Desabrochando

Paraíso [PT-BR]

 

 

 

Ah, a pré adolescência. Meus inesquecíveis quinze anos. Hormônios à flor da pele.

Ultimamente venho reparando demais em Tiffany.

Apesar d’ela ser um ano mais nova, seu corpo é bem mais evoluído que o meu. Suas coxas são maiores, seu quadril mais largo, sua bunda... Grande. – hehehe –

Em toda nossa infância eu estava sempre olhando para seu rosto. Seu sorriso gentil. Seus olhos eram prisões sem escapatória para mim. Não podia fugir deles. Nunca olhei para seu corpo, senão para sua mão que estava sempre entrelaçada com a minha. Ou para nossos pés que sempre caminharam juntos. Mas agora parece impossível não dar pelo menos uma espiadinha, e ver como ela evoluiu, de como seu corpo já não é mais como o de antes. E, aparentemente, minha mente também não. Talvez eu já fizesse isso há algum tempo, mas não me desse conta. Quando olho para aquelas curvas, sinto que estou me perdendo nelas. Perdendo a noção de tempo, essa sensação calorosa quando a olho por muito tempo, que queima pela região do meu quadril.

Estávamos em seu quarto, já passava das duas da tarde quando eu fui até sua casa chamá-la para tomar sorvete. Ficamos conversando um pouco, deitadas em sua cama quando ela disse que trocaria de roupa para irmos. Só que ela não me esperou sair do quarto para fazer isso.

– Er... Tiffany? Vou te esperar lá fora. – Disse desviando o olhar e já me levantando, enquanto ela começava a tirar sua blusa. – Por que? – Perguntou se virando pra mim, segurando a barra da blusa um pouco acima da barriga, o que me deu quase total visão do seu abdomen. De repente minha boca começou a salivar. – Fica ai, vai ser rápido. – Me empurrou com uma só mão, me fazendo cair sentada na cama novamente. Apenas fiz o que ela pediu e desisti, fiquei a olhando sem pudor.

Seu torso, agora quase nu, mostrava sua pele leitosa. Alva como a neve, a textura deveria ser tão macia quanto. O negro de seus cabelos levemente cacheado nas pontas, contrastava em sua pele a fazendo parecer ainda mais reluzente, mais... Não sei. Não sei o que estou pensando. Tiffany é minha amiga, não sei o que são esses pensamentos. Acho que estou delirando.

Seus seios dotados de volume num sutiã rosa claro – tinha que ser essa cor – faziam minhas mãos coçarem, suarem. Como se eu precisasse tocá-la ou morreria. Felizmente – ou não – ela logo colocou um moletom cinza com a estampa do Totoro. Mas aí ela começou a tirar seu sua calça jeans. Sua grossa coxa branqueada ficou exposta e eu senti minha boca salivar novamente. Meus olhos analisavam desde sua bunda, coxa, até sua panturrilha. Senti mais uma coisa “destravar” dentro de mim. Como naquele dia na praia, há um ano atrás, mas um pouco diferente dessa vez. Foi algo natural, que parecia evoluir gradativamente.

Um calor diferente.

Uma vontade.

...Desejo?

Logo ela vestiu um short branco que ia até metade de suas coxas e se virou para mim com seu belo sorriso.

– Vamos?

Meu subconsciente, que havia travado até este momento, voltou a funcionar e eu me recompus.

– V-vamos.

 

 

Sinto-me diferente. Tiffany tem feito umas brincadeiras estranhas essas semanas. Ou talvez seja eu que esteja estranha.

Coisas como deitar em cima de mim e me encher de beijos no rosto. Nós fazíamos isso o tempo inteiro quando éramos crianças, mas agora é diferente. Eu me sinto diferente. Eu quero tocá-la, sinto que preciso. Preciso senti-la. Mas e se ela fugir?

Fugir.

Amigas fazem esse tipo de coisa? Não quero assustá-la.

 

Ontem estávamos no meu quarto, deitadas na cama abraçadas. Conversávamos sobre a escola e hora ou outra ela me dava beijos no rosto, no maxilar. Tudo estava perfeito. Até que ela me beijou o pescoço e eu soltei um suspiro. Minha mão que estava em sua cintura, assegurou o aperto ali. Seus lábios continuavam em meu pescoço, porém imóveis. Ela parecia ter se paralisado assim que apertei sua cintura em minhas mãos. Como se tivesse pisado em uma área proibida e não soubesse como reagir.

Ficamos em silencio por algum tempo. Até que a virei no colchão e subi em sua cintura, prendendo seus pulsos dos lados de sua cabeça.

– Hora do troco. – Uma expressão surpresa se moldou em seu belo rosto.

 – C-como assim, TaeTae? – Soltou um riso nervoso, tentando sair de meu aperto, mas eu apenas encaixei mais ainda seus pulsos em minhas mãos.

Não respondi, apenas comecei a beijar seu rosto. Era a primeira vez em anos que fazia algo assim. Desde que comecei a sentir aquelas coisas por Tiffany, não tive mais coragem de tocá-la como quando éramos crianças. Talvez eu já não seja mais tão pura ou inocente, diferente dela.  

Não tinha ideia do que estava fazendo, apenas agi por impulso, por instinto. O momento pareceu tão propicio para que eu fizesse aquilo, e eu tinha essa vontade dentro de mim há tanto tempo. Então apenas fiz.

Achei que segurar sua mão, sentir sua textura, fosse como tocar o céu. Estava enganada.

Meus lábios amaram a sensação da pele morna de Tiffany sendo pressionada contra eles. Era como deitar numa nuvem. Não que eu já tenha feito isso, mas vocês entenderam o que quis dizer. Tiffany fechou os olhos e eu fiz o mesmo. Talvez para aproveitar melhor. E realmente isso tornou tudo melhor. Meus beijos foram se tornando lentos, caminhando até o leste de seu rosto e descendo para sua mandíbula. Meu coração batia tão rápido que poderia jurar que ele sairia pela minha boca a qualquer instante.

Deixei um último beijo na epiderme de seu maxilar, chegando ao seu pescoço. Afundei metade do meu rosto ali, beijando aquela pele com ardor. Soltei todo o ar do meu pulmão contra sua pele, estava tão tensa. Tensa. A palavra era quase essa.

Ela se arrepiou e então me empurrou de cima de si. Seu rosto estava parcialmente vermelho e ela ofegava.

– E-eu tenho que ir. Até depois, Tae.

 

 

Me joguei de costas na cama assim que ouvi a porta bater. Meus olhos grudados no teto branco do meu quarto enquanto minha mente girava sem parar. Coloquei a mão no peito em cima do coração, que ainda batia rapidamente. Meus lábios formigavam. Minhas mãos inquietas e uma sensação de reviravolta no meu estômago.

– O que é isso?

 

 

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Comments

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nanakyuubi #1
Chapter 8: quero te xingar e te abraçar como faz
desgraçada
tá perfeito essa merda
nem parece que era virgem nos orange
nanakyuubi #2
Chapter 5: Tomara q ele seja orange pfvr nunk te pedi nada ta linda essa fic to iludida
Mas falando sério, estou amando sua narrativa ♡ completamente envolvente; que linda habilidade você tem.
Espero mais fics :v
Kennya #3
Estou encontrando algumas escritoras brasileiras por aqui. E amo isso, kkk cansei d ler em inglês /espanhol.