25 de Abril, um dia em que toda a nação comemora, e sai a rua, eu nao sou mais que ninguem e e obvio que vou aproveitar este dia pra estar com quem mais gosto e pra conviver um bocadinho, e foi por isso que eu e a minha trupe maravilha decidimos ir ao Seixal ver o fogo de artificio e comer um churros, aquelas coisas que so fazem e mal mas que sao tao boas.

Chegamos ao nosso destino, encontramonos com todos e mais alguns, parecia que toda a gente se conhecia por meio de alguem, encontrei pessoas queja nao via a algum tempo, e conheci pessoas novas, e ate fiquei contente comigo mesmo, para uma pessoa timida coo eu sou, conhecer pessoas novas sem fazer figura de arvore de natal despida, e de merecer uma salva de palmas.
Apesar de estar concentrada em nao fazer figuras, em me divertir e de conhecer pessoas novas, la no fundo a minha cabeça so pensava numa pessoa, eu tinha a certeza absoluta, tinha assim um dedinho que divinhava, que eu era capaz de o ver, tudo me dizia que o ia ver esta noite, por um lado era tao bom ver aquela cara mais uma vez, por outro lado eu sabia qe ia ficar apanhada o resto da noite e que nao ia pensar em mais nada se nao na cara dele. Foi quando nesta onde de pensamentos, que oiço a Barbara- Sara- e eu , pronto e agora, e olhando a minha volta, nao e que ele me aparece a fente, aquela carinha angelical, aqueles olhos rasgados,  o cabelo semi alaranjado e aquele maldito gorro preto, e aquele piercing, na sua boca carnuda. E avora o que e que eu faço? Sinto o coraçao a mil nao saiu do sitio, com o churro na mao, ja sem tocar, parada a olhar para aquela visao, e a ver aquele vulto lindo e alto a vir na minha direçao, senti os seus passos cada vez mais perto, ate que a sua cara esta a um metro de distancia da minha, mas e claro que ele nao me vem comprimentar a mim, mas sim os meus colegas, mas mesmo assim, nunca estive tao perto, ao olhar pra tras, e em volta, enquanto o via a comprimentar toda a gente, sinto um braço dele a roçar no meu- oh senhores- era um braço, um braço, por amor de deus toda a gente tem braços, ai mas nao sei, e um braço, percebem-me? Um braço que se calhar ja nem sequer vai voltar a estar tao proximo do meu. 

Ao vê-lo afastar-se, vislumbro as suas costas, e mais uns pequenos olhares que ele manda para o meu grupo, eu sei que nao sao pra mim, mas ca no fundo eu apenas olho e fico a pensar, que aquilo e ele a retribuir, a fazer aquilo que eu tanto queira que acontece-se, apesar de saber que sao tudo coisas da minha cabeça.

Eu definitivamente nao estou bem, fico assim por uma pessoa que nao conheço, que nunca na minha vida falei com, apenas que vejo ao longe, eu nao posso estar bem , ninguem fica assim so com um olhar, ate parece coisa de filme, daqueles filmes onde a actriz principal, e aquela menina que tu olhs e que dizes, ela e tao bonita, ou ela tem uns olhos lindos, mas que la no fundo ela nao se sente assim, e que sabe que pessoas como estas apenas sao miragens, vultos, que ela pode apenas olhar e apreciar o seu andar, as suas roupas, o seu olhar, ao longe, pois por dentro, ela ja sofreu tanto que nao sae sente sequer capaz de fazer de fazer nada se nao isso, um pequeno e inocente olhar.