que eu sempre achei estranho nela realmente, como ela consegue gostar??????????
Enfim, adoro a saliência dessas duas, adoro adoro. Principalmente quando elas são pegas e a situação fica super constrangedora. É maravilhoso haha.

Você tocou também num ponto que é engraçado, mas que acontece bastante. De acontecer alguma coisa pra alguém dá o devido valor a outra pessoa, é incrível. Não só nesse caso, abordado aqui na fic, mas são tantos. As pessoas preferem colocar o capricho delas em primeiro lugar e não se importar em saber lidar com as situações. Só que pelo menos as coisas começam a se acertar, não é? Mesmo que seja na dor pra muita gente, enfim, estou filosofando demais já auhauhauh E foi bom ver também o quanto a relação delas se aprofundou com o tempo e você soube fazer isso muito bem, de verdade. ^^
momoringgu
#4
Chapter 44: OIEEEE, você foi maravilhosa em ter colocado tudo de uma vez pra eu ler AUHAUHAUHUHA eu to atrasada, me perdoa. EU VOU LER TUDO E VENHO COMENTARRRR, me espere. u.u q
Juhcty #5
Chapter 48: Comentando hoje porque só agora vi que tinha atualização... #sofre
Vou confessar: pelo nome da fic, eu vivia com medo de ter um final trágico. Só não surtava por isso porque eu gosto dessas coisas -q mas gosto de finais felizes também e esse foi tão perfeito!! Estou chorosa aqui! Foram o que? 4 anos escrevendo essa história? Eu leio ela há uns 3... É um bom tempo de convivência com algo. Essa fanfic marcou minha vida, isso não é brincadeira. Eu saía pulando pela casa quando aparecia notificação (momento vergonha).

A primeira vez que resolvi reler a história foi em um dos seus primeiros grande hiatus, e eu tive um choque muito grande! Vou explicar: lendo a fic pela primeira vez, para mim, a história e os personagens seguiam um ritmo normal. Mas ao reler, achei gritante a forma como a Taeyeon "amadureceu" e de certa forma, acabamos nos envolvendo tanto, que amadurecemos junto com ela. (Passei por isso uma boa quantidade de vezes, pois reli uma boa quantidade de vezes... Acho até que já tô indo fazer isso de novo.)

Outra coisa que sempre acontece: chorar quando termina TaengSic. Aquele capítulo SEMPRE acaba comigo. Mesmo querendo TaeNy, eu sou apaixonada com o TaengSic dessa fic. Pois é, aquele capítulo dói. Muito.
Assim entra a parte em que: essa fanfic me faz sentir muita coisa! Entro tanto na história que é lindo sentir aquele calorzinho no peito quando as coisas começam a se resolver pra TaeNy, de repente se pegar suspirando com alguma cena boba delas juntas e de repente se sentir uma otária por estar fazendo essas coisas, e ao mesmo tempo não estar ligando por isso.

Obrigada por proporcionar essas coisas com essa história. E agradeço mais ainda por terminá-la. Eu tava quase conformada de que não teria um final.
Final mais lindo, nostálgico e emocionante! Sério, eu amo muito essa fanfic.
Parabéns por ter conseguido terminar kkkkkk só não vou te seguir no Twitter porque eu não gosto muito então nunca entro no meu -q
Bye :3
_Yui-Chan
#6
Chapter 48: Que final lindo!!!
Acabou... quase 4 anos T_T
Mesmo você demorando pra atualizar sentirei saudades dessa fic, obrigado por não desistir!

Vou te seguir lá no twitter, o meu é yuu_luana


cap 42 Outlaws Of Love
"Aish, eu sou cardíaca Fany, última vez que você me falou para fechar os olhos você me apareceu vestida de princesa só para maiores e olha, que dia para se estar viva!” "
Moça faz um capitulo bônus de seqsu kkkk adoro seus oranges XD
quero muito ler isso,Tiffany de princesa +18 , nunca te pedi nada kkkk

bye 0/
SouUmMushroom
#7
Chapter 48: confesso que já tava quase pra vim atrás de ti de novo porque você falou que não ia demorar, mas gritei com a atualizão kshsjsksk
moça, eu simplesmente amei esse final, ficou fofo, lindo e maravilhosa!!!
to triste porque terminou, mas feliz porque você terminou kkk não abandonou a gente e obrigada por não ter abandonado esse povo sofredor que vira e mexe tava aqui enchendo teu saco (eu) kk pensando aqui em reler tudinho só pra não ficar logo com saudades... acho que é isso?! e mais uma vez obrigada por não abandonar a fic <3
até a próxima, moça ^^

~vou te perseguir você no twitter ~
Yuunosuke93 #8
Chapter 48: Moça, já pode fazer minha cova também. Morri com esse final lindju e maravilhoso <3 demorou sim u.u mas saiba que mesmo assim, tinhamu autora (apesar de querer de matar às vezes), essa fic vai ficar pra sempre no meu heart também :') até chorei porque acabou. Tô pensando seriamente em reler tudo de novo, só pra sentir aqueles feels supimps tudo de novo. Enfim, é isso. Não tenho muito o que falar, já que é o final. Só obrigado mesmo por terminar e me fazer feliz. Já posso morrer.
momoringgu
#9
Chapter 43: OKAY VOLTEI PARA COMENTAR DECENTEMENTE E MEU DEUS QUE CAPÍTULO FOI ESSE

Deixa eu respirar, foram muitas emoções aqui.

Certo, foi uma coisa fofa, surpresa, fofa de novo, drama e por fim mais fofura. Eu diria sim que foi um capítulo fofo ^^ Adorei a menina Jessica ter retornado a fic e com um Yulsic maroto, amo. Amei a cena do começo e concordo com a Tae, ficar nessa de ir de loja em loja é chato sim! u.u Tudo bem que sorvete compensa, massss.. eheh
A parte do presente e da Disney é uma coisa tãããããão Taeny, que subiram formigas no meu monitor por causa do açúcar, aiai (E tadinha da
Tae, quase morre de infarto, de felicidade, claro kk)
Por mais que o final do capítulo tenha sido bem feliz, o ponto forte dele foi a conversa da Tae com a família. É até clichê, mas infelizmente é uma coisa tão comum :/ Posso dizer que essa cena me tocou, até porque eu já ouvi coisas parecidas de mamãe, mas também por toda a carga emocional que você conseguiu passar. Parecia que eu estava na pele da Tae (não por nada pessoal, mas pelo jeito que você descreveu), deu pra sentir tudo, exatamente. Agora é esperar e ver se o tempo vai ser favorável, porque infelizmente as vezes nem o tempo amenizam as coisas, mas fighting ^^
E esse finalzinho, aaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, quero morder as duas. Vão se casar praticamente, vou chorar de emoção T.T
Só queria dizer que agradeço por você não ter desistido da fic, eu adoro, acho que você sabe hehe. E também pelo tempo, não que eu esteja dizendo que seja ruim, mas é que me sinto uma senior lendo hahahahahahha
Sério, obrigada por mais um capítulo. Tome seu tempo pra postar até o final, mas não demora muito senão vou morrê >.<
xoxo
momoringgu
#10
MEU DEUS UMA ATUALIZAÇÃO ok, eu to atrasada, mas ainda vou leeeeer. (vi agora por acaso, mas to mortinha aqui, depois comento decentemente, é a emoção do momento)