[Depois de três semanas e tal, eu decidi postar, whuut~.

Yep, em dois dias postei 2 capitulos, aplaudam, pf. Peço desculpa a aqueles que deixei à espera.

Dependendo das views vou postando mais capítulos, por isso, deixem o vosso comentário, gostaria de saber o que estão a achar até agora.

A vossa opinião é importante. Cheers!]

MinAh seguiu o meu olhar.

Yongguk, de pé do outro lado do refeitório, deve se ter sentido observado, pois olhou também para nós.

Afastei o meu olhar fingindo-me indiferente e MinAh riu. “Achas piada?” Reclamei incomodada com a sua diversão.

“Gosto dessas vossas reações.” Respondeu tomando outra dentada do seu lanche. “Para ser sincera eu não sei o que te incomoda. Ele é adorável.” Disse timidamente.

Fiz uma cara de desgosto, relembrando-me do tipo de rapaz que lhe agradava. “Certo.” Respondi secamente. “Podes ficar com ele.”

Bebi o resto de sumo que tinha no fundo da lata e levantei-me para me dirigir à sala onde teria a próxima aula. Ainda faltava algum tempo antes de esta começar mas não me apetecia estar no meio da confusão. E a conversa estava tudo menos interessante, deste lado.

Segui pelos corredores vazios e entrei na sala, rapidamente me sentindo arrependida. Caminhei calmamente até à minha mesa tentando ignorar a presença da outra pessoa. Sentado na mesa antes da porta estava a pessoa que em poucos dias se tornou a mais insuportável nesta escola. Leo.

Sentei-me e retirei da mala um livro que estava a ler. Pelo menos aqui conseguiria um pouco de silêncio. Isto, até o resto da turma começar a entrar, aí podia esquecer qualquer plano de fugir à confusão e barulho.

Ouvi a porta abrir violentamente seguido do embater com a cadeira atrás dela. MinAh entrou apressadamente, corada. Provavelmente teria corrido atrás de mim.

“O que queres dizer com... eu não…” começou atrapalhada, sem fazer qualquer sentido. “O Yongguk... tu sabes. Mas.. “ tentava falar, com falta de ar “Eu não sei se... Quer dizer... Não digas esse tipo de coisas.” Recompôs-se.

Leo, que se encontrava na sala desde que entrei, levantou-se da cadeira já marcada pelos embates da porta e fechou o livro que tinha à sua frente. Ajeitou o uniforme, irritação mostrando-se óbvia na sua cara.

“Talvez devesses mudar de mesa.” Disse na tentativa de escapar da conversa com MinAh, que já me deixava desconfortável.

MinAh olhava para o rapaz que guardava o livro, obviamente surpreendida por o encontrar ali. Ou talvez surpreendida por não ter reparado na sua presença antes de abrir a boca.

“Acho que têm assuntos mais interessantes para falar.” Ele respondeu secamente, olhando apenas para MinAh e abandonando a sala de seguida.

Começo a achar que o que se passa ali é mais do que um simples amor platonico da parte dela, mas voltei a sentar-me, ignorando a minha desconfiança. Não era nada da minha conta.

Estava a distrair-me com assuntos triviais. MinAh rapidamente me acompanhou, sentando-se ao meu lado, agora sem a habitual cara sorridente.

“Queres falar?” Perguntei, sem tirar os olhos do meu livro.

Minah suspirou profundamente e negou e rejeitou num tom indiferente.

Não quis insistir e continuei com a minha leitura, em silêncio, até o resto da turma começar a chegar.

No meio da confusão já se ouvia vozes assumindo que o professor não iria aparecer. Cinco minutos após o toque que assinalava o início do período de aula já começavam a arrumar as malas. O primeiro aluno já se levantava da sua mesa quando a porta se abriu para dar entrada a uma linha de pessoas que se juntaram ao fundo da sala. O professor, que vinha atrás deles continuou até à sua mesa, aclarando a garganta para chamar a atenção da turma.

“Como vocês sabem...” começou, retirando da sua mala umas folhas que espalhou pela sua secretária “estando no segundo ano de universidade, e como alunos exemplares” sorriu ironicamente “vocês já devem ter em mente o vosso objetivo para a próxima etapa.”.

A turma estava agora em completo silêncio. “A nossa escola tem como oferta no seu currículo, a opção de um estágio para aqueles que se mostrarem merecedores. Como nada é oferecido, notas exemplares e trabalho polido ditarão os recompensados.” A porta da sala abriu-se novamente mas a atenção estava agora no homem que falava “Portanto eu trouxe comigo, hoje, seis alunos do terceiro ano para trabalhar convosco.”

“A escola apoia o espírito competitivo dos nossos alunos e como tal, oferece a cada vencedor um estágio. No vosso caso, como se trata de um curso de Gestão, têm a oportunidade de estagiar em uma de quatro grandes empresas.” – Disse escrevendo quatro nomes no quadro – A sala encheu-se se “Ohhs” e “Ahhs”
“Mas como sabem, apenas quatro alunos por turma terão essa oportunidade.” A turma estava agora em completo êxtase. Quem não estaria. Um estágio em qualquer uma destas empresas abriria muitas portas. Com sorte, já nem precisava de procurar para além dela.

“Muito bem, os pormenores serão dados mais tarde, e sendo eu, por razões óbvias, o vosso professor favorito, trouxe uma ajuda. – Sorriu - Serão então formados seis grupos de quatro alunos. A cada grupo será designado um sunbae que ajudará na preparação para a avaliação.” Parou enquanto voltava à sua mesa e pegava os papéis que nela tinha pousado há poucos segundos. Assinalou aos alunos que se encontravam, ainda de pé, no fundo da sala para se juntarem a ele. Rapidamente estes se aproximaram e formaram uma linha à nossa frente.

Seis alunos...

“Silêncio. Não se exaltem, não são vocês que escolhem. Como eu estava a dizer. A cada grupo será nomeado um destes alunos como ajuda...”

E eu reconhecia um deles.

“Formem os vossos grupos de acordo com o vosso objetivo e juntem-se, “ Continuou, enquanto entregava os papéis aos alunos mais velhos. “Têm cinco minutos.”

Um zumbido de vozes elevou-se. A única pessoa que via agora era Yongguk. Este, abstraído de tudo, falava com o professor.

Suspirei de desconforto e observei alguns alunos subir até ao quadro alinhando-se em frente do nome da empresa consoante as suas escolhas. Daesun Technologies, Kwon Group, LeeSool Enterprises ….

“Daesun não seria má escolha… Daesun tem boas condições e nunca sofreu nenhum escândalo…” mordi o lábio concentrada. Ajeitei-me na cadeira como se isso me organizasse as ideias.

MinAh levantou-se e juntou-se às pessoas que já se haviam agrupado à frente de “LeeSol Group”. Sorri, satisfeita ao perceber que não arriscaria medir forças com a única pessoa com quem havia criado algo parecido a uma amizade.

Levantei-me e subi ao estrado até me encontrar com o grupo de pessoas que competiria comigo pelo estágio. Forcei um sorriso para os meus novos “colegas” de grupo e olhei para MinAh que parecia divertida com os seus. Suspirei, numa mistura de alívio com nervosismo.

O olhar dela cruzou-se com o meu e rapidamente me deu um sorriso reconfortante. Tentei sorrir de volta mas rapidamente perdi a vontade, ao ver Leo juntar-se à fila atrás dela.

MinAh olhou-me confusa e franziu o sobrolho. Tentei desviar a atenção mas esta já se virava para perceber o que causara a minha reação.

Esperei o pior.

POV de MinAh

Olhei para trás apenas para encontrar a pessoa que mais temia ver neste instante. Leo escolhera Kwon Group, tal como eu esperava. Apenas não previra que o fizesse mesmo tendo eu feito a mesma escolha.

Vendo-o concentrado nos papéis que o professor entregava os meus lábios pressionaram-se involuntariamente e eu suspirei. Voltei o olhar para o grupo de Sara.

Daesun era a minha segunda opção, mas não tinha outra escolha. Estar no mesmo grupo de Leo não beneficiaria nenhum de nós.

Sara olhava para mim com um sorriso apologético. Havia feito a minha escolha. Dei dois passos para me juntar a ela antes de ser parada abruptamente. A minha atenção voltou-se para o meu pulso e para a mão que o agarrava.

“Não estás a pensar mudar de grupo…?” Ele disse num tom de indignação.

“Não percebi…” fingi, ouvindo o resto do grupo começar a sussurrar. Os meus olhos estavam no meu pulso, onde eu sentia o aperto e uma sensação quente, como se o seu toque na minha pele queimasse.

“Os outros grupos já estão completos.” Leo disse baixando mais a voz. “Mais vale ficares aqui.” Continuou quase num sussurro e soltou-me.

Encontraria alguém para trocar de lugar comigo, pensei. Não respondi e afastei-me mais um passo antes de ser novamente presa. Desta vez o aperto no pulso não me dava hipótese de me soltar.

“Taekwon, eu não quero ficar.” Disse friamente encarando-o de uma vez.

O seu rosto contorceu-se e apercebi-me do que tinha dito.

“A escolha é minha.” ignorei a sensação do meu coração a afundar.

"Os grupos estão feitos, estão todos a olhar para nós, estás a piorar a situação ao mudar de grupo apenas por eu me juntar. Estás a ser dramática." sussurrou num tom irritado.

"Leo..." tentei.

“Taekwon.” Ele interrompeu no mesmo tom frio que eu usara com ele a poucos segundos “O meu nome é Taekwon.”

Já não conseguia trata-lo da mesma maneira. Por muito tempo ele teria sido Taekwon para mim… “Mas esses dias já passaram.” Pensei, sentindo um nó na garganta.

“Leo eu não vou competir contigo.” Forcei a minha voz a sair.

Taekwon havia desaparecido há muito, tudo o que restava era apenas a imagem daquele rapaz, tudo o que via agora, tudo o que me forçava a ver… era o mesmo que toda a gente via, o Leo.

“Desde quando foges de uma competição?” Olhou-me nos olhos, soando irónico.

Eu sabia o que ele estava a fazer. E não ia resultar. Eu não ia deixar isto acontecer de novo, por mais que me custasse.

“Não percebes,” inspirei fundo e tentei impedir a minha voz de falhar “não és competição para mim.”

Leo não esperava esta resposta. Algo assim vindo de mim. Leo nunca esperou que eu pudesse dizer algo assim… Não a ele.
Por mais frio que ele se mostrasse, Leo nunca esperou que os papéis se invertessem desta maneira. Sempre esperou que eu fosse a frágil.

O seu sorriso matreiro apagou-se e senti o calor da sua mão desaparecer do meu pulso. Afastando-se ligeiramente, Leo soltou um riso amargo e escondeu as mãos nos bolsos do seu uniforme.

Forcei as lágrimas que sentia a acumular a manterem-se escondidas e virei as costas, para me juntar a Sara.

“Não vale a pena.” Ouvi-o dizer, quase num sussurro. Mas sabia que ele o tinha dito para eu ouvir.

Não iria responder. Iria seguir em frente.

Sara olhava-me seriamente, provavelmente perguntando-se o que teria acabado de acontecer.

“Parece que vamos competir.” Tentei soar animada.

“Parece que sim.” Ela disse, tentando aliviar o ambiente e colocando um braço nos meus ombros.

Não olhei para trás.