Hey, RapMon here… I… I should have knocked
Black Eyes, Red HeartOkay, estou só a fazer o que a Boyoung pediu. Ela não queria que eu lhe pedisse desculpas? Então foi o que eu fiz. Eu sei que os rapazes até gostam dela, e a comida até que nem estava má, mas ela é I-N-S-U-P-O-R-T-Á-V-E-L! Quem ela pensa que é para me responder à letra? Eu sou mais velho que ela, exijo respeito! Acalma-te, God of Destruction, antes que partas algo no estúdio…
Comecei a trabalhar, a tentar escrever algumas letras novas, mas algo me estava a impedir de pensar.
- Importas-te? – olhei por cima do ombro, tentando meter-lhe medo, mas nada feito; ela continuava de pé a espreitar obstinada para a folha que se encontrava à minha frente.
- I’m curious, não posso? – perguntou-me rispidamente. Grr, só me apetece…ugh, aish! Ela e o seu Inglês irritante! Respirei fundo para me tentar acalmar e concentrar ao mesmo tempo, agarrando a caneta com ambas as mãos para me impedir de partir mais alguma coisa hoje.
- Vai-te sentar ali. Por favor… Estou a tentar ser simpático – ela permaneceu imóvel, trocando o seu olhar entre mim e a folha de papel. – JÁ! – gritei, apontando para o sofá.
- Arasseo, leader-nim… - respondeu-me ela em tom gozão, fazendo uma vénia desleixada e sentando-se no sofá. Voltei-me para a frente, e tentei concentrar-me na folha, mas sentia os olhos dela cravados nas minhas costas.
- Minhee-ssi… - comecei num tom irónico. – Tens alguma coisa a dizer, ou posso concentrar-me para tentar escrever?
- Não tenho nada a dizer, go ahead! Faz de conta que não estou aqui! – disse-me ela num tom sarcástico. Esta noite vai ser longa…
- Aish, jjinja… - resmunguei, voltando-me para trás na cadeira para encarar a rapariga. Ela até que é bonita, mas é tão irritante… - O que é que ainda estás aqui a fazer?
Ela inclinou-se para a frente, com o desafio no olhar.
- Vamos meter as cartas em cima da mesa: eu não te achei piada, e creio que o sentimento é recíproco, mas visto que vamos viver sob o mesmo teto durante uns tempos, temos que nos “suportar” – ambos suspirámos e atirámo-nos para trás. – Portanto, temos que fazer estas coisas raramente e responder com respostas curtas para a Boyoung e os outros pensarem que resolvemos as nossas diferenças, coisa que nunca vai acontecer, sejamos honestos. – ela virou a cara e murmurou – Além disso, estou mesmo curiosa para saber como fazes as letras.
- Porquê? – perguntei-lhe meio espantado.
- Porque as daquele monte eram mesmo boas… - acabou ela, afundando-se mais no sofá.
O quê?! Ela admite que sou um génio? Ah! Ahahahah! Mais cedo ou mais tarde isto haveria de acontecer, ela teria que se render perante a minha superioridade!
- Para uma tipa que não gosta de hip-hop e quer abolir o rap, até que tens olho para reconhecer os que são bons!
- Yah, o que é que o rap tem de especial? É só falar muito rápido, com ritmo e rimas no meio. Também eu podia fazer isso facilmente – oh no, you didn’t! Estava mesmo prestes a abrir a boca para lhe responder à letra, quando ela me cortou a palavra. – Mas as tuas letras são diferentes das que normalmente se ouvem por aí… Sim, é isso – acabou, olhando directamente para mim. Ela estava a ser honesta, notava-se perfeitamente. Quem nos visse iria pensar que até nos dávamos bem. – Como é que as fazes? Ensina-me!
- Ensinar? – esta pergunta é das mais estranhas que já ouvi. Ensinar? Como posso ensinar algo que vem de dentro? Ou tens talento para isso ou não tens! – Só
Comments