O Jogo

Vampire Of Me

 

– Taeyeon volta aqui ! - Fiquei realmente chocada com a cara de pau e audácia dela me dando as costas e saindo dali sem a menor satisfação. Ok Sunny, você está cumprindo muito bem o papel de uma Lee!

Pude me olhar no espelho já que Taeyeon tinha saído da minha frente. Como eu estava? Com uma cara de idiota, toda suada com a respiração ofegante e de boca aberta, devia estar esperando entrar uma mosca mesmo. Dei um passo em direção a porta, mas senti um incômodo entre as pernas e me lembrei que estava toda melada. MERDA, VAGABUNDA! 
Ok onde foi parar toda aquela história de Força, Solidez, Frieza, Impessoalidade, Sedução dos "vampiros"? Eu já não me considerava uma, mas Taeyeon conseguiu me fazer acreditar que eu fazia parte do grupo das Gelatinas Aquáticas. É estou viajando, melhor me lavar e sair dessa merda.

Passei pelo meio da pista ainda meio zonza, não senti se algum cara me puxou, só liguei o piloto automático me focando nos meus pensamentos, subi as escadas do camarote e dei de cara com Jessica.
– Aonde você foi Sunny? Se alimentar de uma manada de elefantes? 
– Mais fácil eu ter sido atacada por uma - Percorri os olhos pelo espaço do camarote e os parei quando encontrei Taeyeon sentada no colo de Tiffany, os dois pareciam rir, mas não sei porque na mesma hora ela me encarou e ainda teve a coragem de me provocar piscando pra mim e mandando um beijo. Ela me paga.
– Sica, você se considera um bom Jung? - Desviei minha atenção de Taeyeon para ele.
– Como assim Sunny? – Ela realmente parecia confusa com a minha pergunta, mais eu precisava saber a resposta dela.
– Não sei, você acha que conseguiria nos representar a “nossa” família? – Agora com certeza ela riria, eu já estava acostumada e como previ ela começou a gargalhar
– HAHAHAH porque tá me perguntando isso? Foi você que sempre me esculachou me dizendo que eu não servia pra nada – Isso é verdade, estava bem confuso isso, mais eu preciso fazer essa pergunta
– Mas a questão é que eu não sei... O que é que... Como tem que ser pra servir... Eu to confusa..
– Sunny você tá bem? Cadê toda sua autoridade? Sua prepotência, seu ego? Você perdeu sua arrogância, anda muito passiva, esperando as coisas acontecerem – Jessica estava dizendo a verdade cade essa Sunny? 
– Acho que estou meio perdida e zonza – Coloquei uma das mãos no rosto e a outra procurei algo para me apoiar
– Você tá parecendo mesmo, branca, Está ficando mais ainda... Sunny? SUNNY!

Acordei num quarto vermelho muito louco, o teto era giratório e as paredes também, minha garganta fechou de repente pareceu que eu estava entalada, alguém me esbofeteou.

– ACORDA CARALHO! – Parecia Hyoyeon nervosa, mais a voz estava tão longe que mau podia identificar 
– Kim Hyoyeon, assim ela se engasga mais ainda! – Agora eu tinha certeza de que a delicadeza vinha de Hyoyeon 

Quando forcei os olhos as paredes e teto pararam de girar, Hyoyeon estava sentada ao meu lado na beira da cama e Jessica do outro, eu estava tossindo e cheia de sangue na boca e na roupa, por instinto procurei de onde ele estava vindo, senti um cheiro do meu lado direito, Jessica estava segurando o pulso cheio de sangue.

– O que aconteceu dessa vez? - Perguntei levando a mão na testa e revirando os olhos.
– Eu acho que você ficou muito tempo sem se alimentar, mas Jessica disse que você sumiu, então não sei, aí ela te deu um pouco 
– Modéstia sua dizer pouco minha cara – Revirou os olhos ainda segurando o próprio pulso com a mão
– Oh – Foi a única coisa que conseguir pronunciar naquele momento
– O que você estava fazendo então Sunny? – Ok, Jessica estava sem paciência eu teria que responde-la mesmo não gostando, mais responder o que? Foi então que lembrei dos flashes, o pé de Taeyeon me tocando enquanto ela me provocava, fiquei com falta de ar mas logo em seguida respirei fundo me controlando.

– Eu fui dar uma volta... já estou bem grandinha pra dar satisfações vocês não acham? - falei quase gritando
– PRONTO! Relaxa Hyoyeon, a velha Sunny voltou – Revirou os olhos se levantando da cama com aquele ar frio que só a própria Jessica Jung possuía

Despachei os meninos e do subsolo fui direto pra casa, não queria ver a ordinária e gostosa da Taeyeon, ela estava me transformando numa pessoa que eu não era, eu estava praticamente desarmada, indefesa, eu virei uma fraca. Parecia até que ela era a predadora e eu a caça, me senti como aqueles convidados do domingo. Merda, isso tinha que mudar. 
Liguei o som e coloquei na minha música... Breath - The Prodigy, ela me inspirava em todas minhas atitudes, ruins é claro, pra variar. A música se repetia várias vezes enquanto eu ia me concentrando em quem eu era de verdade, Lee Soonkyu; vulgo Lee Sunny.

Come play my game
Inhale, inhale, you're the victim


A música se repetiu a noite inteira e acordei com essa parte na cabeça, não sei o que isso quis dizer, mas com certeza a tal "vítima" tinha que ser Taeyeon e não EU!

Meu arrumei e dirigi até o sítio dos meus tios, era lá que eu ia encontrar uma solução!

– Sunny Hoje é Quarta-feira! – Meu tio Kil Kang abriu a porta pra mim meio assustado
– É mesmo? - Fingi uma cara de espanto e passei pra ele o ignorando – Onde estão todos? – Perguntei ainda de costas pra ele.
– Brincando com os convidados, mas suponho que você não veio aqui pra isso, nunca foi a favor dos jogos – Ele calmamente fechou a porta e se encaminhou para o meu lado
– Supôs errado – Dei um sorriso para mim mesma e andei até o salão

Logo que entrei vi minha tia com seus filhos Héctor e Lana dividindo o pescoço de uma só mulher, a mesma me lançou um olhar como um pedido de socorro desviou o olhar dela, eu tinha que voltar a ser focada, vim aqui pra isso

– Sunny ? – Titia me olhou espantada largando a mulher 
– Vocês deveriam disfarçar o espanto, isso me pouparia tempo e explicações.- disse já entrando na sala onde eles mutilavam a sua convidada
– Já estamos satisfeitos, acabamos por hoje querida.
– Fale por você mamãe, pra mim ia ser um prazer continuar com Sunny, minha priminha nunca vem aqui -eu o ignorei e ajeitei melhor os meus cabelo que agora teimavão em cair sobre meus olhos
– Fiquem a vontade - deu um sorriso cínico e foi embora da sala
– Então, vamos começar, estou devendo uma revanche pro Heczinho – Lana agora parecia feliz com a proposta do jogo, mais eu estava ali para isso não é mesmo?

O jogo?
Existiam cartas com habilidades das quais tínhamos que usar nos convidados, ganhava o jogo quem conseguisse praticá-las com êxito, elas eram: Persuasão, Força, Audição ,Olfato e Sedução. As outras cartas eram enumeradas com os números correspondentes aos convidados, cada habilidade tinha um tempo máximo para ser completada.
Porque eu era contra? Pra mim parecia cruel deixar todas aquelas pessoas lá presas, vendo o que estávamos fazendo com as outras sabendo que ia chegar a hora delas, eram como pinos de joguinhos de tabuleiro.

Por ordem alfabética eu era a primeira... Lana tirou uma carta pra mim, Olfato.
As luzes se apagaram e Hector me vendou, escolheram um homem dos que estavam amarrados nas cadeiras e deram um corte leve em seu pulso, para que eu não escutasse os gritos desesperados dele nem os passos atrapalhados, havia uma espécie de tampão de ouvido. 

Foi difícil achar a concentração do sangue, a muito tempo eu não tentava isso, nunca precisava. O aroma se espalhou pela sala inteira e muitas vezes eu andava até Lana sem querer, o cheiro dela de mulher parecia mais doce e isso sempre me confundia.
Minha sorte foi que o sangue pingava no chão e eu senti o rastro, o agarrei.
Um dos outros problemas desse jogo para mim é que quando se capturava a vítima, deveria arcar com ela sozinha, ou seja, não deveria sobrar sangue e não seria dividido, eu ia passar mal.

Como os jogos demoravam quase 4 dias, pedi pra repetir, eu estava com pressa, a carta era Sedução mas veio uma carta dupla seriam duas vítimas, um homem e uma mulher.

Pra mim esse era um dos que deveriam ter mais habilidade, a regra era você levar o convidado ao o enquanto o mordia. Quase impossível, no meio do desespero e da morte, quem iria relaxar?

Resolvi começar pelo homem que parecia menos desesperado, andei até ele o encarando pensando no que faria, passei a mão delicadamente pelo ombro dele dando uma volta na cadeira, senti que o corpo dele estremeceu, mas provavelmente de medo.
Agachei atrás dele na cadeira jogando minhas mãos para seu peitoral, acariciei por ali tentando deixá-lo mais calmo, ele respirou fundo.

– Fica calmo, meu nome é Sunny e o seu? - sussurrei atrás de sua orelha.
– Con..Conrrado - Foi o que ele respondeu
– Fica calmo então Conrado.. a gente vai brincar só um pouquinho, mas você não vai sentir dor que nem os outros.. ok? -falei baixo em seu ouvido enquanto meus primos me encaravam tentando escutar o que eu dizia.
– me tira daqui por fa.. - me levantei dando a volta rapidamente na cadeira, e sentei em seu colo deixando uma perna de cada lado do seu corpo.
– Relaxa e só sente Conrado.. - eu tinha que fazer de tudo para aquele homem se acalmar, estava um pouco escuro mas dava pra ver que ele era bonito, devia ter uns 40 anos, o cabelo numa mistura de grisalho e castanho, até que era um gringo y, minha tia escolhia muito bem.

Eu comecei a me mexer pra frente e pra trás devagar no colo dele enquanto o observava esperando alguma reação. Eu levantava muito pouco o quadril e sentava de novo fazendo uma pressão no volume que eu já estava sentindo ali embaixo. Passei a língua pelo queixo de Conrado e ia contornando o canto da sua boca, ele a abriu.. já estava confiando em mim então eu arrisquei. Soltei um dos braços dele e levei sua mão até meu seio, quando ele o tocou eu rebolei sobre o volume com força e ele gemeu.

– ai ai... - escutei meu primo falando baixinho, ele foi um dos que sempre quis me ter e aquilo apenas me estimularam.
Eu uniformizei o ritmo do meu quadril, e escutava os gemidos mais constantes..
– Deixa a sua loirinha louca deixa... - eu fingi gemer em seu ouvido enquanto continuava a rebolar, desci a boca até seu pescoço onde passei a língua deixando a parte onde estava a maior veia bem molhada, eu comecei a dar chupões com força ali no intuito da área ficar um pouco dormente, a respiração dele já estava bem ofegante e ele já parecia não sentir muita coisa... Estava na hora. Eu tentei mordê-lo rapidamente e sugar o sangue sem muita força, deixando escorrer naturalmente para ele não sentir muito.

Conrado ficou meio rígido e se assustou, mas eu acariciei sua nuca e comecei a rebolar com mais força fazendo exatamente o contorno daquele volume. Por um momento ele esqueceu que eu estava ali o mordendo mas foi o suficiente pra fazê-lo gozar. Ele deu uma forte respiração fechando os olhos tentando levantar o quadril e pronto.. eu tinha conseguido.. enquanto isso acontecia eu aumentei a velocidade da sucção e ele rapidamente desmaiou. Agora era só esperar escorrer as últimas gotas.

Me aproximei sorrindo e levantei seu rosto, os olhos já estavam inchados e ela estava branca de medo, eu me senti no controle da situação quando comecei a rir da moça.

– Tá com medo?
– Na- não me mata, por favor - disse se embolando nas lágrimas

Mas que bando de gente gaga!
Já esteve com alguma mulher antes? - ainda segurava seu rosto para que ela não desviasse o olhar do meu.
– Não...por favor não..
– tem nojo? - eu a interrompi
– Não gosto de mulheres.
– VOCÊ TEM NOJO? - eu repeti dando mais ênfase na frase, só esperava um sim ou não, mas ela parecia entender o que em breve eu teria que fazer com ela, acho que ela queria me fazer desistir, que inocente.
– Sim..
– É.. eu também tinha.. - e ri, da minha própria desgraça até, era como se eu estivesse me vingando de Anahí ter feito quase uma lavagem cerebral em mim.

Peguei uma venda com Hector.
– O que os olhos não veem.. -disse enquanto amarrava a venda nos olhos da menina- você sente com prazer - é, parece que o ditado mudou.

Lana me olhava em choque, ela nunca tinha visto esse lado meu, e a um bom tempo eu também não via. Quando eu tinha 14, algum idiota resolveu trazer uma criança de 5 anos junto à mãe, pra mim aquilo foi o mais traumatizante, a mulher foi a escolhida pra mim pela carta Força, e eu tinha que matá-la pela própria força, mas quando escutei a criança gritar quando me aproximei da mãe: MAMÃE , CUIDADO COM O MONSTRO! - eu não consegui mais.
Até meus 16 anos eu continuei participando desses jogos porque era obrigada pelo meu pai, todos meus primos se orgulhavam de vencerem uns aos outros, quando o velho morreu, só compareci aos domingos por questão de sobrevivência.

Me agachei diante da mulher e dessa vez não pude deixar de lembrar de Cate, ela usava um short jeans com uma blusa social branca, ela parecia ter um estilo diferente, mas isso não é coisa pra se pensar agora..
– Posso desamarrá-la? - me virei ainda agachada perguntando pra Hector.
– As regras não dizem nada sobre isso.. então ela é toda sua Sunny, apenas tome cuidado. - eu assenti.

Comecei a desamarrar seus pés que já começavam a se mexer bem nervosos.
– Seja boazinha... vai ser melhor pra você. - escutei um choramingo.

Meio que engatinhei até chegar nas suas mãos que estavam presas atrás da cadeira, e eu as soltei mas ainda a segurava pelo pulso.
– Se eu fosse você não levantaria da cadeira.. - disse no seu ouvido soltando as mãos dela uma por uma. Obviamente por um retardado impulso de sobrevivência humana ela correu pelo salão desastradamente, eu balancei a cabeça rindo.

Quando ela estava quase chegando à porta do salão é que me lembrei que estava destrancada. Corri com toda a habilidade de que fui treinada, num impulso a peguei pelo braço e arremessei na parede, escutei o barulho do corpo dela batendo, ela me olhou com desespero mas continuou na parede com medo do que eu faria.

– Burra, eu te avisei. - disse me aproximando dela, quando encostei meu corpo deixando minha perna entre as dela ela virou o rosto, e acabou deixando o pescoço a mostra balancei a cabeça novamente e sussurrei em seu ouvido: Achou mesmo que eu fosse te beijar? 
Ela balançou a cabeça fazendo que não, eu ri. Passei a língua pelo pescoço dela sem pressa nenhuma e cheguei até a orelha, senti ela se arrepiar mas não soube identificar o motivo.

– Você está... me machucando - Ela disse quando eu puxei seu cabelo com força para ter total controle do seu pescoço, aquelas palavras entraram em mim quase como um tiro, lembrei de Taeyeon, não sei se fiquei com ódio ou compaixão daquela menina. Eu a larguei e caí sentada no chão, me arrastando até a parede onde me recostei e comecei a chorar. Eu não estava entendendo absolutamente NADA, se eu LEMBRASSE de Taeyeon eu não conseguia ser quem eu era, imagina com ela por perto.

Hector correu até mim e Lana deu um jeito na menina..
– Você tava indo tão bem...o que houve Sunny?
– Eu.. to ficando doida - disse entre os soluços do choro
– Você foi muito bem pra uma pessoa que recomeçou hoje.
– Me ajuda Hector... me ajuda a ser como eu era a anos atrás? - que merda, eu estava simplesmente pedindo ajuda a um primo.. que eu nao falava a anos, é assim eu vou longe mesmo.
– É como andar de bicicleta Sunn está tudo aí dentro de você, só precisa de algo pra despertar, e na hora que esse algo chegar, não quero nem ver - disse dando um riso.

É, eu vou buscar o que é meu de volta, vou ME buscar!
Liguei para Sica na mesma hora pedindo que ele descobrisse o endereço de Taeyeon, e foi pra lá que eu fui.

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Comments

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concart
#1
english please *puppy eyes*
byunbunny
#2
Chapter 10: *-* oi unnie~ tô adorando~ *--*
Tiffany super ciumenta.
Sunny safadenha~
kisses~