Negócios.

Sede de vingança.

Capítulo II - Negócios.

Parte I 

No outro dia de manhã, Tae Min He saiu a negócios, estava vestido com mais um terno caro só que de um jeito diferente dessa vez, mais despojado e menos sério. Ele caminhava pela cidade exibindo seu charme e sensualidade, escutou quando seu celular tocou, era Lee Hyung, amigo de muitos anos e companheiro de "trabalho". Hyung quando pequeno o enfluenciou a se tornar o que ele é hoje, ainda na escola o dizia para não deixar barato quando Tae Min era cobaia dos xingamentos de seus colegas de classe, que o culpavam por não ter pais. Logo, os conselhos de Lee foram colocados em prática, Min He agrediu um dos meninos que o atormentava todos os dias na aula, Lee Hyung admirou a habilidade que seu amigo teve para se vingar e desde então não saiu de seu lado. Continuou assim por muito tempo até Lee se mudar para New York onde abriu uma boate, se tornou rico e conhecido por muitas mulheres. Mesmo pela distância, Hyung já foi cúmplice de diversas armações de Tae Min He, o ajuda sempre com "utensílios" que só ele sabe como conseguir.

- Já posso organizar os preparativos para a festa ? Perguntou Lee do outro lado da linha rodeado por mulheres enquanto bebia uma taça de champanhe.

- O plano não deu certo, parece que a mulher dele, a Sra. Chansung, morreu de ataque cardíaco.

- Droga, cara. E agora ? Sabe como foi difícil te colocar na lista da festa ? Só foram convocados os mais próximos da família Chansung.

- Eu já sei disso, e não se faça de coitado, com dinheiro se consegue tudo.

- E quanto custa um novo plano ? Porque vai precisar de um rápido, antes que ele viaje a trabalho.

- Ainda não tenho um plano B, mas terei tempo pra pensar. Parece que ele cancelou a viagem pra ficar uns dias com a família de luto e ...

Dois homens vestidos de terno e com óculos pretos o interromperam o surpreendendo por trás, taparam sua boca com um pano e o arrastaram desmaiado até um carro próximo dali. Depois de algumas horas desacordado, Min He recupera a consciência e percebe que está com uma venda nos olhos, sem camiseta e com os pés e mãos amarradas a uma cadeira, desesperado tentou se desamarrar e sem êxito falhou, ele estava confuso, eram tantos motivos para estar ali que ele não conseguia escolher somente um, desistiu de tentar se desamarrar e se concentrou em apenas aguçar seus ouvidos.

Ouviu a porta se abrir e alguns passos vir em sua direção, logo após um objeto foi raspado no chão, era um taco de beisebol que irritou a audição de Tae Min. O homem com uma voz rude e irônica o disse : - Tae Min He. Dormiu bem ?

- O que foi dessa vez ? Descobriu o caso que eu tinha com a sua mulher ?

Min He não resistia a tentação de provocar seus perseguidores, o homem furioso o golpeou no lado esquerdo de seu rosto com o taco tirando um sorrisinho perturbador de Min He.

- Quem faz as perguntas aqui sou eu, você apenas responde. Indagou o homem.

Tae Min seria capaz de matá-lo se não fosse aquelas cordas e a covardia que o indivíduo parecia ter. Entendeu que estava sem opções e apenas concordou com o homem que continuou com as perguntas.

- Aonde aprendeu a se defender ? Trabalha para a polícia ?

- Aprendi sozinho. Polícia ? Não acho que eu seja um cara adequado para seguir leis.

- Então quem é você ?

- Um seqüestrador sempre deve saber essa resposta. Se não sabe quem eu sou porque me raptou ? O que eu fiz dessa vez ?

- Arruinou os planos do chefe e atrapalhou quando um de nossos homens ia matar uma jovem. Consegue se lembrar ou espera que eu refresque sua memória ? Ele passou mais uma vez o taco no chão para encabulá-lo.

- Você respondeu minha pergunta, isso contraria o que disse agora a pouco.

O homem impaciente o golpeia novamente só que mais forte fazendo um ferimento no lado direito de seu rosto.

- Sem gracinhas, eu não sei o que deu no chefe para gastar o tempo dele com um idiota, mas ele quer fazer um acordo com você.

- Acordo ? Gosto dessa palavra, ainda mais com uma boa quantia como "gorjeta".

- O agrado será de 1 milhão. O que acha ?

- Negócio fechado.

 

Parte II 

Alguns homens o puxaram em um longo corredor e o empurraram para dentro de uma sala. Quando percebeu que estava sem interrupções se desamarrou e tirou a venda dos olhos, quando olhou ao seu redor percebeu que a sua frente depois de uma mesa comprida estava um homem baixo e não muito velho, seus olhos estavam fixos em Tae Min.

- Sente-se.

- Quem é você para mandar em mim ? Perguntou Tae Min He o encarando.

- Isso não é da sua conta, bastardo. Apenas se sente!

Min He sem opções se sentou na cadeira a frente e o homem começou a falar enquanto se aproximava com uma pasta vermelha em sua mão.

- Tenho um serviço para você. Ainda não tenho certeza de que você é adequado para o trabalho, portanto terá mais de uma missão. Aqui estão os dados de quem eu quero que mate para mim.

Assim que terminou de falar ele entregou a Tae Min aquela mesma pasta.

- Matar ? Acho que ...

- Devo oferecer 2 milhões ? Interrompeu o homem.

- Talvez 10. Zombou Tae Min He.

- Não brinque comigo. Se você não aceitar, tem muitos que podem ficar com o seu cargo.

- Tenhamos calma. Quem será a vítima ?

- Abra a pasta, tem uma foto da moça aí dentro.

- Quem é ela ? Perguntou Min He surpreso ao reconhecer a jovem da foto. Era a mesma moça que ele havia dado carona antes que a visse chorar no cemitério, aquela mesma moça que ele havia se identificado antes, ele teria de matá-la e a proposta era tentadora.

- Alguém que te deixará rico. - Respondeu o homem. - Amanhã entraremos em contato com você para saber de sua decisão.

Os seguranças entraram e o levaram até a porta do enorme lugar, enquanto passava por muitas salas vazias percebeu que o lugar estava em más condições. Ele foi jogado para fora como um cachorrinho e suas coisas vieram logo depois, o lugar onde estava era uma empresa abandonada no meio do nada, já era noite e estava tudo escuro. Min He percebeu que seu carro estava estacionado a alguns metros dali, sem nenhum arranhão.

Com um corte no rosto e dores pelo corpo, a indecisão e os pensamentos atormentavam Min He. Tirou um cigarro e o acendeu com um isqueiro que sempre guardava no carro, acelerou e depois resmungou para si mesmo o que o incomodava de um jeito que ele não entendia:

- Você não a conhece. São apenas ... negócios.

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