SooYoung parou em frente aos portões da mansão de Jung. Do lugar onde ela estava, era possível ver a guerra acontecendo. Os corpos caíam ao chão, sendo pisoteados logo em seguida. Sangue banhava os jardins da mansão. A grama, antes verde, agora estava vermelha. Os homens de Jung mantinham-se em pé, atirando nos inimigos. SooYoung respirou fundo, controlando o ódio crescente. Ela alcançou o rádio, pressionando o botão para falar.

– Bombas. - Disse apenas.

– Sim, senhora. – NichKhun respondeu.

Logo após, SooYoung viu as bombas passarem por cima de sua cabeça e caírem dentro do domínios da mansão, explodindo em seguida. Ela notou uma fumaça branca subir, limitando a visão daqueles que estavam por perto. SooYoung respirou fundo, levantando sua arma. Ela fez um gesto para seu exército lhe seguir. Como o portão já havia sido quebrado anteriormente, ela só precisava avançar e já estaria dentro dos jardins. O exército entrou. Sempre mantendo a retaguarda alta, matavam um por um. "Sempre juntos.". Era o lema do exército de SooYoung. Eles avançavam com uma formação de quadrado. Por fora do quadrado ficavam os soldados mais fortes, portando armas de longo alcance. Enquanto por dentro ficavam os de menor porte físico, e armas de curto alcance. SooYoung estava no centro.

O primeiro exército avançava, deixando o segundo para trás. O plano consistia em o segundo exército ficar matando de longe, enquanto o primeiro fazia seu caminho até a mansão. NichKhun equipara seus homens com snipes e granadas, facilitando o trabalho dos mesmos. O que ele não esperava, era que alguém já desconfiava de seu plano. Um a um, seus homens foram caindo ao chão. NichKhun olhou para os lados, atordoado. Ele sentiu alguém cutucar seu braço. Girou nos calcanhares, encontrando uma garota sorrindo.

– Surpresa! - Ela disse. O homem arregalou os olhos.

– Quem é você?! - Ele perguntou, levantando a arma.

– Se eu fosse você eu abaixaria essa arma. - Avisou, mantendo um sorriso no rosto.

– Eu quero saber quem é você! - NichKhun gritou. A garota sacudiu a cabeça.

– Abaixe a arma. - Ordenou, seu sorriso desaparecendo aos poucos.

– Não! - Gritou, preparando-se para atirar na garota.

– Péssima escolha. - Ela disse. Num movimento rápido, a garota puxou uma pistola que estava presa à sua calça. Não hesitou em disparar três vezes contra o homem.

NichKhun caiu ao chão. Ele tossia, engasgando no próprio sangue. Três buracos de bala se faziam presente em seu peito, dos quais mais sangue escorria. A garota ficou parada, olhando o homem agonizar. Ele se debatia, tentando alcançar a arma que a outra chutara para longe. Por fim, ele parou de se mexer, seus olhos fechando. A garota sorriu."Menos um."

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– Choi SooYoung é minha. - Jessica disse. - Então, você vai ajudar SeoHyun, ok?

– Ok. - TaeYeon assentiu.

As duas estavam debruçadas na janela de um dos quartos, observando a guerra que acontecia nos jardins da mansão. Jessica descansava o queixo na palma da mão, seu olhar focado na comandante do exército. Como de costume, ela procurava pelos seus pontos fracos antes de enfrentá-la. Até agora, Jessica não encontrara nada que pudesse usar em sua vantagem. A garota possuía braços e pernas longos, ou seja, melhor alcance. Sua arma era pequena, porém potente. Jessica poderia desarmá-la, entretanto, ela não tinha certeza se poderia lutar corpo-a-corpo sem sair sériamente machucada. Jessica bocejou, começando a ficar entediada. SooYoung parecia não ter pontos fracos.

– Sica, você já percebeu como ela é alta? - TaeYeon perguntou, tentando ajudar. A outra assentiu. - Talvez você possa usar isso a seu favor?

– Braços e pernas longos, eu posso facilmente levar um soco. - Sacudiu a cabeça. TaeYeon suspirou.

– Ela gosta de lutar sozinha. - Disse, observando a garota se afastar de sua posição inicial. Jessica sorriu, levantando-se imediatemente.

– Ela tem o mesmo ponto fraco de Kwon! - Exclamou. A outra arqueou uma sobrancelha.

– E qual é o ponto fraco de Kwon...?

– Dispersão! Ela se afasta do exército! - Jessica respondeu.

– E como você vai usar isso ao seu favor? - TaeYeon perguntou. - Jessica, ela pode se afastar, porém os homens mantém os olhos nela.

– E é exatamente por isso que você irá me ajudar. - Disse, sorrindo. A outra sacudiu a cabeça.

– Não, não!

– TaeYeon, por favor? - Pediu.

– Jessica, você acabou de me pedir para ajudar SeoHyun! - Protestou, cruzando os braços. - Agora você quer que eu te ajude?! Eu sou só uma!

– SeoHyun não precisa de ajuda. - Ela disse. TaeYeon franziu o cenho, incrédula.

– Eu não te entendo...

– E eu disse que é para entender? - Sorriu. - Apenas me obedeça.

– Se é assim que você deseja, madame. - TaeYeon suspirou. - O que eu preciso fazer?

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Vários carros pararam diante da mansão Kwon, homens armados desciam. Aos poucos, um exército ia se formando. Por último, uma picape parou em frente ao exército. Três homens desceram. O primeiro, tinha seus olhos cobertos por um óculos. O segundo, possuía o cabelo arrepiado. Já o terceiro, deixava seu cabelo cair sobre os olhos. Todos eram igualmente musculosos e altos. Um outro homem, que estava junto do exército, se aproximou. Ele possuía uma feição irritada, seus braços cruzados.

– Hyung! - Exclamou, parando diante dos outros três. Seu olhar fixo no mais velho. - Por que vocês demoraram tanto?!

– Uma coisa aconteceu... - Ele respondeu, evasivo. O outro bufou, visivelmente irritado.

– Vocês vão ficar brigando? - O segundo interveio. Os outros dois sacudiram a cabeça. - Ótimo! Então vamos atacar!

Com isso, os quatro encaminharam-se até seus devidos exércitos, formando quatro exércitos diferentes. Dois atacariam pelos lados, deixando os inimigos atordoados. Quando a guerra começasse, os outros dois atacariam por trás, encurralando o exército defensor. Desde que essa estratégia fora criada, ela nunca havia falhado. E não seria hoje que ela iria falhar.

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– Choi SooYoung. - Uma voz disse. SooYoung girou nos calcanhares, procurando a fonte da voz. - Vejo que você pensou que poderia nos vencer?

A garota engoliu em seco. Seu olhar viajou pelos jardins. A maioria de seus homens estavam mortos, enquanto outros tentavam fugir. Ela respirou fundo. Desde quando Jung e Kim decidiram entrar na luta, as coisas ficaram ruins para SooYoung. Ela nunca vira uma pessoa ser tão ágil e habilidosa com armas. SooYoung não podia negar, ela estava hesitante. Durante toda a luta, SooYoung sentia alguém lhe observar. Ela pensara que era apenas imaginação. Porém, agora ela tinha certeza de que alguém realmente estava a lhe observar.

– Diga-me, Choi. - A voz voltou a se fazer presente. - Valeu a pena?

– Sim! - SooYoung gritou. Seus olhos examinavam todos os lugares. Ela continuava a procurar a dona da voz.

– Valeu a pena?! - Riu, com escárnio. - Esse seu ataque custou a vida de Im Yoona.

"Yoona?!" Ela arregalou os olhos, chocada.

– Mas não precisa ficar com raiva ou chocada. - Alguém sussurrou em seu ouvido. - Você é a próxima.

SooYoung sentiu algo perfurar suas costas. Ela tentou se virar, porém um braço enlaçou seu pescoço, sufocando-a. A garota tentou se afastar, sentindo uma dor fina se fazer presente em suas costas. Ela gritou. Sua visão começou a escurecer, entretanto ela não desistiu. SooYoung começou a se debater, tentando se livrar do braço que a sufocava. Péssima escolha. O aperto foi ficando mais forte, até a garota não aguentar mais. Por fim, SooYoung parou de se mexer. Sua cabeça pendia para frente. A outra sorriu, soltando o corpo.

– Acho que agora Kwon ficará enraivecida. - A garota sorriu de canto, abaixando-se. Ela limpou a faca na camisa de SooYoung, deixando uma mancha vermelha na mesma.