Assim que abri ele entrou de rompante, tapando-me a boca com força, inclusive magoando-me.

- Querias mesmo destruir-me não era?! Acusava-me ele. Chamas-te atenção de todas as pessoas ali, estando sempre a olhar para mim. Continuava ele, sem nunca me deixar falar.  Nunca vou perdoar-te! Disse completamente perturbado, seu olhar expressava raiva e dor ao mesmo tempo. Desde o momento que ele tinha entrado naquele quarto, tinha perdido todas as minhas forças, lágrimas começavam a cair pela minha face dando lugar a velha frágil Yun. Ele recuou um pouco e largou-me assim que percebeu que agora chorava, levou as mãos a cabeça como se arrepende-se de ter ido inclusive ali. Ia sair quando finalmente recuperei a minha postura.

- Magoar? Queres falar sobre isso? Destruição?? Contra ataquei. Foste tu que me destruís-te, usas-te-me e deitas-te fora, Acusei-o

- Tu traíste-me! Não só naquele momento como depois, juntas-te a eles, fizeste de tudo para prejudicar-me. Perdi dramas por causa de ti, Beast perderam  TV shows por causa de ti. Queres falar disso? Argumentava ele.

- Porque será que fiz isso tudo! Chamava agora atenção dele para o que havia acontecido.

- Não vou perder meu tempo aqui. Avisou ele recuando para a saída.

- Foge é o que melhor sabes fazer. Atirei a cara dele. Ele voltou-se para mim e avisou

- Se não fosses mulher....

- Batias-me!? HAHAH..Ri-me

- A vontade que tenho é essa! Depois de tudo o que nós estas a fazer. Continuou ele acusando-me

- Para! Gritei atirando um pente que estava na mesa ali. Calhou exactamente no peito dele, ele baixou-se e pegou partindo depois o pente em dois pedaços.

- Este tempo todo evitei falar contigo, evitei aquele jardim para nem me cruzar contigo, vou continuar a evitar. Disse atirando os pedaços do pente para cima da mesa. e Virando-se para a porta.

- Já muito antes disso ignoravas. Falas em traição, mas nem sabes o que isso é. O que fiz foi homegenar um amigo, um dos primeiros que fiz quando cá cheguei, o que fiz foi a pensar na minha amiga. Não! Não pensei em ti, posso ser egoísta mas traidora nunca! Disse olhando para ele no final

- Adeus Yun! Disse-me. Abriu a porta e saiu. Assim que saiu-o deixei-me cair e chorei, de repente ele abriu novamente a porta entrando, nem olhou para mim.

- Vem gente ai! Disse ficando de costas para mim, como se adivinha-se que eu chorava.

- Tá! Tentei disfarçar a voz a cara e levantei-me novamente. Inspirei fundo e voltei-me para encara-lo, ainda estava de costas para mim. Porque pedis-te o tempo? Perguntei o que sempre quis saber

- Só queria um tempo para pensar. Disse mantendo-se de costas mas baixando a cabeça.

- Pensar em que? Questionei outra das minhas perguntas listadas

- Em nós. Em como ultrapassar aquilo. Mas isso não importa mais. Aniyo? Respondeu-me encerrando o assunto ali

- Não havia nada a ultrapassar, não precisas inventar. Disse não acreditando nas desculpas dele

- Não inventei nada! Disse ele virando-se para mim exaltado agora. QUANDO VÁS PARAR COM ISSO?! Gritava ele irritado.

- NÃO TE ATREVAS A GRITAR COMIGO! Respondi-lhe no mesmo troco. Alguém possivelmente ouviu o barulho, pois agora batiam a porta. Ele afastou-se rapidamente dali e veio em minha direcção tapou-me a boca e levou-me para a pequena casa de banho que o quarto tinha. Trancou a porta e avisou-me

- Se alguém me vê aqui, se isto espalha-se que estava aqui contigo. Acabo contigo. Seus olhos eram minimamente assustadores, sem dúvida aquele Kikwang doce de antigamente tinha desaparecido. Ele estava agora tentando ouvir através da porta, enquanto com uma mão mantinha minha boca tapada. Levei minha mão ao braço dele, para destapar minha boca, ele olhou automaticamente para o meu gesto.

- Que aconteceu com o teu sorriso, com o teu olhar? Perguntei baixinho.

- Bom saber que o teu distúrbio de dupla personalidade ainda existe. Cala-te por favor. Pediu ignorando a minha pergunta e voltando a colocar o ouvido na porta.

- Teu sorriso era transparente, teus olhos brilhavam sorrindo juntamente, teu olhar era doce e meigo. Disse pensando nele no inicio. Ele olhava agora para mim seriamente. Desculpa! Distrai-me. Confessei tentando recuperar a minha frieza. Ficamos um tempo calados até que ele disse:
 

- As pessoas mudam com o tempo, talvez esse lado doce se tenha perdido.

- Pena! Era o teu forte. Elas devem sentir falta. Disse pensando que de facto eu sentia falta de ver aquele sorriso pelo qual me apaixonei. Ele olhava para mim reprovando o meu comentário.

- Não quero saber de ninguém! Disse, O que eu quero é minha carreira. Acrescentou

- Parece-me que tens de sofrer, competição aumentou. Disse apontando para mim. Aquele comentário irritou-o de tal forma, que ele empurrou-me contra a parede, senti minha cabeça bater violentamente contra o tijolo.

- Não brinques comigo. Falava ele severamente com toda raiva num tom baixo para não ser ouvido. Aquela pancada tinha me deixado atordoada que nem resposta conseguia dar, olhava para ele a agarrar-me com força, tentava lembrar-me do Kikwang do passado. Tu é que fizeste-me perder o sorriso! Acusava-me ele

- Kikwa..Tentava ultrapassar a dor e falar. Mas não conseguia, nossos olhares se cruzaram naquele momento,foi como se todo o nosso passado juntos tivesse ressuscitado em mim, chorava agora pelo que tinha perdido.

- Não percebo porque choras. Disse empurrando agora minha cabeça contra a parede, desviando o olhar. Sem querer responder e nem conseguir controlar as lágrimas que caiam-me comecei cantando aquilo que em tempos tinha sido uma das nossas musicas.

Ouvir-->(http://www.youtube.com/watch?v=pp7Kxhacm5c)

"I can’t say anything else than I want to die
I can’t take on a life without you
I only wait for you to return
Now you are not here but
Please, I miss you so much, I love you"

- Não cantes por favor! Pediu ele. Olhei para ele, tentando perceber o motivo, mas assim que o fiz meu olhar parecia ter activado sua raiva novamente, pois empurrou novamente minha cabeça contra a parede mas desta vez olhava-me.

- Kiki..Solta-me! Pedi sem conseguir mais aguentar o que estava sentindo. Ele não o fez, Puxou-me com força, pegando em mim ao colo, colocando minhas pernas de volta da cintura dele  e novamente empurrou-me com força contra a parede, beijando-me intensamente. Pode sentir o sabor de sangue na boca, da mordida que me deu nos lábios. Não queria que ele parasse mas também não queria o desenvolvimento que as coisas estavam a ter. Rasgou-me a blusa que vestia, apoio-me contra o lavatório enquanto retirava o corpete que tinha vestido, colocou suas mãos sobre os meus peitos e apertou com força. Sentia que estava a pagar com juros tudo o que tinha planeado contra ele. Puxou a minha saia para cima, levantou-me novamente empurrando-me contra a porta e forçosamente continuou.

- Kiki espera aqui não. Pedia. Ele enfiou dois dedos na minha boca impedindo que falasse. Após me ter magoado de várias formas e assim que terminou, largou-me. Sem forças para me manter de pé, cai no chão e fiquei sentada nua, vendo-o sair sem dizer uma única palavra.

Fiquei ali sem conseguir mexer-me ou até mesmo raciocinar. Só conseguia mesmo chorar e assim o fiz durante horas.