Romantic St.

Meu Adorável K-idol [Br-Pt]

 

Todo mundo é fadado a conhecer uma pessoa especial e sonhar com o amor, no meu caso, foi você.

 

Estiquei o máximo que pude minhas pernas sob os lençóis, por mais que hoje fosse meu aniversario eu me sentia acabada e desgastada, como se um trator tivesse passado por cima de mim e amassado cada osso do meu frágil corpo. Isso que acontece quando você passa o dia todo correndo com uma dorky no meio do parque de diversões.

Com um pouco de dificuldade abri meus olhos tentando regular-los para luminosidade da manhã que invadia o meu quarto pelas frechas da janela, minha vontade de sair da cama era igual a zero. Eu queria passar o dia, manhã tarde e noite deitada na minha cama só pra não lembrar o que estava acontecendo na minha vida.

“Taeyeon...” Murmurei.

‘Droga estava lembrando dela de novo!’ Me repreendia mentalmente. Passei a noite toda pensando nela e como se não me bastasse eu tinha que acordar pensando nela também?!

Abracei bem forte o meu travesseiro e afundei minha cabeça nele. De repente tudo que eu tinha falado ontem voltou a minha memória, como um tiro de arco e flecha.

“Vamos fingir que esse dia nunca aconteceu, nós nunca viemos pro parque, eu nunca te chamei de TaeTae, nós não nos beijamos hoje e nem corremos dos fãs. Apague tudo isso da sua memória e vamos voltar pra casa.”

“Apagar da memória.” Repeti o ultimo trecho como se fosse uma regra. Regra essa que eu nunca conseguiria cumprir.

Com dois dedos passei a mão levemente sobre meus lábios, tentando relembrar a mesma sensação que ela me fez sentir ontem à noite. Eram doces e aveludados apesar da rispidez que forçou seus lábios contra os meus, eu queria sentir aquilo de novo, mas não podia.

“Eu não posso.” Murmurei de novo, dessa vez enterrando meu rosto no travesseiro. Eu definitivamente não tinha nenhuma animação no dia do meu aniversario.

Mesmo nesse estado eu me forcei a levantar, deveria pelo menos demonstrar que eu estava viva.

Andei pela casa vagando por todos os cantos, e nenhum sinal de vida. Nem Nichkhun, nem Taeyeon, a casa estava fazia e silenciosa como uma típica cena de filme de terror, se não fosse por mim até achariam que estava abandonada.

Olhei para o relógio, nele marcava 10:26, não acredito que acordei tão tarde ou que eles saíram tão cedo. Seria trabalho? Não, ao menos eles deixariam um bilhete dizendo, além de não ter nada agendado na agenda do oppa para esse fim de semana.

‘Eu deveria ligar pra Taeyeon?’ Algo dentro de mim perguntada.

“Aigoo! O que está pensando Tiffany irei ligar para ela pra que?” Conversava comigo mesma.

“Além do mais o porquê de ligar pra ela? Como se eu fosse ligar dizendo ‘oi Taeyeon, estou com saudade. Volta pra casa’ nunca que eu faria isso.” Pausei minha fala sentando no sofá e colocando os pés na mesa de centro, meu celular estava sobre o mesmo. “Não seria uma má idéia se eu falasse que ela teria suas aulas de inglês hoje.”

Aquilo me atentou a pegar o celular, mas algo na minha mente me impedia com uma pergunta. ‘Você vai ligar pra ela dizendo que ela vai ter aula em pleno domingo? Tenha dó Tiffany é final de semana. ’

Com esse pensamento eu desisti de ligar e joguei meu corpo sobre o sofá de novo, em derrota. Eu estava no ponto de ficar doida, até estava conversando comigo mesma. Desse jeito eu iria enlouquecer.

Suspirei, jogando minha cabeça para traz e admirando o teto como se fosse a coisa mais legal do mundo, pelo menos era o que tinha pra fazer.

Meu coração quase saltou pela boca quando ouvi o toque de chamada do meu celular, não acreditava que ela estava ligando pra mim. Rapidamente apertei o ícone de atender e coloquei o celular no ouvido.

“Hello honey!.” Fui saudada por uma voz masculina, que desfez completamente a alegria que eu tinha a segundos antes. Voltei ao estado de como eu estava, jogando minha cabeça para traz e admirando o teto.

“Fala Siwon.” Respondi com uma voz fraca.

“Nossa quanto amor, deve estar mesmo sentindo a minha falta.” Ele disse sarcasticamente, fazendo uma pausa para rir um pouco e continuou não me deixando ter tempo de responder. “Ignorando isso eu quero saber, já resolveu as coisas da empresa com o seu irmão?”

Eu sabia que se dissesse que sim, iria dar trela para um novo tipo de conversa. Aquele que eu não queria entrar, mas era necessário. Ele que tomava conta da empresa na minha ausência.

“Sim, já resolvi.” Respondi soltando um suspiro no final, já sabia o que me aguardava.

“Então o que você está esperando o que querida? Por que não pegou o primeiro voo direto pra cá?!” Ele fez uma pausa parecendo pensar um pouco, eu nem me preocupei em responder, Siwon não é burro o suficiente pra não notar. “Não me diga que você e Nichkhun estão de tchaca tchaca ai?!”

“O que?! Não!”

“Espera! Espera um momento! O buraco é mais em baixo né? Não a-cre-di-to! Taeyeon não é? É ela que está te prendendo ai, você se encontrou com ela não foi? Está amando aquela anã raivosa e agora está de tchaca tchaca com ela não é?”

“Aish! Siwon! Sim, sim e não.” Respondi suas respostas, no fundo rindo com o termo tchaca tchara, mas de onde diabos ele tirou isso?

“Volta pra cá agora, não te quero do lado dela. Esses anos todos se esforçando pra nada? Você sabe que pode estragar tudo se fizer isso não sabe? Você p-r-e-c-i-s-a no Nichkhun entendeu?” Ele falava dessa vez com um tom mais sério me fazendo cair da ilusão que eu estava tendo. Estava mexendo com o fogo e só agora eu entendi isso.

“Entendi Siwon, não precisa ficar me lembrando sempre.”

“Volta logo, eu não posso ficar segurando as pontas da empresa por muito tempo.”

Isso foi a ultima coisa que dissemos um para o outro, e foi dessa maneira que ele cortou a ligação. Nem ao menos um “parabéns” ou “muitos anos de vida”. Acho que hoje o dia vai render.

Ouvi outro barulho que parecia de um toque de celular ao som de Devils Cry, mas não do meu. Com os ouvidos eu fui me guiando pela casa até saber de onde estava sendo produzido. E lá estava ele, o celular pessoal de Taeyeon tocando.

Parei frente a frente sobre a cômoda onde tinha o celular que vibrava incessantemente, mesmo relutante eu decidi atender a chamada. Desbloqueei o celular e antes de atender tinha uma senha, o que mais achava estranho não era como ela colocou uma senha antes de atender, mas sim a foto que tinha no celular dela. Era a mesma, aquela mesma foto que eu tinha enviado pra ela no internato a quatro anos atrás, a mesma que Nichkhun viu e achou impossível ser eu. Não podia acreditar como ela pode...

A vibração do celular na minha mão me tirou do meu transe, ainda tinha uma senha pra descobrir. Será que seria a mesma? Não, ela não seria tão previsível assim. Ou seria?

De qualquer maneira eu digitei a data e como em um passe de mágica o celular desbloqueou deixando que eu atendesse a ligação. Mal deu tempo de falar um ‘alo’, a voz do outro lado já veio falando.

“Já pode me amar pra toda vida Kim Taeyeon!” A garota do outro lado da linha quase gritava estourando meus tímpanos.

“Hã?”

Sim, isso que você ouviu, beije já os meus pés, escrava!”

“Bwo?!”

Amar pra toda vida? Beijar os seus pés? Mas que droga é essa? Taeyeon estava tendo algum caso com essa garota? Ela ainda chamou TaeTae de escrava, ninguém chama ela assim além de mim. Ela é minha TaeTae, minha escrava e meu amor pra toda vida! Quem essa garota pensa que é?

Eu até falaria isso se a garota do outro lado ainda não pensasse que eu era Taeyeon, tinha que tirar mais informações dela antes de estragar o relacionamento das duas.

“Bwo nada queridinha, você está nas minhas mãos. Vamos dizer que eu tenho fotos suas que poderiam aparecer no jornal e que com certeza você não iria gostar.” Ela falou, parecendo que do outro lado da linha estava com um sorriso vitorioso balançando as fotos com o papel no ar como uma brilhante e preciosa jóia. Pergunto-me do que seria essa foto, Taeyeon pelada?

“Agora me diz Taeng.” Ela fez uma pausa. “Quem é a menina com a mascara de pânico que está com você?”

“Bwo!” Respondi de novo assustada. Eram essas fotos?!

“Você estava em um encontro né danadinha. Agora não me esconda que garota é essa?”

“Por favor, apague essas fotos, queime, sei lá. Só não coloque no jornal, por favor.” Até eu estava assustada pelo o que estava dizendo, implorando pelo telefone era algo que eu nunca pensei em fazer na minha vida.

“Espera um minuto, essa voz rouca, americanizada. Não acredito! Fany é você?! É você nessas fotos também?! Omo! Eu sabia que estava na Coréia, mas não com Taeyeon.” Ela disparava suas perguntas quase como afirmações certeiras de quem era eu. Pergunto-me como ela me conhecida.

“Tiffany não se lembra de mim? Sooyoung, girafa, Shikshin, não lembra não? Claro que lembra. Ela soltou uma forte gargalhada, eu me sentia mais aliviada por saber que era ela.

“A sorte de vocês é que eu trabalho com entretenimento viu. Seria uma pena se eu acidentalmente pegasse essas fotos do meu colega e sumisse com todas elas não acha?” Ela riu de novo.

“Obrigada Sooyoung, não tem formas de como te agradecer.” Eu respondia aliviada, como se tivesse tirado uma carga de cima de mim.

“TaeNy de volta já é o suficiente pra mim.” Parecia impossível conter as risadas que ela dava a final de cada frase, nós juntas parecia realmente deixar aquela gigante feliz.

“Não estamos juntas Sooy.” Tive que dar a informação a ela.

“Como não estão? Estão nesse encontro não é? E você esta atendendo o celular da Taeng. OMO! OLHA A HORA! Vocês estavam dormindo não estavam, desculpa atrapalhar. Vou desligar, não quero que Taeyeon acorde a coitada deve estar exausta tadinha. Sabe né, você é muito exigente.” Ela soltou outra risada abafada. “Não arranhe tanto as costas da coitada. E sim, eu reparei que você faz isso com ela.” Ela riu de novo e desligou na minha cara, sem ao menos dar tempo de responder o que ela dizia.

Eu ri com todo ataque fangirl que Sooyoung dava no telefone. Bem que no fundo eu queria que ela estivesse dizendo fosse verdade

Eu voltei a ficar sozinha em casa, sem ninguém, no silencio. Deitei na cama de Taeyeon, que estava muito bem arrumada por sinal, a cama era macia e aconchegante, aquela cama de hospede parecia até mais confortável que a minha. Até o cheiro era melhor.

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Estava quase dormindo lá mesmo quando fui dispersa por um toque de celular, não era aquele de Taeyeon que eu segurava na minha mão até agora, parecia o toque familiar do meu.

Deixei o dela em cima da cômoda e voltei a sala para pegar o meu que tocava sobre a mesa. Dessa vez eu vi de quem era a chamada, não gostei nada do que vi. Era appa.

“Hello dad.” Saudei meu pai com meio aegyo em inglês logo quando coloquei o celular no ouvido.

“Tiffany, seu irmão já disse que resolveu as coisas com você. Siwon não pode ficar cuidando da empresa por muito tempo, o que você faz de tão legal na Coréia que impede de voltar para os seus reais compromissos?” Ele dizia de uma forma séria, seca e fria. Nem ao menos lembrava que dia era hoje, ele queria saber apenas de trabalho, dinheiro e lucros como sempre.

“Eu estava melhorando as coisas com o Nichkhun.” Menti. Odiava fazer isso, mas era necessário se eu não quisesse ouvir mais broncas por hoje. E eu realmente não queria.

“Aaah, sim. Então, tem certeza que ele fará aquilo?”

“Ainda não sei.” Minha voz ficava ainda mais seca e minha garganta fechava ainda mais só de estar mentindo pro meu pai. No fundo estava com a consciência completamente culpada.

“Resolva essas coisas logo e volte para América. A empresa vem em primeiro lugar.” Ele disse desligando na minha cara, foi a terceira pessoa que tinha feito isso comigo só hoje.

“A empresa vem em primeiro lugar.” Repeti baixinho para mim mesma como se eu fosse um robô. Pergunto-me quantas vezes eu ouvi aquela frase vinda dele, a empresa realmente vinha em primeiro em sua vida, passava dos filhos e amigos com certeza.

Senti vontade de chorar, psicologicamente eu não agüentava mais ser cobrada desse jeito. Todas aquelas ligações foram me destruindo pouco a pouco, mas a do meu pai tinha acabado comigo por completo. Eu não agüentava mais ter que ficar mentindo, eu não queria mentir mais para Nichkhun, não queria mentir para Siwon, não queria mentir mais pro meu pai, meus irmãos, meus amigos... Para Taeyeon. Eu mentia até pra mim mesma, tudo era uma mentira. Acho que tudo isso resultava das minhas escolhas erradas.

Dei um longo e amargo suspiro e inclinei minha cabeça de novo pro sofá. Dessa vez eu não encarava o teto, mantinha meus olhos fechados impedindo que minhas lagrimemos caíssem de uma vez só.

Eu não percebi quando nem como, mas eu dormi daquele jeito. Jogada no sofá.

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Quando abri meus olhos a sala parecia mais escura do que antes, o sol já não brilhava mais e verdadeiramente agora parecia uma cena de uma perfeita casa abandonada e jogada as traças.

Sorri de uma forma irônica com a realidade que eu estava vivendo, era um perfeito lixo.

Levantei do sofá e liguei as luzes do corredor e da sala ao mesmo tempo, para perder aquela agonia da escuridão. Passei pela cômoda da sala e tirei o notebook dali carregando-o até o sofá novamente. Talvez fosse a hora de comprar minhas passagens de volta pra América. Mas pra quando.

Enquanto pensava sobre isso todas as luzes da minha casa se apagaram. Será que foi um apagão?

Olhei sobre a porta de vidro que separava do terraço e tudo do lado de fora parecia perfeitamente bem. Voltei meu olhar a porta e vi algo pequeno iluminando a entrada com uma luz descompassada.

Logo atrás da pequena luz eu via uma sombra que cantava perfeitamente uma simples, mas melódica musica. “Saengil chukha hamnida. Saengil chukha hamnida”

Fechei meu notebook na hora e dei minha total atenção a garota que se aproximava com o bolo para perto de mim. Ela deixou o bolo sobre a mesa e encerrou a musica dando um forte sorriso para mim.

“Faça um desejo Pany-ah.”

Nessa hora, ao ver ela assim na minha frente depois de tudo que eu disse. Eu não sabia mais o que pensar ou como agir, dentro de mim tinha uma mistura de felicidade, com tristeza, arrependimento e gratidão tudo junto. Eu queria tanto que as coisas fossem diferentes.

Lentamente fechei os olhos e me aproximei do bolo fazendo o meu desejo. Estrelas, desejos de aniversario, magia, eu não acreditava em nada disso, mas Taeyeon era a única pessoa que me fazia acreditar.

Abri meus olhos de novo e vi em meio do escuro a sua silhueta, ela parecia estar me encarando ainda com um sorriso, esperando de algumas formas com o brilho do seu olhar ver a minha reação. Agradeci mentalmente por estar escuro para que ela não me visse chorando.

Levantei do sofá e caminhei minha curta distancia para perto dela, sem dizer nada envolvi meus braços ao redor da cintura dela, puxando-a para um abraço. Afundei meu rosto na curva do seu pescoço me aconchegando ainda mais ali, segurei o choro e me forcei a manter uma voz branda e suave. Fiz o caminho da minha boca até o seu ouvido e sussurrei calmamente. “Obrigada TaeTae.”

Ouvi sua risada, aquela típica risada nervosa que ela dá quando não sabe bem o que fazer. Com calma ela colocou uma das suas mãos nas minhas costas e com a outra ela passava a mão na minha cabeça, fazendo retornar a minha posição inicial encostando-se à curva do seu pescoço. Ela sabia exatamente como me acalmar independente da situação que fosse ela sempre tinha uma forma de me confortar e me sentir melhor.

Ficamos assim por um longo e bom tempo até ouvir um choro que vinha da porta. Desencostei a minha cabeça e franzi o cenho olhando pra ela. “O que é isso?”

“Ah sim, o seu presente.” Ela disse cortando o abraço e correndo para porta, acendendo todas as luzes que achava até chegar lá

Ela me voltou com uma caixa de papelão toda furada, me pediu para sentar e em seguida entregou pra mim. Levantei uma das minhas sobrancelhas ao ver o meu presente. Era realmente aquilo?

Olhei de volta pra ela que estava agachada na minha frente e tinha os olhos bem abertos com um sorriso estampado, olhando pra mim atentamente só para ver minha reação, seja o que for seria melhor fingir gostar. Só pra deixá-la feliz.

Cuidadosamente abri a caixa, uma tampa por vez.

Sem entender muito só vi uma bolinha branca pulando no meu colo e correndo das minhas pernas ao sofá latindo constantemente.

Achei tudo aquilo engraçado e comecei a rir daquela pequena coisa boba que se esparramava em todos os cantos do sofá. Não pude deixar de rir com o fofo cachorrinho que Taeyeon tinha me dado, era adorável assim como ela.

“Gostou? É um filhote de maltês.”

“Adorei, ele é tão fofo.” Eu sorria com um sorriso de um canto ao outro, eu sabia que estava dando o meu famoso eye-smile. Era isso que eu queria demonstrar que eu estava verdadeiramente feliz com o presente.

“Obrigada.” Eu fiz uma pausa. “Qual o nome dele ou dela?”

“Oh, é macho. Bem, já que é seu você deveria dar o nome.” Ela disse sentando do meu lado e trazendo o cachorro bagunceiro ao seu colo.

“Que tal floquinho?”

“Floquinho?” Ela olhou pra mim franzindo o cenho, nem o cachorro deve ter gostado do nome com a forma que ele se debatia no colo de Taeyeon.

“Que tal, Scott.” Ela disse rindo e olhando para o pequeno cachorro que agora mordia seus dedos.

“Scott?” Eu repeti.

“Sim, como a marca do papel higiênico.” Ela voltou a olhar pro cachorro, dessa fez soltando uma risada ahjumma. Era evidente que ela estava brincando.

Coloquei meu dedo indicador sobre o queixo e pensei mais um pouco. “Hmmm... Que tal Romeo?”

“Nome bonito.” Taeyeon disse enquanto ascendia positivamente com a cabeça.

“Romeo, gostou do seu nome?” Falava com o cachorro que estava no meu lado com um pequeno tom de aegyo. Ele pulava e latia feliz como se tivesse saído de novo do caixote. Ele realmente era muito fofo e bonito, passei uns minutos admirando o pequeno cachorrinho e com aquele simples minuto pensando meu sorriso se desfez. Voltei a olhar para Taeyeon que parecia estar me observando a um bom tempo, ela percebeu minha mudança, mas logo fui falando. “Nichkhun não gosta de cachorros.”

Em menos de um minuto seu sorriso desapareceu se tornando novamente o rosto sério e frio que eu vi ela ter nos primeiros dias que ela estava na Coréia. Ela parecia tão sem vida com aquela cara, agora estava até feliz de vê-la voltando ao normal daquele jeito.

“Tudo bem.” Disse ela olhando para o Romeo e brincando com a patinha dele. “Ele fica lá em casa e quando você quiser pode ir lá visitá-lo.”

Ela voltou a sorrir ainda brincando com o cachorro, suas bochechas estavam um pouco rosadas. Acho que ela estava com vergonha, suas características de adolescência não sumiram completamente. Eu sabia exatamente o que fazer para brincar com isso.

“Ah! Visitar o Romeo. Eu só posso ir à sua casa pra visitar ele?”

Vi Taeyeon se engasgando com a saliva e tossindo algumas vezes antes de olhar pra mim definitivamente, seu rosto estava completamente vermelho, mas ainda sim ela mantinha um olhar fixo.

“Não, você pode ir para outras coisas também.” Ela continuou meio sem graça.

Sorri vendo sua reação, até continuaria brincando se. ROMEO NÃO ESTIVESSE ATACANDO MEU BOLO!

“Yah! Romeo!”

Você tira a atenção um minuto de um cachorro e ele sobe em cima da sua mesa de centro e devora todo o seu bolo de aniversario, que absurdo.

Por sorte Taeyeon ajudou tirando o cachorro de cima de uma parte do bolo e entregou Romeo com as patinhas lambuzadas pra mim. Eu lavava as patinhas dele enquanto Taeyeon cortava o que restou do bolo e colocou no prato para nós duas. Era engraçado, até parecia que estávamos cuidando de uma criança.

Foi só colocar Romeo no chão de novo que ele saiu pulando pela casa todo feliz, meu olhar seguiu a pequena bola de pelo até a sala onde estava Taeyeon mexendo no aparelho de DVD.

Sem perguntar nada me aproximei sentando no sofá silenciosamente. Ela levantou seu tronco e virou me encarando com um fraco sorriso, ela passou pela mesa de centro pegando os dois pratos com bolo entregando um para mim e dando uma colherada no próprio prato.

Desfiz meu olhar pra ela. Agora meu interesse se voltava para o que se passava na TV, ela incrivelmente escolheu aquele antigo filme que nós assistimos anos atrás, o mesmo que eu coloquei a gravação caseira da minha mensagem para ela, o filme era Nosso Amor de Ontem.

A trama se passa na vida de um casal que se conhecia na faculdade, mas só se encontraram anos depois onde se envolvem em um romance, o que não dá muito certo porque eles são polos opostos um do outro.  Acho que isso infelizmente repercutiu na minha vida de certa forma.

Fiquei silenciosamente comendo o bolo e assistindo o filme, já Taeyeon parecia estar incomodada com alguma coisa porque ela ficava olhando para Romeo o tempo todo que estava entre nós, como se ela tivesse matando o pobre cachorrinho com o olhar. Eu vi quando ela empurrou de leve ele pelo sofá até o chão, mas fingi não vê.

“Oh! Esses cachorros não ficam quietos.” Ela disse levantando do sofá e pegando Romeo para colocar em seu colo.

Quando ela sentou, eu vi que estava mais perto de mim, na verdade ela tomou a distancia que o cachorro tomava. Finalmente entendi o que ela pretendia, essa babo.

Confortavelmente descansei minha cabeça em seu ombro, como se fosse algo completamente casual. Ela demorou um pouco até decidir ou não se colocava sua cabeça sobre a minha, mas no final o fez.

Não me importava se parecíamos mais do que amigas nessa situação. Taeyeon merecia pelo menos isso depois de tudo que fiz pra ela, ela foi a única que esteve comigo quando ninguém mais se preocupava.

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Acordei com algo mexendo sobre minhas pernas, era o Romeo de alguma forma tentando pular dali de cima. Antes que eu pudesse ajudar ele saiu andando chão a fora.

Nem sei se ajudaria o cachorro de verdade, eu estava meio grogue de sono. Sem perceber tinha dormido no meio do filme.

Olhei para garota a minha direita e vi que ela ainda dormia confortavelmente sobre meu ombro, não pude deixar de dar um largo sorriso ao ver que ela estava tão confortável comigo. Fechei meus olhos e dei um beijo casto no topo da sua cabeça, o beijo durou mais do que duraria um beijo normal, no fundo eu me sentia mal por saber que no fim da noite quando aquele homem chegasse na porta eu teria que perde-la de novo. Só de pensar nisso surgiu uma pontada no meu coração. Lentamente eu abri meus olhos e me afastei, colocando sua cabeça corretamente sobre o sofá.

“Feliz aniversário Pany, que todos os seus desejos se realizem.” Sussurrei em seu ouvido e dei outro leve beijo em sua testa.

Quando me afastei ouvi Romeo latindo freneticamente, variando de latidos e rosnados par porta. Não me surpreendi ao ver que era Nichkhun que tinha chegado, meu cachorro não deveria gostar mesmo desse tipo de gente.

Ele olhou pra mim e para o cachorro com as sobrancelhas franzidas em desgosto. “Mas que droga é essa!”

“Não é uma droga.” Peguei o cachorro e segurei ele com uma mão. “É o meu presente pra Tiffany.”

A reação dele depois foi a pior, ele arregalou os olhos e bateu na testa como se tivesse esquecido completamente essa data. Na verdade se ele se importasse com ela ele lembraria.

Vi Nichkhun sair correndo para cozinha, acho que ele prepararia algo de ultima hora. Ele tirou champanhe e morangos dos armários tentando apressadamente amenizar a situação.

Ouvi uns múrmuros vindos da sala, eu e ele olhamos diretamente pra lá vendo Tiffany levantar os braços se espreguiçando como quem acabara de acordar. Ela se contorcia e bocejava tentando se livrar do sono e virou a cabeça olhando para cozinha enquanto passava a mão nos olhos tentando despertar definitivamente.

“Honey~” Ele disse com voz melosa. “Eu trabalhei o dia todo, por isso não deu tempo de desejar um feliz aniversario, mas preparei umas coisas para nós dois. Vem dormir comigo hoje a noite.”

‘O QUE?! EU NÃO ACREDITO QUE ACABEI DE OUVIR O QUE EU OUVI.’

Dei um tiro de olhar pra ele, se hoje não fosse o aniversario dela eu desconsideraria tudo e jogaria tudo pro ar primeiro jogando merda no ventilador e depois matando ele pouco a pouco ali mesmo. Não acredito o quanto ele era baixo e cara de pau de aparecer em casa daquele jeito e ainda querer... Fazer... Aquilo com ela!

“Tiffany hoje você dorme no meu quarto.” Bufei sem me importar com o que ele pensaria da minha frase.

“O que? Ela é minha noiva ela não vai pro seu quarto quando ela pode dormir comigo. Você é maluca?” Ele disse em uma risada irônica.

Eu começaria a xingar ele agora se eu não sentisse a mão de Tiffany apertando a minha, com a outra mão ela puxou o Romeu para o seu braço. Ela bocejou mais uma vez parecendo cansada. “Vamos TaeTae.”

Tanto eu quanto ele deixamos nossos queixos caírem. Ela estava falando isso mesmo? Anos cantando com o volume absurdamente alto deveria ter ouvido minha audição, só pode.  Ela tinha me escolhido?! Era quase como se eu estivesse sonhando, mas pelo o que vejo não estava.

Recompus-me e olhei para o manager que estava com o queixo quase no chão.

“Você deveria me agradecer por isso.” Disse apontando minha mão livre para o seu pescoço e puxando Tiffany com a outra.

Ele franziu o cenho e procurou alguma colher para olhar o que eu estava falando sobre o pescoço dele. Sim, lá tinha uma marca de chupão, provavelmente hoje ele tinha feito algo o mais do que trabalhar.

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Apesar dela ter decidido dormir comigo ela tinha uma expressão desconfiada pra mim, de alguma forma era estranho dormir virada pra ela.

“Calma, não é como se eu fosse te abusar.” Disse calmamente fechando os olhos, e nem conseguiria se quisesse. Andei o dia todo basicamente por meia Seoul procurando um bolo perfeito, procurando algum lugar nesse mundo que tinha o filme para comprar e achasse um presente que agradasse ela. E eu não sou boa com presentes e muito menos em escolher coisas que o cachorro deveria sim ou não usar. Além de sair rua a fora correndo atrás de um cachorro que jurou ficar parado enquanto eu comprava um sorvete pra mim. No fim do dia, morta era o que me definia perfeitamente.

Senti uma mão se entrelaçar na minha de uma forma fraca e sutil, com o mínimo de força que eu tinha abri os olhos e vi em meio ao escuro que uma lagrima rolava no rosto de Tiffany. Eu tentei mantê-los abertos, até tentei falar algo, mas o sono tinha me dominado por completo.

Naquela noite eu tive um sonho, um belo e doce sonho.

Eu lembrava poucas coisas, mas as que eu lembrava era marcante. Senti uma mão passar sobre meu rosto usando seus dedos para acariciar a minha bochecha, o toque era terno e calmo se repetindo varias vezes até que senti lábios encostarem-se aos meus, ela apenas um selo de leve, mas o suficiente para que eu sentisse um pouco de dor e sentimento naquele ato.

Tentei abrir meus olhos, e o pouco que consegui, vi que minha cama estava vazia. Talvez fosse realmente um sonho, mas mesmo assim a frase dita ecoava da minha cabeça.

“Eu queria que fosse mais uma mentira, mas eu ainda te amo TaeTae.”

 

 

 

 

 

 

 

 

N/A. Um capitulo cheio de TaeNy para vocês. Quase uma overdose.

Espero que tenham gostado porque o proximo vai demorar. Ainda tenho que fazer Triple Love, mas estou enrolando keke

Não esqueça de me amar comentando ou vindo aqui em casa me dar um beijo assim como a Beta pretende fazer UDIAHSDIHASUID -não

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Thank you!
Anaforever
Vou responder vocês agora :3

Comments

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lysanna #1
Chapter 23: Como eu tenho saudades dessa fic
daniela1894 #2
Chapter 23: por favor continue a fic,
taeny é para sempre
Camila79496 #3
Chapter 14: Por favor acabe com khunfany. Odeio ver Tae assim , prefiro Taeny!
Camila79496 #4
Chapter 19: Espero que poste rápido a próxima parte, estou ficando louca com a Tiffany e com pena de Taeyeon. Beijos,
ChoiSooyS2 #5
Chapter 23: Ana eu nao sei se a sua raiva com a Fany ainda ta ativa, mas se nao tiver porfavor atualiza a fic. To pirando. Todo dia entros no site pra ver se voce atualizou. Nao so essa mas atualiza Puppyeon tambem! Porfavorsinho *--*
laysa-arielly #6
Chapter 23: Quem sabe um dia.... Essa fanfic não atualize... E passe a fazer parte da minha vida novamente... /cry
Evelen #7
Ainda estou a espera da continuação. ATUALIZE POR FAVOR !!!!!!!!
hwangkim #8
Chapter 20: CADE A CONTINUAÇÃO?
lu_shiira #9
Chapter 23: Por favor na1 faça KhunFany eles na1 são algo real pra mim,isso me deixa mal de alguma forma.Vc escreve caps. muito triste com a Tae e acho que ela merece um bom final,isso na1 seria algo justo com todos nós,apesar de a fic ser sua... Por favor Unnie na1 seja alguém má e termine com TaeNy...atualize logo,eu amo ler essa fic...