Feeling

Just Two Us

 

[ChangJo PoV’s On]

 

Saí de casa naquele dia depois de mais uma briga com meus pais, ficam tentando me levar a força pra conhecer o filho dos seus amigos de faculdade, por que eu deveria conhecê-lo? Corri para o ponto de ônibus, estava atrasado como sempre.

 

***

–ChangJo? Atrasado de novo? – O professor me olhou irritado. – Vai ficar com a limpeza da sala novamente.

 

–Eu não posso. – Disse enquanto me sentava na última cadeira da primeira fileira. –Eu tenho um compromisso.

 

–Não me importa! É o seu castigo. Se tinha um compromisso, por que não chegou mais cedo?

Bufei de raiva, dormir as quatro aulas seguidas, fui acordado por um ser alto e magro. Niel. Seu nome era Daniel, mas todo mundo o chamava de Niel, estava no último ano como eu, mas em uma sala diferente.

 

–ChangJo? Você dormiu de novo? Brigou com seus pais? Ficou de castigo de novo? E não vai poder ir com a gente para a pizzaria hoje? – Ele me encheu minha mente sonolenta de perguntas.

 

–Niel. Não preciso responder. Você descobriu tudo sozinho. A limpeza da sala é minha mais uma vez, o que me poupa tempo com meus pais. Eles querem me levar a um jantar esquisito, quanto mais longe eu ficar de casa, mais eu posso evitar esse bendito jantar. –Suspirei.

 

–Você precisa estudar ChangJo. A professora de dança falava de você outro dia. – Niel sorriu.

Niel tinha o sonho de ser cantor, e treinava muito para isso, vivia sendo convidado para abrir shows da escola e apresentações de dança, eu tentava de alguma forma ajudá-lo, mesmo tendo de certa forma o mesmo sonho. E se esse sonho estragasse a nossa amizade?

 

–O que ela disse? – Eu fitava a sala quase vazia e ouvia murmurinhos de meninas.

 

–Que você era ótimo, mas não o suficiente, Você precisa se esforçar mais ChangJo. Aonde quer chegar dormindo nas aulas e ficando quase sempre de castigo. Nem tempo de treinar comigo você tem mais.

O sinal tocou, e Niel saiu, as outras aulas passaram rapidamente, logo a sala estava vazia e eu precisava limpar aquilo, comecei a arrumar bem cedo, estava enrolando para não ir ao jantar. A sala ao lado estava um pouco barulhenta. Saí de fininho e abri a porta da mesma, um garoto um pouco mais alto que eu, de cabelo rosa desbotado limpava a sala e cantava, usava a vassoura de microfone e fones de ouvidos gigantes. Não pude deixar de sorrir ao vê-lo.

 

 Shilgam jocha do najil anha, neo hana gyeote eobseu ni na

Maeil maeil, haru haru ga naegen geujeo jiok gata (8). –Ele cantava. -Juk dorok neomu apeunde, michil deushi himdeun de Niga jjijeo noheun naemam na, eotteokhae.

Ele já estava em cima de uma mesa, dançando e cantando, eu tentava me controlar para não rir alto de mais.

 

 I need you baby baby baby (uh uh uh) Annyeong iran mareun hajimara (yes) I want you baby baby baby (uh uh uh) Wae iri sarangi himdeun geonji, neo jebal.

 

Tarde de mais, o Loiro me fitava com raiva na porta da sala, arqueou uma sobrancelha e eu fiquei de pé, estava praticamente deitado no chão só para ouvi-lo, meu coração batia rápido de mais e eu tremia, não sei o que estava acontecendo ali, provavelmente o medo, meu rosto queimava e eu sabia que minha cor já estava praticamente outra.

 

–M-Me Desculpe. – Gritei e entrei na sala ao lado.

Respirava fundo, esperava nunca mais passar por algo como aquilo. O resto da limpeza ocorreu bem, exceto que eu não conseguia parar de pensar no menino da sala ao lado. Ele era estranho, mas um estranho que me atraiu de verdade. O que eu poderia fazer agora?

 

Cheguei em casa, minha mente só tinha o loiro de antes, nem conseguia prestar atenção no que diziam, fui para meu quarto e tomei um rápido banho, eu teria que ir pra porcaria do jantar, vesti um terno que minha mãe alugara e saímos de casa quarenta minutos depois, a casa para onde fomos era enorme, duas vezes o tamanho da minha que era consideravelmente grande, entramos na mesma, tudo da mais alta qualidade, cumprimentamos todo mundo e sentamos na mesa dos donos da casa.

 

–Olha, esse é o ChangJo? – Uma senhora magrela e loira veio me abraçar forte. O homem ao lado dela apenas apertou minha mão e sorriu. – Você cresceu muito! Espera só para conhecer meu filho. Para falar a verdade, ele está passando por uma fase um pouco difícil, terminou recentemente com a namorada e não quer se socializar.

 

–Awn. – Minha mãe a abraçou e saíram as duas lamentando.

A porta principal se abriu e quem eu menos esperava ver me fitava curioso da entrada, ele esboçou um sorriso malicioso e subiu as escadas até o andar de cima. Minha vontade? Era subir atrás dele e descobrir tudo sobre ele. Ele seria o filho da dona da casa? O que terminou recentemente com uma namorada?

 

–Oppa! – Um grito soou da escada da casa, poucas pessoas olharam para ver o que era.

A menina de cabelo curto e pele branca, que parecia até um pouco antiquada, abraçou o loiro enquanto ele subia para o andar em cima.

 

–Kasumi?! – Ele parecia irritado. – O que você quer? Pode me soltar? Está me sufocando.

Ele me fitou e eu corei, por que eu me importava tanto? Eu nem conheço ele. A minha mãe e a sua amiga, voltaram para onde eu estava e se sentaram à mesa conversando animadamente sobre coisas que eu não entendia. Meu pai falava de negócios com o outro senhor. Não sei quanto tempo passamos naquela situação entediante.

 

–Oh, Joe aqui, aqui. – A amiga da minha mãe ficou de pé.

O loiro devidamente arrumado se juntou a nós na mesa, sentando-se ao meu lado. Meu coração voltou a bater rápido, eu me sentia estranho, como se fosse vomitar, não gostava daquela sensação.

 

–ChangJo, esse é o meu filho. – Ela sorriu.

Ele me fitou e esboçou um sorriso grande de mais. Qualquer pessoa veria que aquilo era um sorriso falso, veria que ele não me queria ali e não estava confortável na festa e nem com o smoking que usava.

 

–P-Prazer. – Tentei sorrir, mas estava nervoso de mais.

 

–L.Joe. – Ele me fitou e sentou. – Você é do tipo baixinho e rechonchudo não é?

 

–O quê? – Me sentei.

 

–Eu não gosto de você.

Foi tudo o que ele disse. Eu estava irritado. Ele havia me chamado de gordo? É isso que rechonchudo significava, não é? O segurei pelo braço fazendo-o levantar e me olhar confuso, algumas pessoas olhavam para nós, eu tremia, foi a primeira vez e a última vez que bati em alguém. L.Joe parecia tão surpreso quanto eu quando o bati no rosto deixando tatuado ali meus cincos dedos, a sua mãe soltou um grito de horror e eu fui levado rapidamente dali, eu não escutei 10 palavras do que meu pai dizia, ou melhor, gritava. Ele falava algo sobre vergonha, desonra e castigo. Não me importava mais. Era tarde de mais para acontecer algo pior do que me apaixonar perdidamente por um cara verdadeiramente idiota.

Passaram-se algumas semanas, eu tentava ao máximo evitar os corredores e os horários onde poderia me encontrar com o L.Joe, não queria ver o ódio que ele provavelmente sentia de mim depois do que eu fiz. Não queria saber o que ele pensava ou fazia, na verdade, até acho que superava bem a minha suposta paixão platônica e irracional.

 

–ChangJo, por que está escondido aí? – Niel me fitava confuso enquanto eu passava me esgueirando pelo corredor tentando não ser visto. Era tarde de mais, o Niel me entregara para ele.

 

–Eu não estou me escondendo. Não tenho razão para me esconder. – Disse alto o bastante para que o loiro platinado que passava ali escutasse.

 

–Então por que continua andando assim? – Niel indagou.

 

–Você é tão idiota Daniel. – Grunhi. – Vamos logo para a aula.

Entrei no auditório, algum professor faltara e a aula seria para todas as turmas, Niel ficara sentado do meu lado, procurei discretamente o loiro na sala e o encontrei no fundão, junto com dois outros garotos, um eu conhecia, por que o Niel passara uma tarde inteira falando sobre ele, era o melhor dançarino da escola, e o Niel o considerava seu rival, seu nome era Ricky e ele estava um ano na frente do Niel o que o irritava, o outro garoto eu não conhecia, usava óculos escuros e boné, passava a maior parte do tempo com fones de ouvido ou conversando com o L.Joe.

 

–Bom dia. – A professora de artes cênica chegara no auditório.

 

–L.Joe, C.a.p e Ricky por que estão tão longe?

 

–Estamos discutindo. – L.Joe sorriu.

Eu sorri junto, e Niel me fitou sem entender. Parei de sorrir assim que me toquei e corei, me afundei na cadeira olhando apenas para a professora. Ela deu a aula toda, dormir a maior parte, já havia estudado aquilo, por que os professores insistiam em repetir as mesmas coisas milhões de vezes.

 

–Então, vamos falar sobre os grupos do trabalho. – Ela escrevia no quadro.

 

–Trabalho? Grupo? – Fitei Niel confuso.

 

–Viu por que eu te mando acordar? Perdeu tudo agora. Estamos no grupo do Ricky, Como posso ficar no mesmo grupo que aquela chinchila? [/Man, chinchila é tenso –Q]

 

– Quem mais tá no grupo?

 

–Hm. – Ele pegou um papel e disse alto. – L.Joe, Ban Min Soo, Quem é esse? Eu, você e o Ricky.

Eu estava no mesmo grupo que ele, teríamos que criar algo grande para a apresentação final da feira de ciências da escola. Não sei como íamos fazer isso, mas não queria perder a chance de vê-lo mais vezes. Sorri.

 

–Então, quero que os grupos se juntem todas as minhas aulas e façam algo de produtivo. Pode ser qualquer coisa, música, poesia, peça, vídeo, qualquer coisa.

O sinal tocou e eu saí junto do Niel, estava com vontade de dançar hoje, ia para a casa dele, teríamos que treinar alguma coisa decente para o grupo.

 

–Vocês não vão estragar o que nós vamos fazer. – L.Joe nos parou na entrada com o seu grupinho. – Eu estou esperando por isso desde o início das aulas, e não vão ser novatos como vocês que vão atrapalhar isso. Já que vamos ficar no mesmo grupo, é melhor que vocês colaborem e nos obedeçam.

 

–Ouviu isso não foi? Querido Daniel. – Ricky sorrira maliciosamente.

Se o Niel não estivesse a ponto de surtar, aposto que ele teria dito poucas e boas para aquele Dumbo pequeno. Suspirei. Retiro tudo o que eu falei de bom sobre esse ser loiro.

 

–Não me importa o que você quer. De todo jeito, o trabalho é algo que teremos que fazer juntos. Não importa o que vocês escolham, tem que ser aceito por nós, então acho que podemos dizer o mesmo. Esperamos que colaborem conosco. – Sorri.

L.Joe fez uma careta e eu saí dali o mais rápido que pude, ele não parecia ser alguém que gostava de joguinhos e eu estava agindo errado, estava cavando minha cova com ele, suspirei. Fui para casa naquele dia, de noite, o garoto chamado C.A.P me avisara que teria um tipo de reunião no outro dia.

Depois da aula, eu estava sentado esperando na sala de dança, L.Joe chegou em seguida, ficamos sentados separados, nenhuma vez nós olhamos.

 

–O que esses idiotas estão fazendo? Por que marcam ensaio e não aparecem?

 

–Talvez estejamos no lugar errado. – disse.

 

–Você acha que eu seria idiota o bastante para me perder. – Ele quase gritou. Encolhi-me no meu canto em silêncio. – Olha só, desculpa. Eu estou irritado. Odeio esperar. Não é como se eu tivesse te culpando por isso.

 

–Tudo bem. De certo modo acho que começamos errado. –Suspirei.

 

–Podemos tentar de novo?

 

–Não sei se tenho disposição de te aturar mais tempo do que eu aturo.

 

–ChangJo! – Ele fingiu estar bravo.

Meu coração parou ao escutá-lo falar meu nome, poderia fazer qualquer coisa só para ouvi-lo dizer outra vez.

 

–Tudo bem. Vamos começar de novo. Desde o dia que eu espiei você na sala.

 

–O que achou dos rap’s?

 

–Ficaram tão bons, fiquei impressionado. Não sabia que você podia cantar assim. – Sorri.

 

–O C.A.P me ensina, ele é bem melhor que eu, estou tentando aprender pra chegar ao mesmo nível.

 

–Então. – Sorri. – Me chamo Choi JongHyun, mas pode me chamar de ChangJo.

 

–Eu me chamo Lee ByungHun. Mas prefiro L.Joe.

Apertamos as mãos, passei algum tempo fitando aquilo feito bobo, até que ele soltou e o clima ficou estranho. Logo em seguida entrou os três que faltavam e um novato.

 

–Olá! L.Joe olha quem eu achei na sala de matrículas? – Ricky sorriu segurando um menino loiro de bochechas grandes e um pouco maior que eu, mas menor que o L.Joe.

Aquele foi o momento mais estranho que já tive, os dois se entreolharam e o L.Joe o ignorou completamente, senti até um pouco de pena do pobre menino parado ali, ele tinha o ar quase sonhador enquanto olhava para o meu L.Joe, eu não consegui captar o que acontecia naquele momento até que o menor se manifestou.

 

–Me Chamo ChunJi, acabei de voltar de um intercâmbio. – Ele sorriu.

 

–Melhor que não tivesse voltado. – L.Joe foi bem grosseiro. – Quem te pediu para voltar?

O Chunji o fitou por um longo tempo, eu sentia um clima estranho, tinha algo estranho ali, mas não conseguia saber o que era.

 

–Eu não podia ficar fora para sempre não acha Byung? – Ele riu.

 

–Byung? Desde quando você ficou tão íntimo para falar desse modo comigo? – L.Joe o censurou com o olhar e a conversa entre os dois morreu ali.

Todos fitavam uns aos outros estranhos, Niel foi para um canto com o Ricky criar uma coreografia e eu fiquei de criar a letra da música que resolvemos fazer para o trabalho com o Chunji e o C.A.P ficou com o L.Joe para os rap’s.

 

–Então, o que Foi isso que aconteceu agora? Vocês já se conheciam? – Perguntei. Eu estava bastante curioso sobre isso.

Chunji me fitou e voltou para a letra que criava, fui completamente ignorado. Suspirei e olhei ao meu redor. L.Joe olhava para mim, quando virei, ele desviou o olhar e corou, nunca tinha visto ele fazer algo assim, aquilo me deixou um pouco feliz.

Terminamos tudo por volta das seis, eu ficara sozinho com L.Joe para organizar a sala e ir pra casa.

 

–Já está tarde. Onde você mora? – L.Joe me fitou.

 

–Não é muito longe daqui. – Sorri.

 

–Entendi. E então, posso te perguntar algo? – Ele parecia nervoso.

–Claro.

 

–O ChunJi falou algo sobre mim?

 

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Comments

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Donghyun96 #1
Chapter 2: Ainda não está terminada pois não? :o