Dirigia-me para o aeroporto, estava a alguns quilômetros de distancia, prestes a embarcar no meu voo que sairia a meia hora. Estava indo a muito contragosto, na verdade eu enrolei ao máximo para sair de casa, até eles perderem a paciência comigo e jogarem minhas malas no carro sem ao menos darem uma chance de enrolar mais um pouquinho. Agora eu estava aqui, dentro da van, com a minha cabeça contra a janela, balançando toda vez que o carro virava uma curva diferente. Sem me importar eu deixava que minha testa batesse contra o vidro, não ligando se machucaria ou não. Na verdade toda minha atenção estava no celular, que eu não deixava sequer apagar a tela, olhava fixamente a linha de mensagens esperando alguma resposta. Passei o resto do dia mandando mensagens sem retorno para Tiffany e fazendo ligações não atendidas. Em meu coração tinha certo desespero pela sua ausência. Em minha mente tinha vários pensamentos de porque ela tinha me deixado sem falar nada. Pensei que talvez Nichkhun tivesse a ameaçado. Que ela tinha se arrependido de tudo. Que talvez só de tarde ela ficasse definitivamente sóbria para suas ações. Apesar de pensar nisso nada era realmente uma ideia plausível para explicar seu sumiço.

“Tiffany, porque você faz isso comigo?” Murmurei para mim mesma.

Em media de dez minutos já tínhamos chegado ao aeroporto. A van estacionara e logo já se podia ver a acumulação de fãs pelas proximidades. Todos com placas, faixas, cartazes e alguns hips. Ao ver o carro todos colocaram um sorriso no rosto, afinal estavam esperançosos para me encontrarem. Eu não estava no meu melhor humor, muito menos com a minha melhor paciência, mas eram fãs, e eles não tinham nada haver com minha vida pessoal. Eles estavam todos ali para me apoiar, e eu não deveria trata-los mal por causa de uma coisa que eles não têm nada haver.

Suspirei fundo, ajeitei o óculo de sol no meu rosto e abri a porta da van. Logo as pessoas perto da porta se viraram em minha direção, levantando suas câmeras e chamando por meu nome. Ainda estava na rua, fora do aeroporto então fingi estar em meu próprio mundo. Continuei encarando o celular por um tempo e depois levei minha atenção para um dos homens da empresa que estavam na van, falei sobre as malas e um deles disse prontamente que as levaria. Com tudo definitivamente pronto, me entregaram o meu passaporte e me conduziam para dentro do aeroporto. Ao abrir das portas automáticas os fãs se aproximavam e os flashes começaram a disparar freneticamente. Dei alguns sorrisos para câmera que eu achava no meio do meu caminho e acenei para outras pessoas que eu conseguia ver me chamando.

Estava sem seguranças, livremente desprotegida e assim qualquer um podia se aproximar. Sem que eu percebesse uma garota chegou ao meu lado e entregou-me uma blusa preta com estampas de um grupo de rock que eu não identifiquei corretamente em meio ao movimento, mas prontamente sorri para ela e curvei levemente a cabeça em agradecimento. Adoro grupos de rock, por um tempo aquilo elevou meu humor, realmente me fez sorrir de verdade, mas por pouco tempo. Quando eu olhei para frente, além das maquinas de detector de metal, eu pude ver o manager falando no celular. Rapidamente a atmosfera feliz que estava ao redor de mim se fechou em um clima sombrio e escuro. Minha maior vontade era pular em cima dele e estrangula-lo, porém levei esses pensamentos para longe e me concentrei em manter minha imagem e agir normalmente na frente de todos.

Fiz todo o processo de passar pela maquina e logo quando passei encarei o Nichkhun com o maior desprezo que pude. Meu ódio só aumentou quando o vi se aproximando com uma expressão preocupada.

“Taeyeon, você tem alguma noticia da Tiffany? Sabe onde ela está? Ela é próxima a você. Ela tem que ter dito algo. Por favor, diga que sim.”

“Eu não sei. Você é o futuro marido, você deveria saber se fosse alguém bom pra ela. Se ao menos se importasse.” Revirei os olhos, não aguentando mais olhar para aquela criatura repulsiva.

Pensei que o manager continuaria falando ou pelo menos responderia a minha provocação com berros e que em breve teríamos uma briga, mas ao contrário do que eu pensava, ele não tinha mais sua atenção para mim, ele tinha um olhar fixo para um ponto sobre meus ombros. Vi que seus olhos chegaram a brilhar quase como se estivesse lacrimejando só por olhar para um ponto no qual ainda não descobri.

Girei a cabeça olhando para trás e de primeira vi que o mesmo homem que carregava minhas malas agora carregava outra bagagem com uma cor predominantemente rosa Pink. Meus olhos automaticamente foram seguindo entre a multidão que me observava de longe, até parar na garota que vinha em nossa direção. A única que há essa hora poderia mudar meu humor permanentemente e drasticamente, e ainda por cima deixar meu coração mais leve.

Ela vinha até nós repondo seus adereços e ajeitando sua bolsa após passar no detector de metais. Antes que eu percebesse Nichkhun se afastara de mim e corria freneticamente de braços abertos na direção de Tiffany.

Ao contrário do que todos os staffs esperavam, Tiffany simplesmente desviou e usou uma das mãos para afastar levemente Nichkhun de sua frente. Ao redor de mim todos da empresa estavam chocados e grunhiam com um pequeno som de “Ohh~” para a cena que viam, afinal ela era sua noiva e acho que depois de sair de casa devido a supostas circunstancias que eles acham que aconteceu, ela deveria trata-lo com maior amor e carinho. Eu que sabia de toda situação me contorcia de rir por dentro. O rosto dele era impagável nessa hora. Ele tinha a boca aberta em descrença e seus olhos estavam arregalados com tamanha frieza. Tiffany devolveu o olhar de forma indiferente. Até na distancia da onde eu estava se podia sentir toda raiva e indiferença vindo dela. Os dois trocaram olhares por um tempo, de um lado podia se ver faíscas de ódio enquanto do outro se sentia toda a fragilidade e a vergonha de ser rejeitado em público. Antes de seguir o seu caminho, vi Tiffany se inclinar, aproximando a boca perto do ouvido do manager para sussurrar alguma coisa. De longe tentei fazer leitura labial do que ela dizia, acho que inglês, pois os movimentos dos seus lábios me fizeram entender que ela dizia algo como “Don’t touch me.”

Ela seguiu marchando, de forma confiante como um general em minha direção. Enquanto atrás dela acabará de ficar um homem perplexo com essa atitude.

À medida que Tiffany se aproximava sua feição mudava para algo mais brando e amável. Seus lábios subiam quase formando um leve sorriso. Ela também parou do meu lado, mas não olhou para mim. Propositalmente ela roçou a costa da sua mão contra a minha como forma de chamar minha atenção. Olhei de soslaio para ela, esperando que ela fizesse algo.

“Eu te explico tudo depois. Não podemos fazer isso aqui.” Ela disse de cabeça baixa. Nosso primeiro contato durou alguns segundos até que ela voltou a caminhar para o ponto de embarque.

Tiffany sabia como me enlouquecer. Ela desaparece misteriosamente e reaparece no aeroporto como se nada tivesse acontecido. Por mais que eu estivesse como uma louca sobre isso, ela estava sendo certa e racional. Eu simplesmente não podia dar um show na frente de todos só para saber onde ela estava. Teria que manter a calma e andar normalmente pelo aeroporto.

Girei sobre os calcanhares e andei também em direção ao portão de embarque. Tentei agir naturalmente, dando atenção para alguns fãs ao longe e raras filmadoras que seguiam meu percurso. Uma vez fora dos olhos dos Taegangsters, agora eu podia me aproximar novamente de Tiffany.

Apressei o passo para mais perto dela, a fim de alcança-la, mas antes que eu pelo menos pudesse toca-la, senti um vulto passando do meu lado e correndo para perto dela antes de mim. Nichkhun apertou o braço de Tiffany enquanto sussurrava algo em seu ouvido. Por uns instantes ela o encarou e concordou com a cabeça para algo que ele disse. Os dois subiram lado a lado na escada do avião e se acomodaram nas cadeiras dos fundos. Eu pretendia ir para trás e ficar perto de ambos para ao menos ouvir a conversa, mas um maldito funcionário me impediu, pois estava querendo que eu sentasse nos primeiros lugares para ter mais “conforto”. Maldito conforto, eu não quero ele. Eu quero Tiffany, eu quero saber o que está acontecendo, de que tanto eles falam. Conforto é a ultima coisa que esse lugar vai ter se eu começar a surtar aqui. Coloquei minha cabeça para fora do assento, procurando olhar os dois disfarçadamente. Tiffany mantinha sua expressão séria, apenas ouvindo e concordando com a cabeça, sua posição era ereta e centrada como se estivesse tratando de um grande negocio internacional, já Nichkhun. Bem, ele eu não podia observar, porque ele estava em uma poltrona de costas para mim. Maldito, agora eu também queria saber por que ela está encarando ele dessa forma.

Rapidamente voltei a descansar minha cabeça na poltrona e balancei varias vezes a cabeça tentando inutilmente não pensar em nada. “Eu quero aproveitar do meu conforto e fingir que nada esta acontecendo.” Murmurei para mim mesma.

Decidi colocar os fones de ouvido e me concentrar nos filmes que estava disposto a serem passados na pequena tela a frente. Escolhi um de ação qualquer e apertei o play esperando que o filme me prendesse e cativasse na primeira cena de explosão que tivesse. Os minutos foram se passando e meus dedos tamborilavam repetidas vezes no descanso do avião. Eu olhava a pequena tela de TV e me concentrava ao máximo no filme para que eu pudesse esquecer de que Nichkhun tanto conversava com Tiffany logo atrás de mim. Não ousei em atrapalhar, não ousem nem em olhar para trás novamente. Sentia todo meu sangue fluir se eu fizesse isso. Possessividade? Talvez. Mas o que posso fazer se meus sentimentos estão mais confusos do que quando Tiffany voltou para a Coréia? Eu não sei pra onde ela foi nessa tarde, não sei com quem e o que foi fazer. Isso martelava minha cabeça em conjunto fazendo com que eu estivesse à beira de perder o resto de insanidade que me restava.

Enquanto eu levava esses pensamentos para longe, ouvi meu celular, que estava ao banco ao lado, vibrar com a chegada de uma mensagem. Na tela aparecia o contato familiar. Rapidamente retirei os fones que usava para ouvir o filme, os jogando de lado e dando a minha completa atenção para a mensagem que chegara. Ao abrir me deparei com o enorme texto com toda a explicação que Tiffany poderia me dar para a razão do seu sumiço.

De. Tiffany

21:10

Taetae~ Me desculpa, por favor. Eu sinto tanto, tanto, tanto. Tae, eu não queria te deixar em sua casa sozinha, sério. Meu irmão me ligou dizendo que precisava que eu entregasse alguns documentos importantes para ele e esses documentos estavam na casa de Nichkhun e pelo horário que recebi a ligação eu achei que provavelmente ele não estaria em casa e eu podia pegar os papeis sem ser incomodada se eu saísse da sua casa imediatamente. Mas eu me enganei, o seu carro estava parado na frente da porta e eu tive que esperar eternidades para que ele saísse. Sabe, eu fui de taxi, ele me deixou na rua e foi embora, do lado de fora estava tão frio e isso me fez sentir ainda pior por ter de deixado lá. Queria seu calor de novo Taetae TT-TT Eu até pensei em te ligar ou mandar mensagem, mas meu celular tinha acabado a bateria. Só depois de esperar milênios no frio que eu consegui entrar em casa e pegar os documentos e um carregador para carregar minha bateria. Só consegui ligar o carregador em alguma energia quando cheguei na casa de oppa, mas facilmente eu o deixei de lado porque oppa me levou para o escritório, com urgência para resolver os problemas. Oppa estava com pressa porque ele tinha que deixar Seul nessa tarde. Infelizmente fiquei tão concentrada nos meus problemas que esqueci de ligar meu celular depois que começou a carregar. Me desculpa por ser descuidada TaeTae, mas garanto que você não vai se arrepender de ter tomado esse leve susto. Prometo. Eu fiz isso por nós, espero que entenda e me perdoe.

Para. Taeyeon

Era um texto realmente grande de Tiffany, o que deu a entender que ela estava com tempo para mandar essa mensagem enorme, ou seja, não estava mais conversando com Nichkhun. Olhei vagarosamente para trás e vi Nichkhun sentado exatamente um assento atrás de mim encarando um canto qualquer enquanto Tiffany estava um pouco mais atrás encarando seu celular. Provavelmente escrevendo mais alguma coisa.

Meu celular vibrou novamente indicando outra mensagem.

De. Tiffany

21:11

Tae... Eu te amo ok? Não me odeie tanto.”

Para. Taeyeon

Nunca encarei e fiquei feliz por tanto tempo vendo uma mensagem. Provavelmente agora eu estava com uma cara de adolescente boba feliz por aquele simples e último texto. Sinceramente eu não estava com raiva de Tiffany, nunca estive, na verdade estava preocupada e com medo dela ter sumido, mas todos esses sentimentos foram levados para longe por aquela mensagem que incrivelmente foi capaz de derreter meu coração. Não sei como ela consegue me deixar tão frágil e incerta mesmo eu sento a pessoa que eu sou.

Suspirei aliviada por no fim não ter acontecido nada de mal. Apertei o botão de aparecer teclas e comecei a digitar uma resposta.

De. Taeyeon

21:11

Não se preocupe Fany-ah. Seja o que for que tenha a se tratar com seu irmão, deve ser importante. Depois conversamos sobre isso. Eu também te amo.

Para. Tiffany

Pressionei o botão de enviar e descansei a cabeça contra o encosto. Finalmente eu estava aliviada, senti que um peso do meu corpo saia e agora o curso do meu corpo ficava normal.

Decidi dormir durante o voo, já que tinha dormido de tarde e acumulado um pouco de sono, então quando chegasse ao Japão mais ou menos às 6 horas da manhã eu teria um horário de sono completo.

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Senti o avião balançar um pouco. O atrito das rodas batendo contra o solo foram levemente sentidas entre meu sono, que me despertou e fez olhar para a janela do avião. Do lado de fora eu podia ver no horizonte uma linha fina dos raios de sol que nascia em Tóquio. O clima estava aparentemente agradável, o céu lindo sem qualquer tipo de nuvem, que me fazia olhar perfeitamente para todo o resplendor que a província continha.

Bocejei e ergui os braços, me espreguiçando sobre a cadeira e finalmente despertando completamente do meu mundo de sonhos.

Desci as escadas do avião e aguardei ao lado da mesma, esperava as próximas ordens sobre se deveríamos sair ou não do lado de fora. Cruzei os braços juntando o casaco que usava próximo ao meu corpo, após sentir a fria brisa que passava e fazia algumas leves mechas de cabelo levantarem.

Fechei os olhos e passei as mãos pelo meu braço em um movimento repetitivo de sobe e desce, a procura de me esquentar. Estava no meu próprio mundo até sentir que alguém se aproximava do meu lado. Abri os olhos e vi Tiffany erguendo uma echarpe para perto de mim. “Use-a Taetae, eu sei que não está tão frio e esse tecido nem esquenta muito, mas de qualquer maneira proteja sua garganta.” Ela sorriu no final da frase, colocando o pano sobre minhas mãos e se afastando um pouco. Acho que ela tinha medo de por algum acaso tivesse alguém filmando ou tirando fotos. Não me importava muito os motivos dela manter aquela distancia, eu estava grata por ela cuidar de mim.

Enrolei a echarpe ao redor do meu pescoço até ficar confortavelmente acomodada com ela. Olhei para Tiffany e levantei o polegar em sinal de positivo. Como um obrigado silencioso.

“Vem, já podemos ir.” Ouvi um segurança gritar ao longe. Logo toda equipe foi para frente do portão e começou a passar entre a multidão.

Agora é só agir como eu ajo naturalmente. Passar pelo aeroporto até chegar a van que me levaria para meu novo hotel. Fiz tudo que eu fazia sempre, com naturalidade e ainda mais feliz por estar sentindo certo tipo de paz e cuidado. Nunca deixei de me assustar com a quantidade de pessoas que iam sempre aos aeroportos me recepcionar, afinal, eles tem varias outras coisas importante, para se preocupar do que comigo. O amor dos fãs realmente é uma das pequenas e raras coisas que aquece meu coração.

A porta da minha van tinha se fechado. Dei um ultimo aceno aos fãs japoneses e logo o motorista que nos levara deu a partida. Antes que percebesse já estávamos andando pelas ruas principais de Tóquio, não podia fazer nada mais do que contemplar as belas ruas iluminadas da enorme província. Por várias vezes tive que me conter para não cutucar Tiffany ao meu lado e chama-la para ver os pontos onde nós já passamos para relembrar do nosso velho passado e da inesquecível viajem que nós fizemos quando ainda estávamos no ensino médio após ganhar um concurso. Eu me lembro de cada detalhe como se o filme da minha vida pudesse passar várias e várias vezes na minha mente de uma forma fresca e rápida. Lembro-me do nosso embarque e das cantadas que Tiffany recebeu de outros garotos, lembro também do nosso jantar, da nossa fuga do ônibus turístico, da nossa primeira vez, do passeio no parque aquático, das flores de cerejeira caindo, enfim, de tudo. Naquela época tudo era incrivelmente perfeito aos meus olhos. Meu coração sempre estava cheio e esperançoso para viver deliberadamente cada dia que estava por vir ao lado dela. Esses dias eram bons, mas eu não sabia o quão bom era isso. Diante dos meus olhos minhas lembranças foram se dissipando e passando a me puxar para o tempo atual aonde sem perceber eu estava olhando para Tiffany. A realidade voltara, e só então percebi como eu estava agindo estranha com um simples sorriso bobo que cresceu em meu rosto só por contemplar Tiffany, que estava concentrada demais no seu celular para notar o quanto eu olhava carinhosamente para ela, provavelmente estava olhando como uma tola que tem seus olhos brilhando só por ter sua incrível presença. Relembrar o passado estava me fazendo agir por alguns minutos como uma completa apaixonada boba, como antigamente, quando nossos tempos eram doces e felizes.

Suspirei fundo e voltei a olhar vagamente para frente, aonde estava o motorista e o manager que virou exatamente nessa hora que eu olhei. Ele bateu a mão no encosto do banco ao lado enquanto chacoalhava um papel que ele tinha na mesma mão, para me chamar atenção.

“Taeyeon, gostaria de ver seu horário para amanhã?” Perguntou virando-se completamente para o banco de trás e balançou mais o papel, dessa vez o ergueu para perto de mim. Nele tinha uma tabela enorme de coisas que eu tinha para essa semana. Obvio que estava lotado já que iria promover meu álbum no Japão.

Puxei o papel da sua mão e rapidamente deixei meus olhos vagarem pela folha, observando desatentamente algumas tarefas que eu teria que cumprir durante as semanas.

“Amanhã me apresento no Music Lovers!, depois sessão de fotos para S Cawaii, encontro com alguns produtores... ” Murmurei enquanto seguia passando o olho pelo resto da folha. “Algumas coisas a mais, entrevista para revista AnAn, performar no MUSIC JAPAN, mais algumas coisas e na ultima semana, performar no Count Down TV” Eu lia apenas partes que me chamaram atenção em voz alta, meditando e revendo. Aparentemente a partir de amanhã as coisas iam voltar à correria novamente.

Após eu ter feito uma leitura prévia Nichkhun virou para trás novamente. Olhando primeiramente para Tiffany e depois para mim.

“Não é sua agenda oficial. Podemos ter alguma transição de rotina caso algo aconteça ou haja outra proposta.” Ele alertou.

Calmamente concordei com a cabeça e entreguei o papel de volta. Ele pegou e virou pra frente, checou algumas coisas no celular e remexeu em mais algumas outras folhas que ele tinha na mão.

Hoje seria minha última noite de descanso então deveria aproveitar bem do meu sono, uma coisa que me levou a pensar no local onde ficaríamos no decorrer dessa semana.

Eu não queria, mas por curiosidade fui praticamente obrigada a falar com o manager, afinal ele sabia das coisas naquela van, os outros funcionários que se tratavam disso estavam em outra van atrás de nós.

Inclinei pra frente e procurei observar o mapa turístico e outras folhas de papel que ele tinha em mãos, se não me engano seria do local que iríamos ficar, sem sucesso, eu fui obrigada a realmente perguntar. “Em que hotel vamos ficar?”

“Não é bem um hotel.” Nichkhun respondeu fazendo uma pausa. Eu o vi olhando para o espelho retrovisor e corando levemente ao olhar para Tiffany que nem tinha percebido a intencionalidade da frase. Ele olhou para o motorista e depois olhou para frente, tentando disfarçar o rubor de seu rosto. “O resto da equipe ficará no hotel. Mas eu tinha marcado, bem, antes da nossa briga, Tiffany.” Ele disse seu nome de uma forma diferente. Ele olhou de novo para o espelho, mas Tiffany estava na mesma posição. Indiferente e centrada no seu celular. Mesmo sabendo da falta de interesse dela, ele voltou a falar. “Em ficarmos em uma casa que eu aluguei. É ótima, tem piscina, dois andares, as paredes que dão de cara para o quintal são de vidro, realmente algo de filme. Mas como eu disse isso foi antes da nossa briga. Não sei se você gostaria mesmo de ficar lá agora.” Ele parou e limpou a garganta antes de olhar novamente para o espelho, a procura que Tiffany que continuava sem dar importância a ele. “Então Tiff baby, agora você poderia agir normalmente comigo?”

Tiffany pela primeira vez dentro do carro levantou o olhar, visualizando diretamente o espelho retrovisor. Ela respondeu com um simples. “Não.” E voltou a olhar para o seu celular, entre um toque o outro na tela do aparelho ela continuou a dizer. “Não vai ser uma casa que você aluga que vai mudar o que você fez. Não pense que você pode me comprar, tudo que eu faço tem um motivo, então não ache que eu sou uma dessas as que você usa para se divertir.”

Nichkhun estava completamente perplexo, na verdade o motorista, um staff sentado atrás de nós e um tiozinho que eu nunca vi na vida estavam também. Todos estavam incrédulos no que tinham ouvido, inclusive eu. Eu podia ver que Nichkhun que estava virado para nós, nos olhava com a boca aberta em um perfeito ‘O’, ele mal conseguia elaborar o que dizer ou como responder aquilo. A frieza repentina de Tiffany me assustava, mas não tanto quanto ele. Afinal eu já estava acostumada depois do perfeito ‘não’ seco que ela havia me dado quando a pedi em namoro. Tiffany ao contrário de todos da van, estava serena mexendo em um dos seus aplicativos. Aquele minuto foi de tensão e silêncio entre nós. Ninguém sabia o que dizer depois daquele ataque frio, muito menos Nichkhun que estava perdido em sua mente, provavelmente revendo se deveria responder com desgosto ou ignorar. Mas antes que isso fosse resolvido em sua mente Tiffany cortou falando novamente.

“Eu fico nessa tal casa, mas só se alguém vier comigo.” Ela finalmente tirou sua atenção para o celular e olhou diretamente para ele. Propositalmente ela virou a cabeça parecendo analisar o carro até olhar para mim. “Taeyeon deve vir conosco para que eu fique lá.”

“Mas Taeyeon tem horários a cumprir, por isso ela precisa ficar com o resto da equipe.” Ele retrucou.

“E você é o que? O manager certo? É o que deve cuidar mais dela e ter mais responsabilidades. Não fuja delas.” Tiffany disse com frieza.

Em derrota Nichkhun virou pra frente e passou a mão pelo rosto, mesmo de costas vi sua face ficar em um tom avermelhado como se fosse explodir a qualquer momento.

“Você quer mesmo ter mais alguma chance comigo?”

“Ok. Como queira.” Ele respondeu friamente.

Ele apontou com o dedo indicador para uma rua à direita. “Vire aqui e estaremos quase lá.”

O motorista logo fez como foi ordenado e girou todo o volante para direita, entrando na rua e seguindo reto para um lugar estranhamente familiar.

A partir que a van percorria a rua, eu podia sentir que estava em um ambiente que criava vários deja-vús em minha memória. Realmente era como se eu estivesse naquele lugar antes, mas não lembro bem como. Tudo era perfeitamente familiar. As casas, as arvores de cerejeira, o bairro calmo, a grande ladeira que subíamos. Finalmente o carro parou e pudemos sair do automóvel para contemplar aonde estávamos. Infelizmente, ou não, aquilo passou de algo familiar para ser na verdade um fato. Eu estava espantada com a incrível coincidência. É obvio que eu já estive aqui antes.

Olhei discretamente para Tiffany que estava observando a casa de boca aberta. Seus olhos quase saltaram do seu rosto e toda sua bochecha começou a corar. Ela tinha a mesma expressão que eu carregava no rosto a segundos atrás. Com a mesma expressão que Tiffany tinha, repentinamente ela virou a cabeça olhando para mim e apontando para casa.

Não sei como reagir, afinal nós estávamos aqui. Por algum jogo do destino nós estamos de volta a casa da nossa antiga viajem.

Dos tempos aonde nós prometemos em ficar juntas pra sempre.

N/A.Vou falar rapidamente, que nem esse capitulo que foi curto. E pesso desculpa já que demorei muito pra postar e não consigo achar minha antiga escrita. TT-TT

Ela sumiu, ela parece que se foi~

Enfim, obrigada por ler. E esperem que a partir do proximo capitulo eu possa pegar o ritmo novamente, mal posso esperar para escreve-lo. LALALA

EU TINHA UMA APOSTA E EU GANHEI! QUERO MEU PREMIO E EU SEI QUE VOCÊ ESTÁ LENDO ISSO AGORA! RARÁ