Erased

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Description

Após uma separação, as coisas mudam radicalmente e já não é possível manter-se junto para sempre como um dia o trio planejou. Enquanto HyeUn se preocupa em conseguir esquecer parte de seu passado, assim como seu vizinho e melhor amigo, ChanYeol, LuHan é quem não precisa se preocupar com isso. Enquanto continuam seus caminhos, com passos determinados, acabam voltando todos ao mesmo lugar onde seus corações sempre estiveram. Ali, na capital Seul, onde um dia tudo aconteceu, é onde HyeUn, ChanYeol e LuHan tem a oportunidade de se reencontrarem, se conhecendo outra vez. 

[LuHan X OC | Drama e Romance | Tragédia] 

Foreword

YUNIE

Aquele inverno marcou os piores, mais angustiantes e torturantes meses de toda a minha vida.

Três anos de isolamento e em seguida longos meses de sofrimento. O frio que tanto me agradava, desta vez, me agredia severamente. Imobilizava-me como se mostrasse que eu era fraca e não podia fazer nada para ajudar, não podia fazer absolutamente nada.

Àquele quarto de hospital acinzentado, monótono e estressante, eu só tinha acesso duas ou três vezes por semana.

Poder estar lá por tão pouco tempo talvez fosse certo, talvez fizesse sentido, como uma punição. Ou talvez, se eu pudesse permanecer mais, acabasse sendo uma punição ainda maior. Pior para mim.

Eu não conhecia aquela mulher e aquele homem muito bem. De todo o tempo que eu os conhecia, havíamos nos falado poucas vezes. Mas não tinha uma impressão ruim sobre eles. Eu achava que eles só queriam ajudar, eram boas pessoas, mas aquele senhor me pedia para ter calma excessivamente, como se quisesse me parar, como se eu pudesse fazer algo ruim. Isso me aborrecia.

Aquele lugar, aquela situação, eram parte dos meus piores pesadelos. Mas eu merecia me torturar com a cena, o rosto jovem adormecido, sua pele pálida e desesperadoramente quase sem vida, extremamente frágil. Eu merecia sentir aquela enorme dor em meu peito. A culpa. Pois eu deveria estar em seu lugar, eu queria poder estar, mas não estava.

Não poder ver seus olhos abrirem e me encararem com doçura, não ouvir sua voz afagando meus ouvidos. Mesmo que fosse meio a uma discussão, ainda tinha aquele tom vívido e ao mesmo tempo suave, que me agradava muito. Eu não sabia o que era pior, estar ali o observando fraco e desacordado, ou fora dali ansiando sua melhora.

Cada dia parecia tomar esperanças de mim. Cada palavra que aqueles, vestidos de brancos, de olhares penosos me diziam parecia um decreto infeliz. Um decreto de que eu estava pagando por não seguir o que meu coração me pedira, me implorara.

O que suas palavras diziam a mim era que aumentava a cada dia a probabilidade de uma possibilidade terrível. Minha punição. Eu já podia senti-la chegando para me torturar, como eu merecia.

Mas mesmo que essa possibilidade, de perder o que eu mais precisava naquele momento, fosse tão grande eu continuava todos os dias esperando que a minoria dos números vencesse. E que então me dissesse que eu estava perdoada por ser tão estúpida e que eu tinha uma segunda chance.

Eu esperava por ele, ansiosa para vê-lo se levantar, andar até mim e dizer que me odiava, ao menos isso. Ver o quanto ele estava mudado depois do tempo que estive longe. Ele daria um soco em meu ombro e falaria calmamente que por mais que estava com raiva, chateado por minha causa, havia sentido minha falta. Me abraçaria.

Mas isso tudo aconteceu apenas em minha mente aflita e desesperada por um encontro que nunca veio a acontecer.

 

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