Nos Embalos de Sábado à Noite
Amor a Três - Uma Coleção de OneshotsA música estrondava, mas Hyoyeon não parecia se importar tanto já que volta e meia gritava para a banda que se apresentava a ponto de estourar os tímpanos de quem estivesse por perto, essa pessoa sendo claro, Sooyoung. A morena abraçava a loura por trás e recostava o queixo em seu ombro. Então agora não somente tinha dor nos ouvidos pelos gritos repentinos de uma Hyoyeon já um tanto bêbada mas com coração de mãe aberto para mais, como ela também estava começando a ficar com certa dor nas costas por ser forçada a se curvar na citada posição. Ela sempre quis saber como seria ser a menor numa relação e poder ser ela a ser aconchegada, reconfortada, mas...
“Yahoooooooooooooooooo”
Mas... Sacode a cabeça para voltar ao raciocínio. Que fazer se era das baixinhas que as Sooyoungs gostavam mais?
“Vou pegar uma bebida, ok?” Diz em seu ouvido, um tanto alto para se fazer ouvida estando perto das caixas de som. Hyoyeon concorda dando-lhe um beijo e claro, pedindo que traga mais uma garrafa. Sooyoung promete, afinal comemoravam dois meses juntas naquele dia. Aniversário, e sabe como são as comemorações.
Chega ao balcão e faz seu pedido, sentando em um banco e esperando a garrafa chegar.
“Sooyoung?”
Primeiro Sooyoung paralisa na posição em que se encontra, o olhar sobre o balcão e os ouvidos tendo a certeza que ouviram coisas. Essas coisas se parecem muito com a voz... “Que está fazendo aqui?” Raivosa de Sunny. Em segundo ela ergue os olhos, somente os olhos, o resto do corpo paralisado. “O que está fazendo aqui, Choi Sooyoung?”
Pergunta mais alto, e os olhos de Sooyoung expremem-se levemente, percebendo que ali, bem ali, personificada em Sunny, está São Pedro chamando-a para o Céu. Ela vai morrer. Salta da cadeira, gira os braços teatralmente em sua frente a la pinguins de Madagascar “Você não viu nada.” Diz, vendo o rosto da menor ficar tão vermelho quanto um pimentão, perigosamente vermelho. “Olha!” Grita, apontando na direção contrária, e pateticamente sumindo no meio da multidão.
“Ei! Volta aqui sua gigante do pé de feijão, temos contas a acertar!” Sunny grita, passando a correr atrás da mais alta. A garrafa recém pedida surgindo no balcão com um garçom muito confuso olhando de um lado para o outro.
Sooyoung corre entre as pessoas, sua vida depende de conseguir sair das vistas de Sunny. Depois ela poderia tentar explicar porque estava numa boate, mas no momento a única explicação que lhe vinha à mente é que comemorava os dois meses de namoro com a namorada que sua namorada não sabia que existia. Então... Ela corre. Corre e odeia correr. Suas longas pernas não foram feitas para corrida. Entra no corredor dos banheiros e não tem saída. Sai quase chocando-se contra ela e derrapando na escolha ligeira de outra direção. Sunny persegue-a despejando gritos e ameaças que Sooyoung tem absoluta certeza que a loura tem sérias intenções de cumprir. Amava demais sua pele, portanto, para permitir que ela a alcançasse agora.
Tenta passar por um corredor escrito bastidores, mas um grandão se coloca em sua frente, sua barriga sendo o suficiente para barrar a entrada. “Por aqui não pode.” Ele lhe diz e Sooyoung quase ri do nervoso, dá meia volta dando de cara com Sunny.Volta para o segurança dando-lhe um forte pisão no pé e entrando na área restrita. Vermelho de dor e fúria, o segurança está prestes a correr atrás não fosse por outra pessoa pulando em suas costas e agarrando-lhe firmemente o pescoço. “Só eu posso tentar matá-la” gira, e forçando-o a desequilibrar-se vai ao chão junto com o homem, levantando-se rapidamente e colocando um pé sobre seu estômago, levantando um V com os dedos da mão direita. Um flash de uma foto se vê na multidão, mas Sunny tem obrigações a cumprir. Dispara para a área restrita.
O show estava perfeito e Hyoyeon se incomoda com duas coisas: a primeira, que sua garrafa parece não chegar nunca, a segunda que sua namorada estava perdendo todo o show com ela e não era esse o combinado. Bebera amargamente o último gole da garrafa que tinha em mãos e observa, de sobrancelha erguida, um vulto gigante passar pelo palco por trás da banda. “Socorro!” o vulto grita, e ela tem certeza de já ter ouvido esse grito de algum lugar... Parecia muito com Sooyoung em suas sessões de o selva... Outro vulto, menor, bem menor, ela deve frisar... Menor que ela inclusive. Como alguém pode ser menor ainda que a Taey... “Volta aqui, Everest.” Grita, e Hyoyeon escuta muito bem. Eve... Aquele era SEU Everest! Deixa a garrafa em cima de uma mesa qualquer, seu olhar determinado dizia que era hora de falar a sério.
Corre para o palco e quando um segurança tenta barrá-la um soco no queixo o leva para o mundo dos sonhos. Sobe o palco, corre, desaparece. Volta segundos depois no entanto, puxando a cantora para um longo beijo em seu rosto. “Sou tua fã, cara!” Diz, antes de tornar a desaparecer com um segurança em seu encalço.
Sooyoung encontra escadas e tudo lá em cima parecia bem escuro, perfeito para ela. Olha para trás, o rosto lívido, e não vendo Sunny trata de enveredar pela escada rapidamente, quase tropeçando alguns degraus. Chega a um longo e negro corredor, um tapete vermelho e luzes fracas nas paredes. Ela estava... Onde achava que estava? O plano era ir ali com Hyoyeon depois, mas...
“Sooyoung!”
Um grito a distrai de seus pensamentos e olha aterrorizada para os quatro cantos tentando pensar em fúria qual quarto invadir.
Sunny havia chegado à base da escada e olhado para todos os lados tentando pensar para onde Sooyoung iria. Bares? Não, acabaram de vir de lá. Banheiros? Ela não se enfiaria num lugar sem saída. Bastidores do show? É, poderia ser, mas... As escadas... Aquelas escadas iam para um lugar muito interessante para Sooyoung resistir... Espreme os olhos. Os quartos! Dispara, agarrando o corrimão e subindo a escada tornando a gritar seu nome. Logo após ela, Hyoyeon ainda consegue ver vestígios do cabelo louro à frente, aquela que perseguia sua amada, decidindo por subir também a escada.
“Uni Duni Tê, Salamê Minguê...”
“Sooyoung!”
“Escolhi você!” Sooyoung termina em pânico entrando na primeira porta em que seu dedo parou, fechando-a e colando seu corpo à porta. O coração na boca. Um gemido surgiu do interior do quarto escuro e um sorriso de canto emergiu dos lábios da morena que já contava com a possibilidade de assistir de camarote a algo o. Mas forçando a vista o que viu foi uma saleta vazia, mas o gemido continuava... Olha para a porta ao lado, devia dar para o quarto, mas o gemido vinha da direção contrária... Olha para a direita e quase se agarra à lamparina do susto. Um vulto sentava em uma cadeira no canto do quarto, era ela a fazer os murmúrios. Aproximando-se mais, pé ante pé, Sooyoung nota que conhecia a garota... Era... Era... Jessica?
“Quem fez isso com você??” Exaspera, jogando-se à cadeira e tirando-lhe a mordaça.
“Eu mato elas, juro que mato.” Jessica cospe quando finalmente consegue falar.
“Elas quem?”
“Quem elas? Quem mais? Taeyeon e Tiffany!” Rosna.
“Elas fizeram isso com você?” Pergunta, vendo-a algemada à cadeira.
“Acharam divertido me prender aqui enquanto se divertem. Querem que eu as ouça se divertindo, acredita nisso? Vou torrar aqueles cabelos quando soltarem minhas mãos, ah vou...”
“Mas eu não estou ouvindo nad...” Uma Sooyoung confusa começa a ouvir novos gemidos, e dessa vez eram do tipo que ela esperara ouvir anteriorm
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